Atenas Na Mitologia Grega: Como a cidade recebeu o seu nome?

Descubra aqui a origem do nome da cidade Atenas de acordo com a mitologia grega.

Certamente, muitos de vocês já se perguntaram de onde vem o nome de Atenas, uma das cidades mais importantes do mundo.

A cidade que deu origem à democracia e na qual até hoje em seus bairros você pode ver os milhares de monumentos que sobrevivem desde o passado, recebeu o seu nome em homenagem a uma briga entre dois deuses do Olimpo

A briga aconteceu a fim de decidir quem seria o protetor da atual capital da Grécia.

De acordo com o antigo mito que se perdeu nas profundezas do tempo, esses deuses do Olimpo eram a deusa da sabedoria, da estratégia, da arte da guerra e da azeitona/oliveira, Atena e o deus do elemento líquido, Poseidon.

A disputa entre Atenas e Poseidon

A disputa entre os dois deuses do Olimpo por Atenas.

A batalha pacífica ocorreu na rocha da Acrópole sob a supervisão dos outros 10 deuses do Olimpo e de um mártir do mundo dos humanos, o rei de Atenas, Cécrope, que era metade cobra e metade humano.

Aquele que oferecesse o melhor presente ao povo de Atenas, tomaria a cidade sob seu domínio.

Poseidon foi o primeiro a começar, acertando o chão com seu tridente com força.

Depois que a água começou a jorrar do golpe, um lago de água salgada surgiu, recebendo o nome de Mar de Erechtheus.

Quando chegou a vez de Atenas, ela bateu no chão com sua lança e neste ponto brotou uma oliveira cheia de frutos.

Depois que esses dois deuses ofereceram seus presentes, Zeus declarou o fim da briga.

Assim, foi a vez dos outros deuses julgarem o vencedor da disputa primeiro pedindo a opinião de Cécrope.

O julgamento dos deuses do Olimpo com o rei de Atenas como testemunha

O fim da disputa entre Poseidon e Atenas, na mitologia grega.

Então, o rei de Atenas, pensando nos benefícios que seu povo teria com esses presentes, afirmou que a oliveira daria prosperidade à cidade.

Isso devido à comida e à madeira que ela ofereceria, enquanto que a água salgada não seria útil, já que não se poderia bebe-la.

Então, com o consentimento dos deuses, Atenas venceu a disputa pacífica contra Poseidon.

E então, nasceu a cidade-estado da antiguidade que mais tarde disseminou a cultura grega por todo o mundo.

Assim, a cidade recebeu o nome de Atenas, em homenagem à deusa da arte e da sabedoria.

No entanto, Poseidon ficou tão irritado com o resultado da disputa que amaldiçoou Atenas para que nunca tivesse água o suficiente.

Então, o lugar enfrentou um grande problema de escassez de água.

Mas, para agradar Poseidon, os atenienses construíram um templo em homenagem aos dois deuses, que recebeu o nome de Erecteion.

Inclusive, ele é um dos mais impressionantes templos gregos da antiguidade que sobrevivem até hoje.

Dentro dele estavam as relíquias sagradas de Atenas, que eram as marcas do tridente de Poseidon e a oliveira oferecida por Atenas como presente.

Por fim, Cécrope e os deuses tiveram a sua decisão recompensada, já que dessa oliveira nasceram todas as outras oliveiras na Grécia antiga.

As famosas 12 oliveiras da academia de Platão surgiram a partir da mesma oliveira, que adornava os seus 12 portões.

Segundo a antiga mitologia grega, essas oliveiras eram clones da oliveira sagrada que se localizava no pátio do Erecteion, na rocha da Acrópole.

A importância da oliveira na Grécia Antiga

A Oliveira de Vouves é a mais antiga do mundo, com mais de 3.000 anos e situa-se em Chania, Creta.

A partir desse mito, concluímos que a oliveira era algo sagrado para os gregos antigos.

Além do mais, por isso nos antigos Jogos Olímpicos o prêmio era uma coroa de oliveira, que também recebe o nome de “kotinos” ( do grego “κότινος”).

Até hoje, a Grécia produz muito azeite, que é considerado o produto nacional do país.

A lição moral do mito

Por fim, podemos dizer que a lição desse mito é a solução pacífica das brigas.

Afinal, o objetivo da mitologia grega era aprimorar os valores sociais da época por meio de narrativas históricas.

  • Grego, morou na Grécia por quase toda a sua vida e em Londres por 3 anos. Trabalhou como Bar Manager, Bartender e Barista em Londres e na Grécia. Além de ter trabalhado nas melhores cozinhas e bares de Londres e da Grécia. Participou de renomados cursos na área e compartilhou o seu conhecimento com seus alunos pela Europa. Por ser apaixonado pelo seu país, encontrou por meio da escrita uma forma de compartilhar com os brasileiros o seu conhecimento sobre viagens, história, cultura, mitologia grega e culinária geral, trazendo o melhor da Grécia para vocês.

grécia antigamitologia grega