Ao longo da história, a humanidade sempre olhou para os céus em busca de sinais e presságios, acreditando que eventos celestes poderiam prever o futuro. Recentemente, tábuas antigas, que permaneceram um mistério por milhares de anos, foram finalmente decifradas, revelando mensagens que surpreendem pela riqueza de detalhes e pelo seu significado. Essas tábuas oferecem uma visão incrível das crenças antigas, mostrando como as civilizações interpretavam fenômenos naturais como eclipses lunares para prever eventos que impactariam seus reinos. Por isso, confira aqui os detalhes da história por trás dessas tábuas, desde sua descoberta até o processo de decifração. Afinal, o que essas tábuas realmente revelaram?
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As tábuas e seu contexto histórico
Antes de mais nada, é importante saber que as tábuas em questão são itens de aproximadamente quatro mil anos. Além disso, o achado ocorreu na antiga cidade de Sippar, na Mesopotâmia, região que hoje corresponde ao Iraque.
Essas peças, feitas de argila e escritas em cuneiforme, foram coletadas entre o final do século XIX e o início do século XX, e fazem parte do acervo do Museu Britânico. Por muitos anos, o seu conteúdo permaneceu parcialmente compreendido, até que recentes esforços de tradução revelaram informações detalhadas sobre como os antigos mesopotâmicos interpretavam os eclipses lunares.
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Tábuas antigas decifradas: o que diziam?
A decifração dessas tábuas revelou que os antigos habitantes da Mesopotâmia acreditavam firmemente que os eclipses lunares eram mensagens divinas, cheias de presságios sobre o futuro.
Inclusive, essas civilizações associavam os diferentes aspectos de um eclipse, como a duração e a direção em que ele ocorria, a eventos que poderiam acontecer na Terra.
Os autores dessas tábuas utilizavam uma combinação de fatores, como a hora da noite, o movimento das sombras e a duração do eclipse, para fazer previsões detalhadas.
Por exemplo, uma das tábuas descreve que, se um eclipse lunar fosse obscurecido em seu centro e clareasse rapidamente, isso significaria a morte iminente de um rei e a destruição de Elão, uma antiga região localizada onde hoje fica o Irã.
Outro presságio detalhado indica que um eclipse que começasse no sul e depois se dissipasse pressagiaria a queda de Subartu e Akkad, duas regiões importantes da Mesopotâmia. Além disso, uma tábua menciona que, se um eclipse ocorresse durante a vigília da noite, isso seria um sinal de que uma pestilência estava prestes a assolar a região.
Esses exemplos mostram como os mesopotâmicos atribuíam significados específicos a cada aspecto fenômeno astronômico, acreditando que os deuses comunicavam suas intenções através dos céus. Inclusive, esse povo levava essas previsões extremamente a sério. Dessa forma, elas influenciavam decisões políticas e militares. Além de gerar rituais que se destinavam a apaziguar os deuses e evitar os desastres pelos quais já estavam esperando, de acordo com as previsões. A precisão com que registraram esses presságios demonstra o nível de sofisticação e a intersecção entre ciência e religião na antiga Mesopotâmia.
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Os mistérios das tábuas vão muito além
Além de seu conteúdo interessante, as tábuas oferecem informações valiosas sobre as práticas culturais e religiosas da antiga Mesopotâmia. A precisão com que os mesopotâmicos registravam os eclipses e correlacionavam esses eventos a previsões demonstra um nível incrivelmente superior de observação astronômica e uma profunda conexão entre religião e ciência. Esses itens também revelam a seriedade com que os governantes da época tratavam esses presságios, muitas vezes tomando medidas drásticas para evitar os desastres previstos.
Então, e aí, você já sabia dessa crença antiga e de toda a influência que os eclipses lunares tinham na civilização antiga?
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