O Que É O Autismo? Conheça Os Sinais, Graus E Tipos De Tratamento!

O espectro se manifesta em diferentes níveis de intensidade 

Entenda neste artigo o que é autismo!

Muito se fala sobre o autismo, porém, pouco se sabe sobre ele. Aliás, tal desconhecimento provoca tabus e preconceitos, além da dificuldade no diagnóstico. Então, para tentar esclarecer, ao menos, alguns pontos sobre o transtorno, trouxemos um resumo de informações sobre o que é o autismo, desde os sinais às formas de tratamento.

Ainda que, por vezes, o diagnóstico seja feito na fase infantil, o transtorno perdura por toda a vida. O que não implica, entretanto, que a pessoa não possa conviver socialmente. Nem que haja diagnóstico tardio. 

O que é o autismo?

Para começo de conversa, a denominação correta é transtorno do espectro autista (TEA). E por que espectro? A definição se deve aos diferentes níveis de intensidade com os quais os distúrbios se manifestam. Mesmo que não haja uma definição concreta sobre as causas do autismo, a condição é cada vez mais aceita como uma variação neurológica e cognitiva.

Aliás, o grande desafio é compreender as causas do TEA. Ao mesmo tempo em que pode corresponder a algum distúrbio genético que afeta o desenvolvimento cerebral, outros fatores não genéticos também podem causá-lo. Por exemplo, heterogeneidade e desenvolvimento. 

Em razão da heterogeneidade, ou seja, intensidades diferentes apresentadas em cada indivíduo, pode ser associado tanto a talentos cognitivos marcantes como deficiências e desafios diários.  Sabe qual é uma forma bem interessante e fácil de descrever, de fato, o que é o autismo? 

O cérebro de uma pessoa autista funciona de maneira diferente da maioria, o que pode (ou não) afetar o desenvolvimento. Como a condição afeta a pessoa de maneiras diferentes, o autista pode tanto precisar de apoio permanente quanto viver de forma totalmente independente.

Quanto às causas, ainda não há consenso algum. Portanto, não acredite piamente em informações que associam vacinas importantes, como contra sarampo, caxumba e rubéola (MMR) ao autismo.

Principais sinais do autismo 

Normalmente, os primeiros sinais do autismo costumam aparecer quando a criança tem três anos de idade. De modo geral, crianças e adultos com autismo ou TEA apresentam os seguintes sinais: 

 

  • dificuldades de comunicação e interação social
  • interesses e padrões de comportamento mais restritos e repetitivos
  • algum distúrbio ou atraso de linguagem, mesmo em frases simples ou palavras soltas 
  • evitar contato físico ou olhar direto 
  • evitar barulhos ou ruídos muito altos
  • problemas com excesso de luz brilhante
  • dificuldade em tarefas que exigem coordenação física

 

Algumas crianças entre 18 meses e dois anos ainda apresentam sinais específicos, como não olhar nos olhos das outras pessoas, nem quando ouvem sons. Também não respondem a estímulos, como o sorriso dos próprios pais. É como se elas estivessem em seu mundo particular. 

Porém, outro desafio relacionado ao autismo está justamente na identificação dos sinais. Isso porque existe o estereótipo do comprometimento na comunicação, porém, nem sempre se manifesta na primeira infância. Em alguns casos, a criança pode simplesmente perder habilidades comunicativas adquiridas previamente, sinal chamado de regressão. 

Para se ter uma ideia, há crianças autistas que simplesmente não falam. Enquanto outras falam bem mais cedo do que o habitual, inclusive adotando uma linguagem complexa e avançada para sua idade. Também não gostam de brincar com outras crianças ou reagem de forma excessiva, até com agressividade, quando as coisas não saem como esperado. 

Conforme o nível ou grau do transtorno, a pessoa pode apresentar, por exemplo, deficiência intelectual, no sentido do prejuízo da inteligência global, o que compromete diretamente o relacionamento social. Neste sentido, também pode haver dislexia e discalculia, termos referentes a aprendizagem específica. 

Ao mesmo tempo, nota-se pessoas autistas com capacidade acima da média, ou seja, pontos extremamente fortes no sentido cognitivo. 

Socialização e comportamento repetitivo 

Ainda que não seja uma regra geral, crianças pequenas com autismo costumam ter alguma resistência ao contato físico com os pais e outras crianças. Também preferem brincar sozinhas ou até com outras crianças, mas ter reações extremas, por exemplo. Por isso, a amizade desenvolvida com os coleguinhas pode até não durar tanto. 

Infelizmente, caso o diagnóstico seja tardio, tais questões perduram até a idade adulta. Por isso, a pessoa torna-se socialmente isolada. Não que isso seja um problema, aliás, uma vez que muitas até preferem viver assim. Porém, como podemos ver em casos de pessoas autistas famosas, têm empregos, famílias e outros relacionamentos. 

Outro sinal importante relacionado ao autismo é a preferência pela rotina e o quanto a pessoa fica estressada quando sai dela. Também é comum que a pessoa autista, tanto adulta quanto criança, fique fascinada por determinado assunto e só querer falar disso o tempo todo. Ou, na infância, brincar de uma forma só, com o mesmo brinquedo, sempre. 

Além disso, é importante destacar que somente um médico especialista pode diagnosticar o autismo. 

Os níveis do autismo 

O transtorno do espectro autista se manifesta em diferentes intensidades, o que também afeta no grau de suporte que a pessoa precisa. Isso significa que enquanto alguns autistas demandam acompanhamento 24 horas por dia, outros vivem de forma independente, estudando, trabalhando e desenvolvendo atividades diversas sem nenhum apoio. 

Antigamente, eram usados nomes diferentes para identificar os tipos de autismo, conforme a intensidade dos sinais. Por isso, há nomes como a Síndrome de Asperger, à qual se refere como uma forma ‘leve’ de autismo. Atualmente, estas distinções são evitadas e reunidas em uma só condição, o transtorno do espectro do autismo (TEA).

Ou seja, todo mundo que apresenta o TEA é autista, o que diferencia são os níveis de intensidade.

Como tratar o autismo? 

Uma vez que se trata de uma condição, não há  uma “cura” para o autismo. Logo, o tratamento não tem o objetivo de estigmatizar o autista, mas sim de trazer independência funcional e qualidade de vida. Nisso, deve apoiar-se na otimização da aprendizagem, comunicação e habilidades cognitivas. 

Outro ponto primordial do acompanhamento é controlar enfermidades correlatas, caso ocorram. Em alguns casos, a pessoa autista pode desenvolver epilepsia, por exemplo, ou problemas de sono, alimentação, ansiedade e depressão. Mas, devo me desesperar se minha criança for diagnosticada com autismo? De forma alguma! 

Ainda que o autismo afete cada pessoa de forma diferente, o apoio adequado o quanto antes evita problemas futuros. Para se ter uma ideia, estudos sugerem que 15% das crianças autismo crescem e vivem sozinhas, enquanto de 15% a 20% dos adultos vivem sozinhas, mesmo que demandando algum suporte. 

 

O ideal é que, além de saber o que é autismo, a pessoa busque suporte especializado. O autismo é uma condição que precisa ser desmistificada para proporcionar qualidade de vida à pessoa diagnosticada.  

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