Você já postou algo nas redes sociais esperando que uma certa pessoa visse? Talvez uma selfie, uma música nos stories ou uma indireta bem planejada? Se a resposta for sim, então você já praticou o chamado “gatsbying”, mesmo sem saber.
Esse comportamento, que tem ganhado nome e visibilidade entre os jovens da geração Z, na verdade, já é velho conhecido dos millennials. E apesar do nome parecer estranho à primeira vista, ele tem uma explicação simples, e até um toque literário.
O que é “gatsbying”?
O termo vem do clássico da literatura norte-americana O Grande Gatsby, escrito por F. Scott Fitzgerald e também adaptado para o cinema em versões marcantes. No livro, o protagonista Jay Gatsby é obcecado por reconquistar seu amor perdido, Daisy. Para isso, organiza festas luxuosas e eventos impressionantes, sempre com a esperança de que ela apareça ou, ao menos, ouça falar dele.
Trazendo para os dias atuais, o “gatsbying” nada mais é do que usar as redes sociais como vitrine para impressionar ou atrair a atenção de alguém. Não precisa ser tão extravagante quanto as festas de Gatsby. Pode ser algo simples, como uma foto bem produzida, uma frase misteriosa ou uma playlist compartilhada com a “mensagem certa”. O objetivo é o mesmo: provocar uma reação da pessoa desejada, mesmo que de forma indireta.
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Como isso virou tendência?
Apesar de ter sido batizado recentemente por uma influenciadora australiana, o comportamento não é novo. Muito antes do Instagram ou TikTok, usuários do Orkut, do Facebook e até do extinto Tuenti já usavam o mesmo tipo de estratégia: postar algo com segundas intenções, torcendo para que aquela pessoa especial visse e reagisse.
A diferença é que agora esse comportamento tem nome, ganhou força entre os mais jovens e virou quase uma “etiqueta” silenciosa de paquera digital. É como se os gestos românticos tivessem migrado do mundo real para o feed.
Exemplos práticos de gatsbying
O gatsbying pode se manifestar de várias maneiras. Por exemplo:
- Postar uma selfie na academia ou em um lugar estiloso, torcendo para que a pessoa desejada comente ou mande mensagem.
- Compartilhar uma música com letra sugestiva, como uma indireta musical.
- Publicar uma frase com duplo sentido, provocando curiosidade.
- Mostrar que está se divertindo ou saindo com amigos, como forma de mostrar independência (ou causar um leve ciúmes).
É sutil, planejado e geralmente pensado com uma única pessoa em mente, mesmo que o post seja público para todos.
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Funciona mesmo?
Essa é uma pergunta difícil. Em alguns casos, o gatsbying pode funcionar como um empurrão inicial. Pode gerar uma mensagem direta, um emoji curioso, ou mesmo abrir espaço para uma conversa. Em outros, pode passar despercebido, ou parecer forçado se repetido com frequência.
Além disso, é importante lembrar que nem sempre a reação esperada acontece. E quando não vem, o sentimento pode ser de frustração.
Os riscos do gatsbying
Apesar de parecer inofensivo, o gatsbying pode gerar consequências nos relacionamentos. Ao colocar tanta expectativa em uma postagem, a pessoa pode acabar se desapontando ou criando uma imagem falsa de conexão.
Outro ponto importante é que esse tipo de interação pode alimentar uma dinâmica superficial. A atenção se concentra na aparência e na performance, e não na troca real entre duas pessoas.
É claro que as redes sociais fazem parte do nosso dia a dia, mas elas não devem substituir o contato direto, os gestos simples e sinceros, ou uma boa conversa olho no olho.
Paquerar sem perder a naturalidade
A verdade é que todos, em algum momento, já quiseram ser notados. E as redes sociais são só mais uma ferramenta para isso. Mas é sempre bom lembrar que a sedução mais poderosa ainda é ser você mesmo, sem máscaras.
Se o gatsbying serve como um começo, ótimo. Mas que ele seja o primeiro passo para algo mais profundo e verdadeiro. Porque no fim das contas, por trás das curtidas e dos stories, o que vale é a conexão real.
Se você se identifica com esse tipo de comportamento, não se preocupe. Afinal, o desejo de ser visto e admirado é humano. Tanto no Brasil quanto na Grécia, onde culturas valorizam o olhar, a presença e a linguagem não-verbal, o gatsbying pode até encontrar terreno fértil. Mas nada substitui a boa e velha conversa de verdade.
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