O mercado de fórmula infantil é um gigante da indústria, sendo essencial para crianças que não podem receber aleitamento materno por diversas razões. Principalmente quando é necessário entrar com fórmula complementar, tanto devido a casos de baixo peso da criança, quanto por motivos maiores, como quando a mãe precisa retornar ao trabalho antes do previsto.
Indicado pelo Ministério da Saúde, esse é um método que deveria ser saudável, apesar de jamais poder se comparar ao leite materno. Acontece que, ao escolher entre as diversas fórmulas, você poderá se confundir em meio a tantos nomes, marcas e especificações. Mas, e se no meio disso ainda houvesse fórmulas que não respeitassem às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)? Veja a seguir as fórmulas que foram proibidas pela Anvisa recentemente.
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Fórmula infantil proibida pela Anvisa
A Anvisa emitiu recentemente uma proibição que afeta diretamente o mercado de fórmulas infantis no Brasil. A decisão foi tomada após um alerta da U.S. Food and Drug Administration (FDA), a agência reguladora dos Estados Unidos, sobre a possível contaminação de certos lotes da fórmula infantil Nutramigen LGG, produzida pela empresa Reckitt/Mead Johnson Nutrition. Essa medida preventiva visa garantir a segurança dos consumidores, especialmente os bebês, que são os principais usuários desse tipo de produto.
Os lotes afetados pela proibição incluem os seguintes códigos: ZL3FHG, ZL3FMH, ZL3FPE, ZL3FQD, ZL3FRW e ZL3FX. Esses lotes possuem códigos de barras 300871239418 ou 300871239456 e têm validade até 1º de janeiro de 2025. Dessa forma, é essencial que os consumidores que possuam algum produto dessa linha verifiquem imediatamente o rótulo para identificar se fazem parte dos lotes mencionados. Assim, se o produto pertencer a um desses lotes, você não deve usá-lo e nem oferecer ao seu bebê, isso porque há grande risco de contaminação
O motivo principal da proibição é a possível presença da bactéria Cronobacter sakazakii nos lotes em questão. Essa bactéria pode causar infecções graves, especialmente em recém-nascidos e bebês imunocomprometidos. Entre as infecções mais comuns associadas à Cronobacter estão meningite, enterocolite necrosante e septicemia, todas com altas taxas de mortalidade em grupos de risco.
Embora infecções por Cronobacter sakazakii sejam raras em adultos e crianças com mais de 12 meses, a vulnerabilidade de bebês pequenos, especialmente os que necessitam de cuidados intensivos, torna a contaminação uma preocupação séria. Por isso, a Anvisa tomou medidas preventivas para impedir que esses produtos cheguem ao mercado brasileiro.
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Medidas adotadas
A proibição veio a público oficialmente no Diário Oficial da União no dia 12 de janeiro de 2024, por meio da Resolução RE 100, de 10 de janeiro de 2024. Dessa forma, a intenção com a medida é impedir a importação, comercialização, distribuição e uso dos lotes contaminados no Brasil. Até o momento, a Anvisa não identificou a presença desses lotes no mercado brasileiro. No entanto, o alerta serve como uma medida de precaução, já que a FDA informou que os lotes foram exportados para diversos países, como Argentina, Canadá, Colômbia, Espanha, Reino Unido, entre outros.
Vale ressaltar que o órgão ressaltou que o recolhimento não abrange outros lotes da fórmula Nutramigen LGG. Consumidores que utilizam produtos dessa linha devem verificar a origem e procedência dos mesmos, assegurando que estão adquirindo fórmulas infantis registradas e certificadas pela Anvisa.
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Outros produtos atingidos pela vigilância
Embora o foco recente fossem os lotes da fórmula Nutramigen LGG, essa não é a primeira vez que a Anvisa age para proteger os consumidores de produtos potencialmente perigosos. Inclusive, a agência já interditou anteriormente outros alimentos e produtos de nutrição infantil devido a riscos de contaminação ou problemas relacionados à fabricação e armazenamento.
Um exemplo recente envolve a suspensão de diversos lotes de outros tipos de alimentos por contaminação com bactérias como Salmonella e Listeria monocytogenes. Essas bactérias, assim como a Cronobacter sakazakii, podem causar infecções graves e até fatais, especialmente em populações vulneráveis como crianças pequenas, idosos e pessoas com sistema imunológico comprometido.
Portanto, para garantir a segurança alimentar, a Anvisa orienta os consumidores a sempre verificar o número de registro dos produtos no rótulo e a evitar a compra de produtos não registrados, especialmente em plataformas de comércio eletrônico, onde a procedência pode ser duvidosa. Além disso, é fundamental seguir as instruções de preparo e higienização dos utensílios utilizados na alimentação infantil, como mamadeiras e colheres, para minimizar os riscos de contaminação.
Por fim, jamais introduza nenhuma fórmula infantil a não ser que seja uma orientação de um profissional de saúde, como um médico pediatra ou nutricionista. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade, e complementar até os dois anos ou mais, sempre que possível.
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