Você sabia que hoje em dia ainda usa expressões da mitologia grega?
A mitologia grega exerceu uma influência profunda em várias culturas ao redor do mundo, tanto na arte quanto na linguagem.
Muitas expressões e termos têm suas origens nas histórias e figuras da mitologia grega e são usados no dia a dia sem que muitos percebam suas origens antigas.
Essas expressões não apenas enriquecem nosso vocabulário, mas também nos conectam a uma rica tradição cultural que remonta aos tempos antigos.
Neste artigo, exploraremos 12 expressões da mitologia grega que se tornaram parte integrante do nosso idioma cotidiano, revelando suas fascinantes origens e significados atemporais.
12 expressões da mitologia grega que usamos hoje em dia
1. Bancar o cupido
Também chamado de Eros na mitologia grega. Cupido era o deus do amor.
Filho de Afrodite (deusa do amor e da beleza) e de Ares (deus da guerra), ele também tinha um grande amor, que era a Psique, a alma humana.
Cupido andava com o seu arco e flecha à procura de uma vítima e a sua flechada fazia com que a pessoa atingida imediatamente se apaixonasse por outra.
2. Carregar o mundo nas costas
Zeus condenou Atlas, um dos titãs, após ele ter perdido a Guerra dos Titãs no Olimpo.
O seu castigo foi ter que sustentar as colunas do céu sobre a Terra.
Uma curiosidade: Hércules estava a caminho de realizar um dos seus 12 trabalhos, a tarefa era pegar as maçãs de ouro do jardim de Hespérides, filhas de Atlas.
Porém, como não conseguia fazer isso sozinho, perguntou a Prometeu o que deveria fazer e então Prometeu disse que Hércules deveria perguntar a Atlas a respeito.
Portanto, Atlas, que já não queria mais segurar o céu, ofereceu-se para realizar a tarefa no lugar de Hércules e em troca Hércules deveria segurar o céu no seu lugar.
Então Hércules aceitou, mas quando Atlas retornou com as maçãs, não aceitou assumir o lugar de Hércules e voltar a segurar o céu.
Assim, Hércules, enganado por Atlas, fingiu que precisava de ajuda apenas para se equilibrar enquanto segurava o céu, e enquanto Atlas o ajudava a se equilibrar, Hércules aproveitou para escapar, devolvendo a árdua tarefa a Atlas.
Outro detalhe é que Atlas tinha um ar cansado e preocupado, por isso usamos a expressão nesse contexto.
3. Trabalho Hercúleo
Essa expressão foi inspirada em Hércules e nos seus 12 trabalhos, correspondendo a um trabalho que exige grande esforço.
4. Sua vida é uma verdadeira odisseia
Usamos a expressão para nos referir a uma vida cheia de aventuras.
Uma jornada como a viagem de regresso de Ulisses (conhecido como Odisseu em grego) à sua ilha natal de Ítaca.
O seu retorno ocorreu quase 20 anos depois da Guerra de Troia, que durou dez anos.
5. Comer o fígado
Usamos muito essa expressão para nos referir a um castigo terrível.
A explicação é que um dos filhos de Jápeto, o titã Prometeu, costumava roubar o fogo dos deuses e dar aos humanos.
Então, Zeus, com medo de que isso fizesse os humanos se tornarem tão poderosos quanto os deuses, puniu Prometeu.
A punição foi acorrentar Prometeu, fazendo com que uma águia comesse o seu fígado repetidamente.
E como se isso já não fosse castigo o suficiente, Zeus fez também com que o seu fígado regenerasse logo em seguida, o que tornou a punição ainda mais cruel
6. Calcanhar de Aquiles
Aquiles, filho da deusa Tétis e do rei Peleu, era mortal, e a sua mãe, para torná-lo imortal, o mergulhou no rio Estige, o segurando apenas
pelo calcanhar.
Portanto, essa parte do seu corpo foi o único local que as águas da imortalidade não tocaram, fazendo com que esse fosse o seu ponto
de vulnerabilidade.
Quando os gregos chegaram a Tróia para pegar de volta a Helena de Tróia (beautiful Helen), durante a batalha, mataram Pátroclo, primo
de Aquiles. Então, no dia seguinte, Aquiles estava enfurecido e reuniu o seu exército de guerreiros, mirmidões (mirmídones) e se dirigiu
para o Castelo de Tróia. Então ele matou Ektoras, considerado o melhor guerreiro de Tróia, e em seguida, Páris matou
Aquiles, atingindo o seu calcanhar com uma flecha envenenada.
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7. Voto de Minerva
Expressão usada para indicar um voto decisivo, de desempate.
Tudo começou quando Agamenon, a fim de vencer a Guerra de Tróia, deu a sua filha aos deuses como sacrifício.
Devido a isso, a sua esposa Clitemnestra, incentivada pela fúria e pelo seu amante, se vingou matando o marido.
Porém, o seu filho Orestes, para vingar a morte do pai, matou a mãe e o amante.
No entanto, Orestes sabia que teria que enfrentar a morte pelas Erínias, que consideravam o matricídio o mais imperdoável de todos os
crimes.
Ciente disso, Orestes pediu ajuda ao deus Apolo, que o levou a julgamento, que foi presidido por Atena (a deusa da sabedoria e da justiça,
que corresponde a Minerva na versão romana).
O júri era formado por 12 atenienses e houve um empate, então, Atena deu o voto decisivo e de desempate, inocentando Orestes.
8. Presente de grego
Aquele presente que dá mais problema do que alegria para quem o recebe!
A origem da expressão foi uma estratégia dos gregos para vencer a Guerra de Troia.
Os gregos, fingindo terem aceitado a derrota, partiram em suas embarcações, deixando um grande cavalo de madeira para trás como presente pela vitória dos troianos.
Então, os troianos levaram o presente para dentro da cidade.
Mas durante a noite, o exército grego, que se escondia dentro do grande cavalo, saiu dele e conquistou e destruiu Tróia.
9. Agradar a gregos e troianos
Muito usada quando se tenta agradar todo mundo, apoiar dois adversários ou concordar com opiniões opostas,
Também tem a origem na Guerra de Tróia, na qual, a fim de recuperar a Helena de Tróia, os gregos e troianos se envolveram em uma guerra de dez anos.
10. Bicho de sete cabeças
Usada para se referir a uma dificuldade muito grande.
O bicho-de-sete-cabeças, chamado de Hidra de Lerna, era um dragão com cabeças de serpente que se regeneravam ao serem cortadas.
A Hidra de Lerna monstro era filho de Tifão e Equidna e morava em um pântano perto do lago Lerna.
O fato é que o veneno da Hidra era tão poderoso que as pessoas morriam de tormento apenas ao sentir o seu cheiro, e Hércules matou a Hidra em seu segundo trabalho.
Durante o trabalho, Hércules percebeu que as cabeças cortadas cresciam novamente, então, pediu que o seu sobrinho Iolau queimasse com um tição a ferida aberta logo após cortar cada cabeça, impedindo que uma nova cabeça surgisse no lugar.
Por fim, a última das cabeças da hidra era imortal e Hércules a cortou e a enterrou com uma imensa pedra, matando assim o monstro.
11. Caixa de Pandora
Aquilo que vai te deixar curioso, mas que é melhor não ser descoberto.
Pandora foi a primeira mulher criada por Hefesto a mando de Zeus, como vingança à humanidade após Prometeu ter dado o fogo aos humanos.
Ela foi então enviada como presente de Zeus ao irmão de Prometeu, chamado Epimeteu.
Apesar de Prometeu tentar alertar o irmão a respeito dos riscos de aceitar o presente, Epimeteu não o escutou.
Além disso, Pandora carregava consigo uma caixa que não deveria ser aberta jamais.
Porém, curiosa, Pandora a abriu e libertou na terra todos os males que passaram a assolar a terra a partir daquele momento, dentre eles: a mentira, o ódio, o sofrimento, a dor, a ambição, as doenças, a guerra e outros.
Por fim, Pandora tentou fechar a caixa novamente, porém só havia restado dentro dela a esperança.
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12. Toque de Midas
Expressão usada para se referir à capacidade de enriquecer rápido.
Midas, rei da Frígia, após libertar Sileno, o pai de criação de Dionísio (também chamado de Baco, deus do vinho) recebeu o dom de transformar tudo que tocava em ouro.
Porém, se desesperou ao perceber que não poderia mais comer, nem beber e nem tocar em outra pessoa, pois tudo o que tocava virava ouro.
Inclusive a sua filha, também uma vítima, sendo também transformada em ouro.
Então, Midas implorou a Dionísio que lhe retirasse esse dom.
Por fim, Dionísio aceitou com toda a sua bondade e explicou a Midas que ele poderia reverter o efeito ao banhar em água corrente tudo o que havia transformado. Midas então fez isso, e pôde abraçar novamente sua filha.
Interessante, não? Você já conhecia essas expressões?
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