As mudanças climáticas vêm chamando atenção da mídia e isso não é mais novidade para ninguém. E, recentemente a Organização das Nações Unidas emitiu um alerta, o de que algumas ilhas correm risco de desaparecer devido ao avanço do oceano. Mas, quais são elas?
O impacto das mudanças climáticas
As mudanças climáticas têm gerado impactos significativos em diversas partes do mundo, e um dos efeitos mais preocupantes é a elevação do nível do mar. Inclusive, essa realidade ameaça a existência de várias ilhas, muitas delas localizadas no Oceano Pacífico, que correm o risco de desaparecer completamente nas próximas décadas. Em relatória recente, a ONU destacou a situação crítica desses locais.
Mas, quais ilhas correm risco de desaparecer com o avanço do mar?
Entre as ilhas mais ameaçadas pela elevação do nível do mar estão:
- Ilhas Cook: Penrhyn e Rarotonga.
- Fiji: Suva-B e Lautoka.
- Micronésia: Kapingamarangi e Pohnpei.
- Kiribati: Betio, Tarawa, Kanton e Kiritimati.
- Ilhas Marshall: Kwajalein e Majuro.
- Nauru: Nauru-B.
- Palau: Malakal-B.
- Samoa: Apia.
- Tonga: Nuku’alofa.
- Tuvalu: Funafuti.
Essas ilhas, apesar de serem pequenos pontos no mapa, possuem uma importância significativa, tanto do ponto de vista ambiental quanto cultural. Isso porque, elas abrigam comunidades que dependem dos recursos locais e têm modos de vida fortemente ligados ao mar. No entanto, com uma elevação média de apenas um a dois metros acima do nível do mar, elas estão extremamente vulneráveis ao avanço das águas.
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Entenda os motivos da ameaça
A ameaça principal se deve à elevação do nível da água do mar e isso nada mais é do que consequência do aquecimento global. Com a agressão ambiental, as queimadas e outros fatores, como a emissão de gases poluentes, a consequência é o aumento das temperaturas. Dessa forma, o resultado é o derretimento das calotas polares, que acaba causando, inevitavelmente, a expansão térmica da água do mar.
A situação é especialmente crítica no Oceano Pacífico, onde o nível do mar tem subido três vezes mais rápido do que a média global desde 1980. Além disso, o que complica ainda mais a situação desses pontos listados é que essas ilhas possuem populações concentradas muito próximas à costa, com 90% das pessoas vivendo a menos de cinco quilômetros do mar. Sem contar que a infraestrutura local, incluindo estradas, hospitais e escolas, também fica quase toda a menos de 500 metros da linha costeira, tornando-as ainda mais vulneráveis a inundações e à erosão. Ou seja, uma situação realmente crítica para a população local.
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Outros riscos causados pelo avanço do mar
Mas, com as mudanças climáticas e com o avanço do mar, as ameaças vão muito além do que se imagina. Primeiramente, milhares de pessoas podem ter que abandonar suas casas em um futuro próximo, resultando em um fenômeno conhecido como migração climática. Vale destacar que essas populações deslocadas enfrentariam dificuldades para se reintegrar em novas comunidades, muitas vezes sem apoio adequado.
Além disso, as ilhas em risco têm espécies endêmicas que não existem em nenhum outro lugar do mundo. Então, a inundação dessas áreas pode levar à extinção de muitas dessas espécies.
Isso sem contar que as ilhas teriam as suas economias devastadas e enfrentariam problemas de saúde populacionais. Isso porque, a salinização da água doce, causada pela invasão da água salgada, pode comprometer o abastecimento de água potável, levando a surtos de doenças e problemas de saneamento.
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E qual é a solução?
O secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou a urgência de uma ação coordenada para enfrentar essa crise. Ele enfatizou a necessidade de reduzir drasticamente as emissões globais de gases de efeito estufa, investir em tecnologias de adaptação climática e liderar uma transição rápida para fontes de energia renováveis.
Embora essas medidas sejam essenciais, para muitas das ilhas mencionadas, o tempo está se esgotando. Algumas nações insulares já estão planejando a realocação de suas populações e a criação de novas infraestruturas em locais mais seguros. No entanto, esses esforços são caros e muitas vezes ultrapassam as capacidades financeiras desses pequenos países.