Com uma surpreendente reviravolta histórica, arqueólogos espanhóis revelaram que os tesouros de Villena, encontrados há mais de 3 mil anos em Alicante, na Espanha, possuem ferro de meteoritos em sua composição. Em outras palavras, essa descoberta sugere uma sofisticação tecnológica muito maior do que se esperava na Península Ibérica, durante a Idade do Bronze. Portanto, saiba mais sobre o tesouro da Espanha que tem metal extraterrestre na sua composição.
Tesouro de Villena
O Tesouro de Villena, composto por 66 peças predominantemente em ouro, é visto como o mais significativo tesouro pré-histórico da Europa. A princípio, descoberto em 1963 por José María Soler, o conjunto inclui tigelas, pulseiras, garrafas e diversos ornamentos dourados, totalizando quase 10kg de ouro puro.
Além disso, encontra-se em exibição no Museu Arqueológico José María Soler, onde são apresentadas peças de diversos períodos históricos. Assim documentando a ocupação humana nesta região desde a pré-história, há 50.000 anos, até os dias atuais.
Os vestígios da Idade do Bronze são abundantes e originam-se de mais de 20 aldeias, principalmente de Cabezo Redondo.
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A origem dos artefatos
Porém, o mais interessante é a origem desses objetos. Por exemplo, os pesquisadores enfrentaram desafios ao tentar datar o tesouro devido à presença de dois objetos de aparência “ferrosa”: um hemisfério e um bracelete. No entanto, a Idade do Ferro na região não começou até cerca de 850 a.C., contrariando a datação dos materiais de ouro, considerada entre 1500 e 1200 a.C.
Por meio de análises espectrométricas de massa, os cientistas confirmaram que o hemisfério e o bracelete eram compostos de ferro proveniente do espaço. Isso devido ao alto teor de níquel, que é consideravelmente superior no material extraterrestre.
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Assim, com base nisso, houve o esclarecimento do mistério da datação da coleção, revelando que ambos os artefatos datam de aproximadamente 1400 a 1200 a.C.
“Os dados disponíveis sugerem que o hemisfério e o bracelete do Tesouro de Villena atualmente seriam as duas primeiras peças atribuíveis ao ferro meteorítico na Península Ibérica”, publicam os pesquisadores em artigo.
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