As 4 Melhores Lendas Do Egito! CONFIRA!

A mitologia egípcia é, sem dúvidas, uma das que despertam admiração e imaginação de todo o mundo. Tanto que as lendas do Egito já foram enredo de grandes produções cinematográficas, como a estrelada por Gerard Butler.

Porém, a cultura politeísta e diversa faz com que elas sejam muito maiores do que qualquer obra hollywoodiana.

As lendas do Egito tinham, como principais temas, a criação do mundo, dos homens, deuses e da natureza.

Elas eram usadas para explicar o inexplicável , isto é, o que ainda era desconhecido pela ciência.

Deste modo, os fatos embasavam lendas que povoavam o imaginário dos egípcios.

Na Antiguidade, a religião egípcia era politeísta, ou seja, havia culto a vários deuses em templos específicos.

Por isso, as lendas do Egito compunham, junto aos mitos e estórias, a tão rica mitologia egípcia.

As mais incríveis Lendas do Egito

Lenda de Osiris e a criação do Egito

Esta é, talvez, uma das mais conhecidas lendas do Egito.

Filho de Geb (a Luz) e Nut (a Noite), Osíris nasceu na cidade de Atenas e, enquanto nascia, uma voz misteriosa o proclamou o Senhor Universal.

Porém, a alegria inicial logo deu lugar a revelações de tragédias que sucederiam.

Bom, , avô de Osiris o reconheceu como herdeiro do trono, apesar dos maus agouros.

E assim, foi!

Osiris sucedeu a Geb e acabou se casando com Ísis, sua bela irmã.

Carismático, o novo líder introduziu ideias modernas, como técnicas avançadas de agricultura e aboliu o canibalismo.

Diz-se que o próprio culto aos deuses começou com ele, uma vez que mandou construir templos e imagens das divindades.

Osiris também implementou leis mais justas e construiu cidades, o que lhe rendeu o nome de Onofris, “o Generoso”.

Mas, o quarto faraó divino não parou por aí!

Acompanhado de Tot, Anúbis e Upuaut, viajou pela Ásia para disseminar seus conhecimentos.

Por ser avesso à violência, espalhava também o censo de civilização.

Ao retornar para o Egito, encontrou seu reino em ordem, enquanto governado pela esposa.

Mas, eis que as tragédias anunciadas começam.

Osiris foi vítima de seu irmão Set, que o matou durante um banquete.

Seu corpo foi lançado às águas do Nilo, porém, Ísis, auxiliada por Tot, Anúbis e Hórus, devolveu Osíris à vida.

Entretanto, Osíris preferiu, reinar sobre os mortos ao reino e retirou-se para os Campos Elísios, onde recebia as almas dos justos.

Mais tarde, seu filho com Ísis, Hórus, derrotou Set e se tornou o rei de todo o mundo.

Os egípcios acreditavam que Osíris morria no início de cada primavera, no tempo de colheitas, para renascer no outono, quando as águas do Nilo baixavam.

Por isso, a cheia anual, Hapi, era venerada como a “alma de Osíris“.

A maldição do Faraó

anibal amaro, CC BY 3.0, via Wikimedia Commons.

Provavelmente, você já deve ter assistido, algumas vezes, ao filme A Múmia.

Pois bem, o enredo foi, possivelmente, inspirado em mais uma das lendas do Egito: a maldição do Faraó.

Os antigos egípcios acreditavam que quem perturbasse uma múmia em seu sarcófago seria atingido ou atingida pela morte.

Então, para evitar esse tipo de coisa, os sepulcros das múmias eram ocultados em locais desconhecidos.

Mas, as maldições faziam sua parte.

Uma das mais conhecidas, inclusive, é da tumba do Rei Tutankamon, faraó da XVIII Dinastia que morreu aos 19 anos.

Em 1891, o britânico Howard Carter foi ao Egito em busca do sepulcro no qual o até então desconhecido faraó estaria enterrado.

A expedição foi custeada por um Lord e, em cinco anos, nada havia sido encontrado.

Insistente, Carter continuou investigando e adquiriu uma ave.

O pássaro tornou-se seu talismã pois, em 1922, a tumba foi encontrada.

A múmia estava em seu sarcófago, protegida por uma máscara dourada, dentro de um esquife tecido por ouro maciço.

A maldição, então, atacou o grupo , começando pela ave que foi picada por uma serpente.

Depois, Lord Carnarvon adoeceu e, cinco meses após seu retorno, morreu de uma doença que ninguém soube explicar.

Em 1929, dez pessoas envolvidas com a descoberta também morreram sem qualquer razão aparente.

A lenda de Sinuhé

Metropolitan Museum of Art, CC0, via Wikimedia Commons.

Outra lenda do Egito é a lenda de Sinuhé, cujo ensinamento é o medo do julgamento e da suspeita, além da vontade da pessoa de voltar para casa.

O faraó Amenemhet foi morto após uma conspiração dos servidores.

Quando ele morreu, seu filho mais velho que, naturalmente, o sucederia estava ausente.

Então, mensageiros foram enviados para procurá-lo.

Enquanto isso, Sinuhé, um dos homens de confiança do faraó morto, soube da trama por um dos filhos de Amenemhat.

Ainda que nada tivesse a ver com o assassinato, acreditou que seria acusado de cúmplice e fugiu do país.

Na fuga, foi parar no deserto e, já sem forças, desmaiou.

Acordou rodeado por beduínos que cuidaram dele.

O rei Amunenshi ouviu sua história e ofereceu Sinuhé a viver com eles.

O homem aceitou e acabou se casando com a filha do rei, com quem teve filhos e terras.

Ficou rico e conhecido, alcançou o posto de general, derrotando até o melhor dos guerreiros da região.

Porém, permanecia dentro dele o desejo de voltar e morrer no Egito.

Inclusive, Sesostris I, primogênito do faraó assassinado, era o atual líder.

Quando soube da situação de Sinuhé, mandou chamá-lo.

No recado, o novo faraó indicou acreditar em sua inocência.

Então, Sinuhé voltou ao Egito e tornou-se conselheiro de Sesóstris I.

Recebeu uma casa de príncipe, além de uma sepultura entre os membros da família real.

Sinuhé passou o resto da vida no Egito, realizando seu desejo de morrer na terra natal.

A lenda de Ísis e os sete escorpiões

E. A. Wallis Budge (1857-1937), Public domain, via Wikimedia Commons.

Segundo esta lenda do Egito, o deus Seth tinha profunda inveja do irmão Osíris, então casado com a deusa Ísis, com quem teve um filho, Hórus.

Então, Seth tentou separar o irmão da família, capturando Ísis e Hórus.

Porém, Thot, o deus da sabedoria, decidiu ajudar os dois.

Então, enviou sete escorpiões chamados Tefen, Befen, Mestat, Matet, Petet, Mestefef e Tetet para proteger Ísis e Hórus.

Os dois escaparam, seguidos pelos escorpiões, e seguiram até a cidade de Per-sui.

Lá encontraram Usert, mulher rica e de boa reputação a quem Ísis pediu abrigo.

No entanto, ao ver os sete escorpiões, a mulher recusou.

Mas a deusa e seu filho finalmente encontraram uma mulher pobre que os ajudou.

Os Sete Escorpiões decidiram se vingar de Usert e, à noite, Tefen picou seu filho, deixando-o gravemente doente, além de causar um incêndio.

Desesperada com o estado do filho, a mulher recorreu a Ísis, que, penalizada, fez abrir o céu e cair uma chuva que extinguiu o fogo.

Depois, ordenou que o veneno deixasse o corpo da criança, que foi curada.

Envergonhada e agradecida, Usert deu sua fortuna à deusa e à pobre mulher que a ajudou.

Gostou de conhecer as lendas do Egito?

Percebeu que cada uma possui seus ensinamentos?

Mais uma amostra do conhecimento e sabedoria apresentados pelos antigos egípcios.

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