Depois de décadas fora das prateleiras, um dos refrigerantes mais marcantes dos anos 1980 está de volta. O Slice, originalmente lançado pela PepsiCo em 1984, ressurgiu nos Estados Unidos com uma proposta atualizada, mirando tanto os antigos fãs quanto uma nova geração de consumidores mais atentos à saúde.
Na década de 80, o Slice ganhou notoriedade por ser uma alternativa “mais natural” dentro de um mercado dominado por bebidas artificiais. À época, ele se destacava por conter 10% de suco de frutas, o que era considerado um diferencial relevante. Rapidamente, caiu no gosto popular e se tornou símbolo de frescor e modernidade. No entanto, após alguns anos de sucesso, o produto foi sendo deixado de lado e acabou sumindo dos supermercados nos anos 2000, deixando saudades entre os consumidores que cresceram tomando a bebida.
Uma volta com cara nova
Agora, mais de vinte anos depois, o Slice está voltando, mas não da mesma forma. Em vez de apenas relançar a fórmula antiga, a marca apostou em uma reformulação completa. A nova versão, batizada informalmente de “Slice 2.0”, chega com uma composição que inclui menos açúcar e mais nutrientes, alinhando-se às tendências atuais do mercado de bebidas.
A volta do refrigerante foi possível graças a uma parceria entre a PepsiCo e a Suja Life, empresa norte-americana conhecida por suas bebidas naturais. Essa união resultou em uma nova linha de sabores, entre eles: Laranja, Limão-Lima, Cola Clássica e Toranja Spritz.
Cada lata agora conta com apenas cinco gramas de açúcar, uma redução significativa em comparação às bebidas tradicionais da categoria. Além disso, o produto recebeu uma adição de nutrientes, buscando atrair um público interessado em opções mais leves e com apelo funcional.
A nostalgia como ingrediente-chave
O relançamento do Slice não se apoia apenas na reformulação nutricional. Um dos principais motores da nova campanha é justamente a nostalgia. A marca tem apostado na memória afetiva de quem viveu a juventude nos anos 80 e 90 para criar conexão com o público atual.
Nos Estados Unidos, o retorno da bebida já tem provocado grande repercussão nas redes sociais, com consumidores compartilhando lembranças da época em que o refrigerante era presença garantida nas geladeiras de casa, lanchonetes e festas escolares.
Esse apelo nostálgico segue uma tendência que também pode ser observada em outros segmentos do mercado, como o de doces, brinquedos e produtos de beleza. Marcas que fizeram sucesso em décadas passadas têm sido resgatadas, repaginadas e reapresentadas ao público com bons resultados.
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Tendência mundial por produtos mais saudáveis
O relançamento do Slice acontece em um momento em que consumidores de várias partes do mundo — incluindo Brasil e Grécia — têm buscado reduzir o consumo de produtos ultraprocessados e com alto teor de açúcar. De acordo com dados recentes do mercado de bebidas, há um crescimento constante nas vendas de refrigerantes e sucos com menos aditivos e mais ingredientes naturais.
Na Grécia, por exemplo, há um movimento crescente em direção ao consumo de bebidas funcionais e com ingredientes orgânicos, muito ligado à cultura da dieta mediterrânea e ao foco em bem-estar. No Brasil, o comportamento também mudou, com os consumidores cada vez mais atentos ao rótulo e interessados em saber o que estão ingerindo.
Esse novo cenário cria espaço para o retorno de produtos como o Slice, que agora busca se posicionar como uma opção intermediária entre o refrigerante tradicional e os sucos integrais. A bebida promete refrescância com menos culpa, sem abrir mão do sabor e da conveniência.
Expansão e futuro da marca
Com a recepção positiva nos Estados Unidos, a expectativa é de que o Slice 2.0 chegue a outros mercados ao longo dos próximos meses. A marca já sinalizou que pretende ampliar sua linha de produtos, incorporando novos sabores e versões com foco ainda maior na saúde.
Ainda não há confirmação sobre a chegada oficial do refrigerante ao Brasil ou à Europa, mas o interesse demonstrado nas redes sociais por consumidores de diversos países pode acelerar esse processo. No caso do Brasil, onde o consumo de refrigerantes tem caído nos últimos anos, produtos que se alinhem a um estilo de vida mais equilibrado têm maior chance de ganhar espaço, especialmente entre jovens adultos.
Se chegar ao mercado brasileiro, o Slice pode se juntar a uma onda recente de relançamentos nostálgicos que despertam a memória coletiva de quem viveu a infância ou juventude nas décadas passadas. Marcas como Mirabel, Babaloo e produtos Nestlé dos anos 90 também já fizeram retornos semelhantes.
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Entre o sabor e a memória
Mais do que uma simples bebida, o Slice representa uma ponte entre passado e presente. O retorno do refrigerante atende a duas demandas contemporâneas: o desejo por produtos mais saudáveis e a busca por conexões emocionais com épocas consideradas mais simples ou marcantes.
Para quem viveu os anos 80 e 90, tomar um gole do novo Slice pode ser como voltar no tempo, ainda que com uma fórmula ajustada aos novos hábitos. Para os mais jovens, representa uma alternativa diferente das opções tradicionais de refrigerante, mais próxima do suco, mas ainda com a praticidade e o sabor característico das bebidas gaseificadas.
Seja por nostalgia, curiosidade ou busca por uma escolha mais equilibrada, o Slice volta a conquistar espaço no carrinho de compras. E, ao que tudo indica, essa volta não será breve.
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