Na cidade de Macau, no Rio Grande do Norte, vive um homem que carrega um título curioso: o de ter o nome mais longo já registrado oficialmente no Brasil. Seu nome completo é Charlingtonglaevionbeecheknavare dos Anjos Mendonça, com nada menos que 32 letras. Para facilitar, entre amigos e familiares, ele é chamado simplesmente de “Chacha”.
A história desse nome chama atenção não só pelo tamanho, mas também pelas situações inusitadas que provoca no dia a dia, desde formulários que não aceitam tantos caracteres até as inevitáveis perguntas sobre sua origem.
Ter o nome mais longo do Brasil não é somente uma curiosidade divertida. Para Chacha, isso já trouxe alguns perrengues práticos. Ele precisou lidar com problemas na hora de emitir documentos, trocar cartões e até em sistemas eletrônicos, que frequentemente não aceitam tantas letras. Muitas vezes foi necessário abreviar para conseguir concluir cadastros.
Além disso, situações simples, como informar o próprio nome por telefone ou soletrá-lo em atendimentos, acabam virando momentos de paciência. Ainda assim, ele garante que sempre encarou essas situações com leveza. Durante a infância, não sofreu bullying e, já adulto, lida com os comentários sempre com bom humor.
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De onde veio o nome mais longo do Brasil?
Nem mesmo o pai soube explicar exatamente de onde surgiu a ideia de juntar tantas sílabas em um único registro. Há quem diga que algumas partes lembram nomes de líderes políticos e figuras históricas, como Che Guevara e Juscelino Kubitschek, mas a motivação exata nunca foi confirmada. O fato é que o cartório aceitou o registro e, desde então, Chacha carrega consigo um nome que dificilmente passa despercebido.
O que diz a lei?
Veja o que diz a lei. Foto: brazilgreece.
No Brasil, a legislação permite criatividade na hora de escolher nomes para os filhos, mas existe um limite: o cartório deve recusar aqueles que possam expor a criança ao ridículo ou gerar constrangimentos graves. Em alguns casos, a questão pode até parar na Justiça.
Ainda assim, o país já registrou nomes curiosos e até engraçados, como “Aeronauta Barata”, “Maria-você-me-mata” e “Rocambole Simionato”. O nome de Chacha, apesar de longo, não foi considerado ofensivo, o que garantiu sua validade.
Na prática, o apelido acabou sendo a solução mais prática. Em Macau, todos o conhecem como Chacha, e raramente alguém se arrisca a pronunciar seu nome completo sem tropeçar no meio do caminho. É essa simplificação que o acompanha em casa, no trabalho e em quase todas as situações sociais.
Ainda assim, ele ficou conhecido nacionalmente como o homem com o nome mais extenso do país, título que desperta curiosidade por onde passa.
As diferenças entre a escolhe de um nome no Brasil e na Grécia
Esse caso brasileiro mostra como a escolha de nomes está ligada à cultura de cada sociedade. No Brasil, a criatividade costuma falar alto, e muitas vezes pais se inspiram em músicas, novelas, personalidades famosas ou até inventam combinações únicas.
Na Grécia, os nomes também têm grande valor cultural, mas seguem tradições mais rígidas. É comum que o primeiro filho receba o nome do avô paterno e o segundo, do avô materno. Assim, nomes históricos e religiosos como Giorgos, Maria, Eleni e Konstantinos continuam sendo passados de geração em geração.
Enquanto no Brasil a originalidade é mais evidente, na Grécia prevalece a continuidade. Nos dois casos, os nomes revelam valores, memórias e símbolos importantes para cada cultura.
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Por que esses nomes viram notícia?
Ao longo dos anos, nomes diferentes, engraçados ou longos acabam virando notícia justamente porque refletem a diversidade cultural de um país. O nome é o primeiro elemento da identidade de uma pessoa e, muitas vezes, carrega significados afetivos que não são óbvios para quem vê de fora.
O caso de Chacha mostra como algo tão simples pode marcar a vida de alguém para sempre. Para a família, ele representa uma escolha única; para a sociedade, virou uma curiosidade que levanta discussões sobre tradição, burocracia e identidade.
Charlingtonglaevionbeecheknavare dos Anjos Mendonça pode ter dificuldades na hora de preencher formulários ou emitir documentos, mas carrega a lembrança de como a identidade de uma pessoa é um resultado de escolhas culturais e familiares.
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