Antes de mais nada, o primeiro contato dos gregos com o café data dos anos em que a Grécia fazia parte do Império Otomano.
Mas qual é a verdadeira origem do café grego?
Embora de acordo com a UNESCO, o café não filtrado que agora chamaremos de grego seja uma herança cultural dos turcos, parece que a verdade está escondida em algum lugar nas profundezas da Ásia.
Quem inventou o café grego?
Inicialmente, segundo a história, o café grego foi inventado pelos beduínos do Oriente Médio.
Para quem não sabe, os beduínos são uma tribo nômade que vive em tendas no deserto.
Então, para fazer café, inventaram uma forma original.
Depois de acenderem as brasas pela primeira vez, cobriram-nas com a areia quente do deserto para mantê-las acesas.
Em seguida, colocaram uma panela na areia quente e o resultado disso é o que chamamos hoje de café grego.
Então, foi assim que se estabeleceu a torrefação do café na areia e mais tarde na brasa.
O que são essas brasas?
As brasas são um tipo de cinza que queima lentamente, resultando em um café de torra lenta e sendo assim mais saboroso.
Além disso, palavra “brasa” (“χόβολη” em grego) vem da palavra “atovoli”, que significa o lugar onde as cinzas são colocadas para torrar o café.
Como o café não filtrado se espalhou da Turquia para a Grécia?
Depois, com o passar dos anos, o costume beduíno de fazer café na areia se espalhou por todo o Oriente Médio.
Inclusive, naquela época, o Império Otomano estava expandindo suas fronteiras rapidamente.
Portanto, o resultado foi que esse café não filtrado se espalhou para as costas de Izmir.
Então, mais tarde, este café chegou a Constantinopla e Salônica.
Tanto que no século 17, na Grécia e especialmente em Thessaloniki, havia centenas de cafés, que turcos e gregos frequentavam.
Quando surgiram os moinhos de café?
No século 20, as cafeterias forneciam café cru e, depois de torrado, era moído em pequenos moinhos manuais.
Então, a partir daí, devido à grande demanda que existia na Grécia, surgiram lojas de processamento especial de café, os moinhos de café, que atendiam exclusivamente à importação e comercialização de café pronto para consumo.
Porém, hoje, com o desenvolvimento, a maioria dos moinhos de café foram perdidos e foram substituídos por grandes empresas de café.
Diferenças entre o café grego e o turco
Antes de mais nada, pode até ser que os beduínos tenham inventado o café grego e que os otomanos o difundiram.
Mas, independentemente disso, o fato é que o café grego de hoje é diferente de todos os cafés não filtrados.
A forma de torra e a moagem muito fina tornam a cor do café grego mais loura.
Além disso, ele tem um sabor diferente e a composição do grego é mais espessa.
Inclusive, até o modo como torramos o café grego é diferente do turco.
O grego infla uma vez e é servido imediatamente, enquanto o turco pode inflar uma segunda e terceira vez antes de ser servido.
No entanto, a diferença mais importante é a variedade de café que usamos para produzir grego.
De quais variedades é feito o café grego?
As características de cada variedade, como sabor, aroma e acidez, dependem do país de origem e da região de cultivo.
Existem dois tipos principais de café no mercado para a preparação de diferentes tipos de bebidas: Arábica e Robusta.
Para a produção do café grego, precisamos de ambas as variedades.
Qual é a mistura do café grego?
Geralmente consiste em café Arábica brasileiro cultivado em Santos e misturado com Robusta da Índia.
Na verdade, o café indiano Robusta dá um dos melhores aromas do mundo, enquanto o café brasileiro Arábica se caracteriza pelo sabor adocicado que confere ao café grego.
É assim que se cria o blend especial do café grego, ou seja, seu perfil aromático característico e único.
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