Qual foi a primeira cidade do mundo? Você pode visitá-la!

A primeira cidade do mundo, guarda segredos que atravessam milênios. Localizada onde hoje é o Iraque, essa antiga metrópole mesopotâmica surgiu há mais de 5.400 anos e foi um dos principais centros políticos, econômicos e culturais da antiguidade. Suas ruínas são hoje um Patrimônio Mundial da UNESCO e continuam a atrair estudiosos e curiosos do mundo inteiro.

Inclusive, a busca pela primeira cidade do mundo sempre intrigou historiadores e arqueólogos. Afinal, quando e onde os humanos começaram a se organizar em grandes centros urbanos? A resposta parece apontar para a região entre os rios Tigre e Eufrates, no sudoeste do atual Iraque. Ali, sob camadas de terra e história, estão os vestígios de Uruk, um dos berços da civilização.

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Por que Uruk é considerada a primeira cidade do mundo?

Passear pelos restos de Uruk é como voltar no tempo e imaginar uma civilização cheia de vida. No auge, essa cidade abrigou cerca de 80.000 habitantes, um número impressionante para a época. Suas ruas eram ladeadas por templos imponentes, praças movimentadas e grandes edificações.

Entre essas construções, destaca-se o famoso Templo Branco, dedicado ao deus Anu. Com cerca de 22 metros de altura, ele se erguia sobre um terraço e brilhava sob o sol graças à argamassa branca que o cobria. Esse templo ficava no distrito de Eanna, um importante centro religioso e cultural. Os sumérios decoravam suas construções com mosaicos coloridos e relevos detalhados, mostrando que já valorizavam a estética na arquitetura urbana.

Mas o que realmente diferenciava Uruk das outras cidades antigas? Ela não era apenas um aglomerado de casas e comércios, mas sim um centro altamente organizado. Havia bairros residenciais e comerciais bem planejados, e até mesmo uma divisão dos moradores por profissão, o que facilitava a administração da cidade.

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Uruk e a sua importância

Uruk cresceu como um grande centro urbano. Além disso, foi pioneira em algumas das maiores inovações da história. A maior de todas? A escrita. Foi ali que surgiu a escrita cuneiforme, uma das primeiras formas de registro escrito da humanidade. Tabuletas de argila datadas de 3.000 a.C. revelam textos em sumério, provando que Uruk foi o primeiro centro urbano a adotar a escrita como ferramenta de comunicação e administração.

Outr grande feito foi a criação de um sistema burocrático. O governo de Uruk já utilizava registros administrativos para organizar impostos, comércio e até mesmo o funcionamento dos templos. Essa estrutura foi essencial para o desenvolvimento de outras sociedades urbanas ao longo da história.

Além disso, Uruk era protegida por uma muralha impressionante. Com mais de 7 quilômetros de extensão e até 15 metros de altura, essa fortificação cercava a cidade e era um testemunho da sua importância e riqueza.

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O declínio de Uruk

Mas, como toda grande civilização, Uruk também teve seu declínio. Após milhares de anos de prosperidade, a cidade foi gradualmente perdendo sua relevância. Fatores como mudanças climáticas, invasões e transformações políticas podem ter contribuído para sua decadência. No século VII d.C., Uruk foi completamente abandonada.

Por muito tempo, a cidade ficou esquecida, enterrada sob a areia do tempo. Foi apenas em 1844, durante uma expedição arqueológica, que seus vestígios voltaram à luz. Desde então, pesquisadores seguem tentando descobrir e revelar os mistérios dessa incrível cidade que ajudou a moldar o mundo como o conhecemos.

Hoje, visitar as ruínas de Uruk é uma experiência mais que especial. Caminhar entre os restos de templos, muralhas e ruas antigas é como reviver o início da história urbana da humanidade. Para quem se interessa por arqueologia e civilizações antigas, essa viagem ao passado é simplesmente incrível.

  • Grego, morou na Grécia por quase toda a sua vida e em Londres por 3 anos. Trabalhou como Bar Manager, Bartender e Barista em Londres e na Grécia. Além de ter trabalhado nas melhores cozinhas e bares de Londres e da Grécia. Participou de renomados cursos na área e compartilhou o seu conhecimento com seus alunos pela Europa. Por ser apaixonado pelo seu país, encontrou por meio da escrita uma forma de compartilhar com os brasileiros o seu conhecimento sobre viagens, história, cultura, mitologia grega e culinária geral, trazendo o melhor da Grécia para vocês.

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