O céu noturno reserva uma série de surpresas para os próximos meses. Até o fim de 2025, três superluas consecutivas poderão ser observadas a olho nu em várias partes do mundo, incluindo o Brasil e a Grécia. Essa sequência chama atenção por sua raridade e oferece um espetáculo natural que combina ciência, tradição e um pouco de encantamento visual.
O que é uma superlua e por que esse fenômeno chama atenção?
A órbita da Lua ao redor da Terra não é perfeitamente circular. Ela é elíptica, ou seja, em forma de ovo. Com isso, o satélite natural se aproxima e se afasta do nosso planeta em diferentes momentos do mês. Quando a fase cheia da Lua acontece justamente no ponto de maior aproximação com a Terra, conhecido como perigeu, temos o que é chamado de superlua.
Durante esses eventos, a Lua cheia pode parecer até 14% maior e 30% mais brilhante do que o habitual, embora para a maioria das pessoas essa diferença seja mais perceptível em fotografias do que a olho nu. O brilho extra e o tamanho ligeiramente ampliado criam uma sensação visual impressionante, especialmente quando o satélite está próximo ao horizonte.
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As datas e os nomes das superluas de 2025
A superlua de outubro já aconteceu, portanto, fique atento(a) às datas das próximas. Foto: Brazil Greece.
A última fase do ano conta com uma trilogia lunar que já começou em outubro e segue até dezembro. Uma das superluas, conhecida como a “Lua da Colheita” aconteceu no dia 06 de outubro e, as datas marcadas para as outras superluas são:
- 5 de novembro – chamada de “Lua do Castor”
- 4 de dezembro – a tradicional “Lua Fria”
Esses nomes são herdados de culturas indígenas norte-americanas e tradições agrícolas europeias, sendo preservados em publicações como o Farmer’s Almanac. Cada denominação tem um significado relacionado ao ciclo da natureza:
- A Lua da Colheita, por exemplo, aparece próxima ao pôr-do-sol durante vários dias, o que ajudava agricultores a prolongar o trabalho no campo após o fim da luz solar.
- A Lua do Castor marca o período em que esses animais constroem represas para o inverno.
- Já a Lua Fria anuncia a chegada das noites longas e do clima mais severo no Hemisfério Norte.
Mesmo sendo nomes com raízes no Norte global, esse costume de batizar as luas cheias também tem paralelo em outras culturas, incluindo as regiões do Mediterrâneo e da América do Sul, que se guiavam pelos astros para agricultura, navegação e celebrações sazonais.
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Um fenômeno pouco frequente
Embora as superluas não sejam tão incomuns, com três a cinco ocorrendo por ano, o que torna 2025 especial é o alinhamento de três superluas seguidas, cada uma em um mês diferente. Esse tipo de sequência depende de um fator específico: o momento exato do perigeu em relação à fase cheia. Esse alinhamento só acontece a cada 14 meses lunares, aproximadamente.
Em 2026, a “lua cheia de janeiro” também será uma superlua, o que cria uma série rara de quatro eventos consecutivos — algo que reforça o interesse de astrônomos amadores, observadores do céu e apaixonados por fotografia noturna.
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Melhor momento para observar
O auge visual do fenômeno acontece logo após o pôr-do-sol, quando a Lua surge no horizonte leste. Nessa posição, além de estar no perigeu, ela é afetada por um fenômeno perceptivo conhecido como ilusão lunar, que faz com que o disco lunar pareça ainda maior. Quando a Lua aparece junto a prédios, montanhas ou árvores, o contraste com o ambiente terrestre amplifica essa percepção.
Esse é o momento ideal para quem pretende fazer registros fotográficos. Usar uma câmera DSLR com lente teleobjetiva permite enquadrar a Lua contra construções ou paisagens, criando imagens marcantes. Mas mesmo um smartphone pode registrar belas cenas, principalmente quando há composição com o céu colorido do entardecer.
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Efeitos na natureza
Apesar das especulações populares, não há provas científicas que associem as superluas a terremotos, erupções ou outros desastres naturais. Contudo, pequenos aumentos nas marés podem ocorrer, já que a força gravitacional da Lua é um dos principais fatores que regulam os ciclos das marés oceânicas.
Essas alterações, geralmente de poucos centímetros, são consideradas normais e não oferecem risco para a população. O único desafio real para quem quer observar o fenômeno é o clima: nuvens densas ou chuva podem impedir a visualização.
Entre outubro e dezembro, o céu oferecerá um espetáculo que une tradição, ciência e contemplação. Para brasileiros e gregos, povos com forte ligação com o céu, a natureza e as histórias herdadas de antigas civilizações, observar as superluas é também uma oportunidade de se reconectar com ritmos naturais e momentos de pausa diante da imensidão celeste.
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