O azeite é sinônimo da tradição grega, responsável pela fama que a culinária do país ganhou de ser saudável. Conhecido como o melhor do mundo, os benefícios do azeite grego para a saúde vão além dos pratos e partem até para tratamentos cosméticos.
A importância que o povo grego dá ao azeite é tão grande que Homero o chamava de “ouro líquido”. Essa menção, inclusive, mostra como o produto é símbolo da própria história do país como fórmula para a longevidade.
Ingrediente insubstituível na culinária, hoje se junta às azeitonas como itens básicos em qualquer casa grega. E, como não deixaria de ser, o azeite grego extrapolou fronteiras e entrou na lista dos melhores do mundo.
História do azeite grego
De acordo com o botânico Augustin Pyrame de Candole, em seu livro Origin des Plantes Cultivees, as oliveiras são cultivadas na Grécia desde 4000 a.C.. Em suas escavações, ele identificou textos antigos e até vegetações no litoral do Mediterrâneo Oriental, o que o fez entender que aí está a origem da planta.
Em 1951, o arqueólogo grego Panagiotis Anagnostopoulos fez extensas escavações em Cnossos e, a partir delas, afirmou que a origem da oliveira, de fato, está na Ilha de Creta. Suas pesquisas indicaram que o cultivo por lá acontece desde o início da era Minoica, há 3.500 anos.
Mas, claro que o berço da mitologia encontraria uma explicação teológica para a planta! A história conta que, de verdade, Atena, deusa da sabedoria, foi a primeira no mundo a plantar uma oliveira, na colina da Acrópole.
Seja qual for o “marco zero” das oliveiras, os gregos foram os primeiros a cultivá-las no Mediterrâneo europeu. Também foram eles os responsáveis por transmitir o conhecimento continente afora, tendo como mensageiros os colonos gregos ou mercadores fenícios.
Hoje, existem cerca de 800 milhões de oliveiras pelo mundo, cerca de 95% delas cultivadas no Mediterrâneo. Isso porque a região tem as melhores condições climáticas para o cultivo da azeitona. Mas, olha que interessante, apesar de pioneiros, os gregos não são os que mais produzem azeitonas na Europa.
O primeiro lugar é da Espanha, com 7.820.060 de toneladas. Em seguida, Itália, com produção de 3.182.204 de toneladas. Em terceiro lugar, a Grécia, com 2.000.000 de toneladas. De todo modo, as oliveiras ocupam cerca de 15% das terras agrícolas e 75% das culturas arbóreas do país.
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Os benefícios do azeite grego para a saúde
Na Grécia Antiga, atletas e guerreiros esfregavam azeite em todo o corpo para lhes dar força e boa sorte. Depois de Aristóteles transformar o cultivo das oliveiras em ciência e Sólon ter sua proteção como lei, Hipócrates descreveu o azeite como a cura para muitas doenças. O Código Hipocrático menciona mais de sessenta usos medicinais.
Entre eles, estão o tratamento para doenças de pele, pomada cicatrizante e antisséptica em feridas e queimaduras, e problemas ginecológicos e no ouvido. Também era usado como emético para induzir o vômito. O azeite também era aplicado no corpo para proteger a pele do sol e ressecamento pelo frio.
Trazendo para os dias atuais, estudo recente mostra que consumir azeite extra virgem ajuda a prevenir a doença de Alzheimer. Mas, por que o azeite grego é considerado tão saudável? O produto apresenta altos níveis de polifenóis, relacionados à prevenção de doenças degenerativas e cardiovasculares, além de baixa acidez.
Entre os benefícios do azeite grego para a saúde, podemos mencionar:
- redução das doenças cardiovasculares e AVC
- propriedades antioxidantes
- previne a formação de coágulos no sangue
- prevenção dos cânceres de próstata, mama, pâncreas e cólon
- previne o diabetes
- reduz a produção de ácido gástrico e LDL no fígado
- contribui com o bom funcionamento dos rins, pâncreas e fígado
- ajuda a reduzir a osteoporose e os níveis de obesidade
Porém, há outros benefícios específicos importantes do azeite grego para a saúde que merecem maior destaque.
Azeite grego e câncer de mama
Pesquisas indicam que o azeite grego tem a capacidade de diminuir as células cancerígenas. A conclusão veio após a decodificação de uma cascata de sinais em células de tumor maligno ativado pelo azeite e, a partir daí, notou-se a redução de atividade de um dos oncogenes.
Também houve alterações na sinalização das proteínas, prevenção dos danos ao DNA e morte estimulada das células malignas.
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Azeite grego e depressão
Pesquisas realizadas na Universidade da Espanha identificaram relação entre ingestão de azeite e menor propensão à depressão.
Os benefícios do azeite grego para a saúde encontram explicação em sua qualidade, além da cor, aroma e sabor excepcionais. Então, não é de se espantar a importância que o produto tem na culinária do país e porque é um de seus principais produtos de exportação!
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