A lenda da Atlântida perdida, uma civilização avançada submersa nas profundezas do oceano, intriga a humanidade por milênios. Inclusive, desde que o filósofo grego Platão mencionou essa cidade em seus diálogos no século IV a.C., a ideia de uma sociedade tecnologicamente avançada que desapareceu misteriosamente no fundo do mar gerou inúmeras teorias e buscas ao redor do mundo.
E, recentemente, uma nova descoberta pode finalmente lançar luz sobre essa antiga lenda, levando especialistas a acreditar que encontraram vestígios da cidade perdida. Esta descoberta, se confirmada, pode fornecer respostas para um dos maiores mistérios da humanidade e redefinir nossa compreensão sobre as civilizações antigas que um dia habitaram nosso planeta.
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A cidade submersa descoberta que pode ser a Atlântida perdida
Foto: IGME-CSIC.
Uma equipe de cientistas fez uma descoberta que pode ser a chave para resolver o mistério de Atlântida. Eles localizaram uma formação subaquática composta por várias ilhas afundadas na costa leste de Lanzarote, uma das Ilhas Canárias. Esse complexo submerso, que inclui três vulcões agora inativos, fica a cerca de 2,3 quilômetros abaixo da superfície do oceano e se estende por aproximadamente 50 quilômetros de diâmetro. Utilizando um veículo operado remotamente (ROV), os pesquisadores foram capazes de explorar essas ilhas, que continuam a afundar lentamente no mar.
As ilhas foram habitáveis entre 56 e 34 milhões de anos atrás, e apesar de estarem submersas, ainda preservam características importantes, como praias, penhascos e dunas de areia. Segundo os cientistas, a areia que agora cobre essas formações vulcânicas se depositou durante o processo de afundamento, quando as ilhas estavam descendo lentamente ao fundo do mar.
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A montanha submarina e seu significado
O monte submarino descoberto recebeu o nome de Monte Los Atlantes, uma homenagem direta à lenda de Atlântida. Este nome reflete a forte conexão entre a descoberta e o mito grego, especialmente considerando a localização das ilhas próximas à Península Ibérica, uma região frequentemente mencionada nas histórias sobre Atlântida. A equipe de pesquisa agora tem seu foco em analisar amostras das rochas vulcânicas para determinar a idade exata dessas formações e entender melhor o processo geológico que levou ao afundamento das ilhas.
A lenda de Atlântida, como descrita por Platão, fala de uma civilização extremamente avançada que floresceu por volta de 9600 a.C. A ilha era rica em recursos naturais, tinha um poderoso exército e se envolveu em várias guerras de expansão. No entanto, a sede de poder dos atlantes levou Zeus, o deus grego, a punir a civilização, causando um terremoto que afundou a ilha no oceano. Desde então, Atlântida tem sido objeto de debates e especulações, com muitos acreditando que a história de Platão poderia ter sido baseada em eventos reais, como o afundamento de uma ilha devido à atividade vulcânica ou mudanças geológicas.
Assim, a descoberta do Monte Los Atlantes e das ilhas submersas nas proximidades das Ilhas Canárias fornece uma base geológica que pode ter relação com o mito de Atlântida. Embora a datação das ilhas e a análise das amostras ainda estejam em andamento, a localização e as características da formação subaquática sugerem que essa área pode ter inspirado os antigos relatos sobre uma civilização perdida no mar.
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Implicações históricas e científicas
Se as análises confirmarem que essas ilhas submersas são de fato os restos de uma civilização antiga, isso poderia mudar a forma como entendemos a história das civilizações pré-históricas. Isso porque o achado seria o ponto de partida para descobrir mais sobre como sociedades antigas interagiram com seu ambiente e como eventos naturais catastróficos, como erupções vulcânicas e terremotos, influenciaram o curso da história humana.
Além disso, a descoberta pode incentivar novas expedições e pesquisas em outras áreas ao redor do mundo que foram afetadas por mudanças geológicas significativas, na esperança de encontrar mais evidências de civilizações perdidas.
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