O Brasil, com sua vasta costa litorânea, é um destino dos sonhos para viajantes de todo o mundo. Suas praias paradisíacas, com águas cristalinas e paisagens de tirar o fôlego, atraem milhões de turistas anualmente. No entanto, para garantir a preservação dessas belezas naturais e a qualidade da experiência dos visitantes, algumas localidades implementaram a cobrança de taxas de preservação e turismo.
Essas taxas, muitas vezes destinadas à conservação ambiental e à melhoria da infraestrutura local, são um investimento no futuro desses destinos. Ao contribuir, o turista se torna parte do esforço para manter a beleza e a sustentabilidade desses paraísos.
Confira a seguir um guia das praias brasileiras que adotam essa prática e os respectivos valores (que estão sujeitos a alterações):
1. Arquipélago de Abrolhos (BA)
Abrolhos é uma das praias que cobram taxa de turismo.
Famoso por sua rica biodiversidade marinha e pelos espetaculares avistamentos de baleias jubarte, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos cobra taxas de visitação que auxiliam na proteção desse ecossistema único:
- Brasileiros: R$ 52
- Estrangeiros: R$ 104
- Moradores do Mercosul: R$ 78
- Residentes da Costa das Baleias: R$ 10
2. Bombinhas (SC)
Bombinhas SC.
Durante o período de maior fluxo turístico, entre 15 de novembro e 15 de abril, a encantadora cidade de Bombinhas implementa a Taxa de Preservação Ambiental (TPA) para minimizar os impactos do turismo:
- Motos: R$ 4
- Carros: R$ 35
- Utilitários: R$ 52,50
- Micro-ônibus: R$ 70
- Ônibus: R$ 175,50
O pagamento pode ser efetuado em até 30 dias após a entrada no município, através do site oficial da prefeitura ou em terminais de autoatendimento espalhados pela cidade.
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3. Fernando de Noronha (PE)
Não é nenhuma novidade que Fernando de Noronha cobra taxa de turismo.
O icônico arquipélago de Fernando de Noronha, conhecido por suas praias intocadas e vida marinha exuberante, adota um sistema de duas taxas para garantir sua preservação:
- Taxa de Preservação Ambiental (TPA): o valor diário é de aproximadamente R$ 92,89, com descontos progressivos para estadias mais longas. É essencial verificar o valor atualizado no site oficial, pois pode haver reajustes.
- Ingresso para o Parque Nacional Marinho: R$ 179 para brasileiros e R$ 358 para estrangeiros. Este ingresso dá acesso a diversas áreas de preservação e atividades dentro do parque.
O pagamento de ambas as taxas pode ser realizado online antes da viagem ou no momento do embarque para a ilha.
4. Jericoacoara (CE)
Jericoacoara é um dos paraísos do Brasil que cobram taxa de turismo.
A atmosfera rústica e a beleza natural de Jericoacoara são protegidas pela Taxa de Turismo Sustentável:
- R$ 41,50 por pessoa para estadias de até 10 dias.
- A partir do 11º dia, é cobrado um valor adicional de R$ 4,15 por dia.
O pagamento pode ser realizado antecipadamente através do site oficial da prefeitura de Jijoca de Jericoacoara, facilitando a entrada na vila.
5. Morro de São Paulo (BA)
Morro de São Paulo.
O charmoso arquipélago de Morro de São Paulo cobra a Tarifa por Uso do Patrimônio do Arquipélago (TUPA):
- R$ 30 por pessoa, com validade para toda a duração da estadia.
- Crianças menores de 5 anos e idosos acima de 60 anos são isentos da taxa.
O pagamento pode ser efetuado no momento do desembarque na ilha ou através do aplicativo móvel Cairu TUPA.
6. Praia da Pipa (RN)
Praia do Amor, em Pipa.
Na popular Praia da Pipa, a única taxa cobrada está relacionada ao acesso a um ponto turístico específico:
- R$ 10 por visitante que utilizar veículos para acessar o Chapadão da Pipa, um mirante com vistas espetaculares.
7. Santo Amaro (MA)
Santo Amaro.
Localizada na borda dos impressionantes Lençóis Maranhenses, a cidade de Santo Amaro implementou uma taxa para visitantes:
- R$ 10 por visitante para uma estadia de até três dias.
Moradores locais são isentos da cobrança.
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8. Ubatuba (SP)
Ubatuba, São Paulo.
Desde fevereiro de 2023, a cidade de Ubatuba, com suas inúmeras praias e rica Mata Atlântica, cobra a Taxa de Proteção Ambiental para estadias com duração superior a quatro horas:
- Motos: R$ 3,50
- Carros: R$ 13 (possível reajuste)
- Micro-ônibus e caminhões: R$ 59
- Ônibus: R$ 92
O pagamento pode ser realizado em postos de atendimento localizados nas entradas da cidade ou através de tags veiculares previamente instaladas. Moradores locais e de cidades vizinhas (Ilhabela, São Sebastião, Caraguatatuba, Paraty, Cunha, São Luiz do Paraitinga e Natividade da Serra) são isentos.
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Por que pagar essas taxas? Um investimento no futuro dos destinos
A cobrança dessas taxas tem um propósito claro e fundamental: garantir a conservação ambiental a longo prazo, investir na melhoria da infraestrutura turística e mitigar os impactos negativos causados pelo grande fluxo de visitantes. Os recursos arrecadados são frequentemente direcionados para projetos de preservação de ecossistemas, manutenção de serviços públicos, sinalização turística e outras iniciativas que visam a sustentabilidade do destino.
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Planeje sua viagem e contribua para a preservação
Ao planejar sua visita a um desses paraísos brasileiros, é essencial estar ciente da existência dessas taxas e incluir os valores no seu orçamento de viagem. Antes de embarcar, visite os sites oficiais das prefeituras e órgãos responsáveis para verificar se houve alguma atualização nos valores e nas formas de pagamento.
E aí, está planejando visitar alguma dessas maravilhas do Brasil?