O alfabeto grego, utilizado há séculos, desde aproximadamente o século IX a.C., passou por diversas transformações ao longo do tempo, tanto em sua forma como em seu conteúdo. Originalmente, este alfabeto adotou a estrutura do alfabeto fenício, que tinha apenas por consoantes. Então, os gregos inovaram ao introduzir vogais para representar os sons da língua grega, uma característica essencial para as línguas indo-europeias como o grego e o latim. Porém, com o tempo, algumas letras sumiram do alfabeto grego, caindo em desuso e sendo substituídas por outras mais adequadas às mudanças na fonética da língua grega.
Letras que sumiram do alfabeto grego e foram substituídas
Digamma
Esta letra tinha a forma de um “F” estilizado e representava um som similar ao “w” moderno. O Digamma originou-se da letra fenícia “wau”. Era usado no grego antigo, mas foi descontinuado, pois o som que representava deixou de ser usado na língua
San (Ϻ)
A letra San se assemelhava visualmente à letra moderna “M”, mas representava um som similar ao “s” moderno. Porém, com o tempo, ocorreu a troca do San pelo Sigma (Σ), a letra que representou o som “s” na evolução subsequente do grego.
Koppa (Ϙ)
Koppa representava o som de “k” ou “q” e tinha uma aparência semelhante à letra “Q” moderna. Porém, houve a troca do Koppa por Kappa (Κ) para representar o som de “k” no grego. Inclusive isso influenciou a criação da letra “Q” no alfabeto latino.
Sampi (Ͳ)
Por fim, a letra Sampi representava um tipo de som “s” ou “sh”. Embora sua exata pronúncia seja incerta. Além disso, visualmente, Sampi era semelhante à letra “T” moderna. Porém, não tem relação com ela. Esta letra caiu em desuso quando o som que representava deixou de ser parte da língua grega.
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Outras influências no alfabeto grego
Além disso, a evolução do alfabeto grego foi influenciada por mudanças sociais e culturais significativas. Por exemplo, como a introdução do cristianismo, que levou ao desenvolvimento de novos estilos de escrita como o uncíal e o minúsculo, usados para transcrever textos religiosos. Assim, esse processo foi parte da evolução contínua do idioma, que culminou em reformas como a de 1982, que simplificou a linguagem e o sistema de escrita.
Então, no período clássico, por volta do século V a.C., o alfabeto já havia se consolidado na forma de 24 letras que conhecemos hoje. Essa evolução do alfabeto foi essencial para o florescimento da literatura e filosofia grega, com autores renomados como Homero e Platão utilizando-o para criar obras de grande importância histórica e cultural.
Hoje, o alfabeto grego é uma relíquia do passado e continua a ter seu uso presente em diversas áreas do conhecimento. Por exemplo, a matemática, a física e a astronomia. Assim, suas letras são frequentemente empregadas como símbolos em fórmulas e conceitos científicos. Além de terem um papel relevante na cultura popular, como nos nomes de fraternidades e sororidades.
Aprender sobre o alfabeto grego é mergulhar em um aspecto fundamental da herança cultural do mundo ocidental. E, você que tem interesse em aprender grego, pode conferir os melhores plataformas para aprender grego aqui.
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