A Itália, liderada pela Primeira-Ministra Giorgia Meloni, está planejando um projeto ambicioso: construir a maior ponte suspensa do mundo, ligando o continente à Sicília. Este plano histórico, que vem desde a época romana, enfrenta agora grandes desafios, incluindo questões ambientais e geográficas.
A ponte, se concluída, estender-se-á por 3,2 quilômetros sobre o Estreito de Messina, um feito de engenharia impressionante. O projeto tem um custo estimado de 4,5 bilhões de euros para a ponte e 6,75 bilhões para infraestrutura de apoio, segundo o Ministério dos Transportes.
Desde 1965, o Ministério das Finanças italiano relata que gastou 1,2 bilhão de euros em fundos públicos para estudos de viabilidade.
Mas existe um grande problema que impede a obra. Há a questão da localização geográfica, já que o Estreito de Messina está localizado ao longo de uma linha de falha onde um terremoto de 7,1 Richter em 1908 matou mais de 100.000 pessoas e causou um tsunami, destruindo ambas as margens da Calábria e da Sicília. Continua sendo o evento sísmico mais mortal registrado na Europa até hoje.
Terremotos não serão um empecilho para a maior ponte suspensa do mundo, de acordo os cientistas
As correntes também são tão fortes que, segundo a NASA, as ondas são visíveis do espaço. A WeBuild afirma que a ponte planejada suportará ventos de até 300 quilômetros por hora e poderá manter-se aberta ao tráfego com ventos de até 150 quilômetros por hora. Sob o plano atual, a ponte permitirá a passagem de 6.000 carros e caminhões por hora e 200 trens diariamente. Além disso, a ponte será construída para suportar terremotos de até 7,5 na escala Richter, um pouco mais forte que o terremoto devastador de 1908.
A opinião pública em ambos os lados do estreito permanece dividida, com aqueles que apoiam o projeto, pois pode prosperar através do aumento do comércio e do turismo, e aqueles que não se importam em manter a Sicília em grande parte isolada. O decreto deve ser transformado em legislação em junho.”
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O problema com o ambiente
Além disso, ambientalistas argumentam que a construção pode afetar negativamente a biodiversidade local. O Fundo Mundial para a Vida Selvagem (WWF) também se posicionou contra o projeto.
Apesar das controvérsias, o governo italiano está avançando com os planos, esperando impulsionar o comércio e o turismo.
A decisão final sobre o projeto está prevista para transformar-se em lei em junho, deixando a população dividida entre o potencial de crescimento econômico e as preocupações ambientais.
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