Os óculos inteligentes representam uma fusão inovadora de tecnologia e acessibilidade visual, oferecendo uma nova dimensão à interação digital e ao cotidiano das pessoas. Esses dispositivos, que combinam realidade aumentada (RA) e inteligência artificial (IA), projetam informações diretamente nas lentes, permitindo aos usuários acessar dados sem o uso das mãos, visualizar traduções em tempo real, ou até mesmo navegar por rotas de trânsito. Porém, com essa discussão em alta desde 2023, fica no ar a questão sobre a influência dos óculos inteligentes nas relações sociais.
Será que eles tornarão as nossas relações mais próximas, ou mais frias e distantes? Como influenciará no nosso modo de interagir com os outros humanos? Mas antes, vamos entender como ele funcionam.
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Como os óculos inteligentes funcionam
Antes de mais nada, é importante entender o seu funcionamento. Assim, os óculos inteligentes integram softwares, sensores e câmeras para sobrepor elementos virtuais à visão do mundo real.
Então, utilizando RA, estes óculos podem exibir notificações, mensagens, e informações sobre o ambiente diretamente nas lentes, criando uma experiência imersiva e interativa.
Modelos populares como o Xiaomi e o Ray Ban Stories, por exemplo, oferecem desde captura de fotos e vídeos até interações por comando de voz, demonstrando a versatilidade e adaptabilidade destes dispositivos.
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Um salto tecnológico e a influência dos óculos inteligentes nas relações sociais
A integração dos óculos inteligentes no cotidiano tem o potencial de alterar significativamente as interações sociais. Por um lado, podem aumentar a conectividade e a acessibilidade, facilitando comunicações sem barreiras de idioma ou melhorando a acessibilidade para pessoas com deficiências visuais ou auditivas. Por outro lado, levantam questões sobre privacidade e a natureza das interações humanas, já que a tecnologia permite a gravação e transmissão de vídeos sem que os outros necessariamente saibam que estão sendo filmados
Assim, os óculos de realidade aumentada, muitas vezes chamados de smart glasses, têm sido apontados como uma mudança paradigmática na forma como experimentamos o mundo ao nosso redor.
Estamos testemunhando uma transformação na maneira como recebemos informações e interagimos uns com os outros. Por exemplo, uma pesquisa recente, realizada por acadêmicos de renome das universidades americanas, busca esclarecer as implicações desse dispositivo na dinâmica social.
Porém, a preocupação central desses estudos gira em torno da disparidade perceptual entre aqueles que usam os smart glasses e aqueles que não os usam.
Enquanto os usuários desses dispositivos desfrutam de uma experiência rica e imersiva com a sobreposição de elementos virtuais em seu campo de visão, aqueles que não utilizam podem se sentir marginalizados e desempoderados.
Ao passo que a tecnologia avança, os smart glasses estão se tornando menos conspícuos, tornando-os mais semelhantes aos óculos tradicionais.
Esse desenvolvimento suscita preocupações acerca das gravações não autorizadas ou manipulações de imagem. Especialistas das universidades envolvidas no estudo buscam a colaboração dos pesquisadores a fim de analisar essa dinâmica interativa com os smart glasses.
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Impacto nos usuários e não-usuários
Por fim, os resultados revelaram que, enquanto os usuários do dispositivo experimentaram uma redução na ansiedade, graças aos filtros de realidade aumentada que acrescentaram um toque de diversão às suas percepções, os não-usuários enfrentaram um dilema.
Sentiram-se desconfortáveis e, em alguns casos, desconfiados da experiência que seus interlocutores estavam vivenciando.
Diante dessa desigualdade percebida, os que não utilizavam os smart glasses tentaram recuperar algum controle em suas interações. Alguns buscaram se mover, de modo a evitar os filtros do óculos, enquanto outros pediram informações acerca do que os usuários estavam experimentando.
A opacidade em alguns smart glasses, como as lentes escurecidas dos Spectacles, minou a harmonia comunicativa e a interação social.
Em busca de soluções para tais questões, os que participaram do estudo sugeriram a incorporação de displays de projeção e indicadores visuais de gravação nos smart glasses.
Essas medidas poderiam tornar as pessoas ao redor mais conscientes das experiências dos usuários e fornecer um senso de equilíbrio nas interações.
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