A história da escrita tem evoluído ao longo dos milênios, passando de inscrições em pedras a técnicas avançadas de impressão. Contudo, recentemente, cientistas alemães alcançaram uma proeza extraordinária: escrever na água e em outros fluidos. Venha saber mais sobre o assunto.
Escrita além do convencional
As técnicas tradicionais de escrita normalmente envolvem a aplicação de tinta ou a marcação em substratos sólidos, onde as forças moleculares mantêm as marcações intactas. No entanto, ao lidar com líquidos, essas forças não são suficientes para preservar as marcações.
Embora estudos anteriores tenham explorado métodos de escrita debaixo d’água, eles ainda dependiam de um substrato sólido. Agora, a verdadeira escrita na água se tornou uma realidade.
A chave para a inovação
A chave para esse avanço foi a criação de microesferas minúsculas, com diâmetro variando de 20 a 50 micrômetros, compostas de um material baseado em troca de íons.
Essas microesferas são tão pequenas em relação ao volume de água que não causam turbulência, evitando a formação de vórtices.
À medida que essas microesferas se movem na água, elas alteram o pH local, atraindo partículas de tinta para onde passam. Isso cria uma marcação na superfície.
Inclinando o recipiente de água, os pesquisadores conseguiram escrever, movendo as microesferas e acumulando tinta ao longo do trajeto de forma contínua.
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Perspectivas futuras sobre o tema
Embora essa conquista seja, por enquanto, mais uma prova de conceito do que uma aplicação prática, os cientistas têm grandes planos.
Os especialistas esperam ser capazes de reproduzir qualquer tipo de escrita com linhas contínuas, criar espaços entre as letras ao controlar o processo de troca de íons e até mesmo tornar a tinta sensível à luz UV para prolongar a durabilidade das marcações.
Dessa forma, essa inovação não apenas demonstra a capacidade de escrever na água, mas também abre as portas para uma nova forma de expressão da linguagem humana em meios que poucos poderiam imaginar serem possíveis.
A história da escrita, que começou há cerca de 30 mil anos, continua a evoluir, surpreendendo-nos com novas possibilidades a cada passo.
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