Quem poderia esquecer a espetacular cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2004? Todos os gregos ansiavam pelo retorno dos Jogos Olímpicos ao seu local de nascimento, a Grécia. Embora eu tivesse apenas 16 anos, lembro-me da emoção que todos sentimos quando, após o fracasso de 1996, esse grande evento finalmente voltou para casa.
5 de setembro de 1997 foi o dia que marcou o início de uma nova era. Na 106ª sessão do Comitê Olímpico Internacional em Lausanne, após uma tentativa desesperada de sediar os Jogos Olímpicos de 1996, Atenas conseguiu superar Roma na votação final e realizar seu sonho.
Em 25 de março de 2004, sob o lema ‘nossa chama une o mundo’, a cerimônia de acendimento da chama olímpica ocorreu em Atenas. Pouco depois do meio-dia, a alta sacerdotisa acendeu a chama no Templo de Hera e a entregou ao primeiro portador da tocha, o campeão de lançamento de dardo.
A decisão do Comitê Olímpico Internacional de assumir tal iniciativa não é simples, pois certamente provocará fortes reações em muitos países e comitês olímpicos nacionais.
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Mas por que o Comitê Olímpico Internacional queria que os Jogos Olímpicos acontecessem na Grécia para sempre?
No entanto, há algumas razões pelas quais o Comitê Olímpico Internacional colocou essa ideia em discussão:
Primeiramente, a demanda pelos Jogos Olímpicos diminuiu significativamente e não há mais a competitividade intensa que era apresentada no passado. Mesmo durante o período de 2004, além da intensa disputa entre Atenas e Roma, outras cidades como Buenos Aires, Estocolmo e Cidade do Cabo (África do Sul) declararam candidatura, mas sem alcançar o mesmo nível de interesse. Os esforços feitos para apresentar dossiês de candidatura complementares por essas cidades mostraram-se um alto custo.
Além disso, uma mudança na abordagem está sendo observada, pois o Comitê Olímpico Internacional avança com um pacote para os Jogos de 2024 e 2028, atribuindo-os a Paris e Los Angeles, já que estas foram as únicas cidades que expressaram interesse. Pela primeira vez na história, o Comitê Olímpico Internacional atribuiu simultaneamente os Jogos Olímpicos de 2024 e 2028, e imediatamente designou Brisbane, na Austrália, como a cidade organizadora dos Jogos de 2032.
Ademais, o alto custo das instalações e estádios necessários para a organização é proibitivo para muitos países. Além disso, não é coincidência que a crise econômica na Grécia tenha começado após a organização dos Jogos Olímpicos. Assim, muitos países têm sido desencorajados de assumir a organização dos Jogos Olímpicos.
Por esses motivos, o Comitê Internacional propôs recentemente a realização permanente dos Jogos Olímpicos em Atenas, utilizando as instalações construídas para 2004.
Por estas razões, estão crescendo as propostas para tornar a Grécia o local permanente dos Jogos Olímpicos, para reduzir custos. Além disso, busca-se obter grandes benefícios econômicos de patrocinadores, acordos e direitos de transmissão, que o Comitê Olímpico Internacional ou outros países organizadores assumiriam. De acordo com essa abordagem, não será necessário gastar muitos milhões na construção de instalações caras, pois elas já estarão prontas.
