Pouca gente sabe, mas Marilyn Monroe, ícone eterno de Hollywood, guardava em seu coração uma memória especial ligada à Grécia, mais especificamente, a um menino grego que ela conheceu em Los Angeles e que marcou sua juventude para sempre. Ela o chamava de “Apolo”, numa clara referência ao deus grego da beleza, da juventude e da luz. Um apelido que diz muito sobre a forma como ela o enxergava.
Essa história, contada por Marilyn em entrevistas com o jornalista grego Alekos Lidorikis nas décadas de 1940 e 1950, oferece um olhar inesperado sobre a atriz. Em um mundo onde sua imagem era marcada por flashes e escândalos, esse episódio revela uma face mais humana, nostálgica e até romântica da estrela americana.
O menino grego que colecionava conchas
Durante sua juventude em Los Angeles, Monroe se lembrava de ter conhecido um garoto grego, ainda criança, que passava os dias recolhendo conchas à beira do mar. Ele a encantou pela simplicidade, pela gentileza e, como ela mesma disse, pela beleza. O encontro foi breve, mas significativo. Marilyn se recordava de um beijo inocente trocado entre os dois e do desaparecimento repentino daquele menino. “Ele me beijou uma vez… depois nos perdemos um do outro”, contou à imprensa anos depois. Ela imaginava que, com o tempo, ele teria se tornado um homem “perfeito e bonito”.
Essa lembrança virou uma âncora emocional em sua vida adulta. Não se sabe ao certo quem foi esse “Apolo”, nem se ele chegou a saber da importância que teve para a atriz mais famosa de sua geração. Mas o fato é que esse menino representava, para Monroe, um tipo de pureza e leveza que contrastava com os anos conturbados que ela enfrentaria depois.
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A admiração de Marilyn pelos gregos
O encontro com Apolo não foi o único elo de Marilyn com a cultura grega. Em suas conversas com Lidorikis, ela demonstrou admiração sincera pelo povo grego. “Eu adoraria ter nascido no seu país”, afirmou certa vez ao jornalista. Ela se dizia encantada com os gregos, sua beleza, sua leveza no viver e, segundo suas palavras, os olhos dos homens gregos que brilhavam de forma “estranhamente… tão lasciva”.
Esse tipo de comentário pode parecer curioso vindo de uma mulher que foi símbolo sexual global, mas mostra que Marilyn também sabia admirar o outro, mesmo quando ela própria era alvo constante de olhares.
Vale lembrar que, naquele período, a presença grega em Hollywood era marcante. Os irmãos Skouras, empresários gregos imigrantes, foram responsáveis por consolidar a carreira de diversos astros e estrelas, inclusive a própria Marilyn, com quem mantinham boas relações. A influência da diáspora grega nos bastidores do cinema norte-americano talvez tenha contribuído para que ela se aproximasse ainda mais da cultura helênica.
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63 anos sem Marilyn
No dia 4 de agosto de 2025, completaram-se 63 anos da morte de Marilyn Monroe. A atriz foi encontrada sem vida em sua casa, em Los Angeles, aos 36 anos, vítima de uma overdose de barbitúricos. A causa da morte foi classificada como provável suicídio, embora o assunto ainda gere teorias e especulações. Sua morte chocou o mundo e encerrou de forma precoce a trajetória de uma das personalidades mais icônicas do século XX.
Mesmo depois de tanto tempo, sua imagem continua presente em filmes, revistas, murais e redes sociais. Mas, além do glamour, sua história pessoal é marcada por traumas, inseguranças e momentos de ternura, como o breve encontro com o menino grego que virou símbolo de um tempo em que ela ainda era apenas Norma Jeane.
Histórias como essa ajudam a explicar por que tantas pessoas ao redor do mundo se sentem conectadas à Grécia, mesmo sem nunca terem pisado no país.
Apolo, Monroe e a ideia de beleza
O nome Apolo, escolhido por Marilyn, não foi por acaso. Na mitologia grega, Apolo é o deus da luz, da música, das artes e da beleza masculina idealizada. Ao dar esse nome ao menino, ela associava sua lembrança à ideia de perfeição, como algo inalcançável, mas inesquecível. A escolha reforça como, mesmo em momentos simples e cotidianos, a cultura grega está presente no imaginário coletivo.
Esse episódio também convida à reflexão: quantas vezes na vida encontramos alguém que nos marca de forma duradoura, mesmo que brevemente? E quantas dessas lembranças se tornam uma espécie de amuleto, algo para guardar como símbolo de um tempo mais leve, mais ingênuo, mais verdadeiro?
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A Grécia no imaginário hollywoodiano
A ligação entre Hollywood e a Grécia vai muito além da história de Marilyn. Diversas produções cinematográficas beberam da mitologia grega, tanto literal quanto simbolicamente. Figuras como Apolo, Afrodite e Zeus inspiraram roteiros, personagens e até ícones visuais.
Mas, no caso de Marilyn, a Grécia não era apenas uma referência estética. Era uma lembrança pessoal. Um lugar idealizado, talvez nunca visitado, mas profundamente sentido. Um elo afetivo, tão verdadeiro quanto qualquer romance vivido na tela do cinema.
Essa história, resgatada 63 anos após a morte da atriz, mostra como pequenos encontros podem atravessar décadas. E como a cultura grega, mesmo fora de seu território, continua despertando sentimentos e deixando marcas, até mesmo nas maiores estrelas do mundo.
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