Manter a casa organizada não significa apenas ter os móveis no lugar e tudo limpo. Muitas vezes, o verdadeiro problema está nos excessos guardados em armários, despensas e cantos esquecidos. O acúmulo não só compromete a estética do lar, como também pode afetar a saúde, a energia do ambiente e até o bolso.
No Brasil e na Grécia, países com climas quentes em boa parte do ano, a tendência de acumular objetos sazonais é comum. Depois do verão, por exemplo, guardamos roupas, brinquedos e utensílios que dificilmente voltarão a ser usados. Por isso, especialistas em organização recomendam fazer uma triagem mensal, descartando o que não tem mais utilidade.
A seguir, veja uma lista de itens que merecem atenção e que podem, ou devem, sair de sua casa ainda este mês.
Coisas para sair da sua casa o quanto antes
1. Alimentos vencidos e mal armazenados
A despensa costuma ser uma das áreas mais esquecidas da casa. Entre pacotes abertos de biscoito, enlatados vencidos e temperos ressecados, é fácil encontrar produtos que já perderam a validade.
Além de ocuparem espaço, esses alimentos podem atrair pragas domésticas, como formigas e baratas. Uma boa prática é revisar prateleiras pelo menos uma vez ao mês, checar datas de validade e organizar os mantimentos em potes transparentes. Isso evita desperdício e facilita na hora de cozinhar.
2. Roupas que não foram usadas no último ano
Um critério simples para o guarda-roupa é observar o que ficou intocado por mais de uma estação. Se você não usou determinada peça no último verão ou inverno, há grandes chances de que ela nunca mais seja usada.
Doe o que ainda está em bom estado. No Brasil, existem campanhas frequentes de arrecadação de roupas em igrejas e ONGs. Na Grécia, instituições como a “Praksis” recebem doações para pessoas em situação de vulnerabilidade. Assim, você abre espaço no armário e ajuda quem precisa.
3. Equipamentos de verão danificados
Boias furadas, cadeiras de praia enferrujadas, guarda-sóis quebrados e brinquedos infláveis ressecados são campeões de acúmulo. Guardá-los na esperança de conserto quase sempre resulta em esquecimento.
Faça uma avaliação após o período de uso. Se o objeto está realmente inutilizável, descarte de forma adequada. Caso ainda tenha vida útil, mas você não pretende utilizá-lo, considere doar para vizinhos ou instituições locais.
4. Brinquedos esquecidos pelas crianças
Crianças crescem rápido, e com elas os interesses mudam. Bonecos, jogos de tabuleiro incompletos e pelúcias antigas costumam se acumular em caixas e estantes.
Uma sugestão é separar os brinquedos em três grupos: os que ainda são usados, os que podem ser doados e os que estão quebrados e devem ir para o lixo. Isso ensina os pequenos a valorizar o que têm e estimula o desapego saudável.
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5. Cosméticos e remédios vencidos
Cremes, maquiagens, perfumes e remédios têm prazos de validade que devem ser respeitados. Produtos de higiene fora da data podem causar alergias e irritações na pele. Já os medicamentos vencidos perdem eficácia e podem até oferecer riscos.
No Brasil, farmácias de grandes redes como Droga Raia e Pague Menos recebem medicamentos para descarte correto. Na Grécia, o mesmo ocorre em farmácias credenciadas pelo sistema de saúde. Evite jogar esses produtos no lixo comum ou na pia, pois contaminam o solo e a água.
6. Papéis acumulados
Papéis acumulados acabam causando uma sensação de bagunça na casa.
Contas antigas, manuais de eletrodomésticos já descartados, extratos bancários e trabalhos escolares ocupam espaço sem necessidade. Em muitos casos, esses papéis não têm valor legal nem sentimental.
Separe o que realmente precisa ser guardado, como documentos oficiais, diplomas e contratos. O restante pode ser reciclado. No caso dos trabalhos escolares das crianças, escolha apenas os mais significativos e crie uma pasta ou caixa de memórias.
7. Utensílios de cozinha duplicados ou quebrados
Panelas amassadas, talheres sem par, copos rachados e eletrodomésticos parados há anos são candidatos óbvios a deixar a cozinha. Ter mais do que o necessário atrapalha a rotina e dificulta a organização.
Faça um inventário dos utensílios. Se você tem cinco abridores de garrafa, talvez seja hora de ficar apenas com o melhor. Doe os itens em bom estado e recicle o que estiver danificado.
8. Toalhas e roupas de cama em excesso
Lençóis manchados, fronhas rasgadas e toalhas gastas são itens que muitas vezes permanecem guardados por apego ou descuido. No entanto, eles ocupam espaço que poderia ser usado de forma mais útil.
Esses artigos podem ser doados a abrigos de animais, onde são aproveitados como forros e mantas. É uma forma de dar destino correto a peças que já não servem mais para uso pessoal.
9. Objetos de decoração esquecidos
Velas deformadas, quadros que não combinam mais com o ambiente, vasos quebrados e lembrancinhas de viagens passadas podem estar apenas juntando poeira. Esses objetos transmitem poluição visual e reduzem a sensação de leveza nos cômodos.
Uma boa dica é aplicar a regra do “menos é mais”. Se não combina com sua casa atual, está na hora de desapegar.
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10. Itens guardados na garagem ou depósito
A garagem costuma virar depósito de objetos esquecidos: bicicletas enferrujadas, caixas de cabos antigos, móveis desmontados e até aparelhos eletrônicos fora de uso. Esse acúmulo pode atrapalhar a circulação e até atrair insetos.
Reserve um fim de semana para revisar o espaço. Categorize os objetos, use caixas empilháveis e etiquetas. O que não tiver utilidade deve ser doado ou reciclado.
Organizar a casa não precisa ser uma tarefa pesada. O segredo está em pequenas revisões periódicas, capazes de evitar que o acúmulo se torne incontrolável. Descartar o que não tem mais valor abre espaço físico, reduz o estresse visual e facilita a rotina.
Seja no Brasil ou na Grécia, a prática do desapego é um passo importante para manter o lar mais funcional, limpo e equilibrado. Começar este mês pode ser a oportunidade ideal para transformar seu ambiente e torná-lo mais leve.