A Atlântida perdida apareceu em ‘O Senhor Dos Anéis’ e você não notou

Entenda a relação.

J.R.R. Tolkien, renomado autor britânico conhecido mundialmente por suas obras como “O Senhor dos Anéis” e “O Hobbit”, buscou inspiração em várias fontes para construir o riquíssimo universo de Terra Média. Mas, você sabia que uma das influências menos conhecidas, mas significativas, em sua narrativa é a mitologia grega? Isso mesmo, estamos falamos especificamente sobre o mito de Atlântida. Portanto, confira a seguir!

Tolkien e a conexão com Atlântida na mitologia grega

No coração das criações de Tolkien está a história de Númenor, uma ilha que representa uma utopia inicialmente habitada pela maior civilização humana que já existiu, similarmente descrita como uma recompensa divina pelos esforços em batalhas épicas. Esta narrativa tem um paralelo impressionante com o mito de Atlântida, que Platão descreveu como uma ilha além das Colunas de Hércules, rica em recursos e avançada tecnologicamente.

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A semelhança entre as histórias

Ambas as histórias são contos de advertência sobre a “hubris” — um tema clássico da tragédia grega que se refere ao excesso de orgulho ou autoconfiança. Assim, Númenor e Atlântida foram dotadas de favor divino e prosperidade, mas as civilizações, corrompidas por suas próprias grandezas, enfrentaram a ruína por desafiarem os limites de seu poder.

Em “O Senhor dos Anéis”, Númenor afunda nas profundezas do oceano como resultado direto da corrupção e desobediência de seu povo que, sob influência maligna, se desviou dos caminhos de adoração ao verdadeiro deus do seu mundo, Eru Ilúvatar. Este evento é uma reminiscência direta da descrição de Platão sobre Atlântida, que também desapareceu no mar em um cataclismo de um dia para o outro, após seus habitantes se tornarem gananciosos e imorais.

Vale ressaltar que Tolkien tinha uma conexão pessoal com o mito de Atlântida. Ele frequentemente sonhava com uma grande onda engolindo uma cidade, um pesadelo que só foi aplacado ao expressar essas visões em suas obras literárias. Ele mesmo mencionou que essa lenda poderia ser uma memória racial, uma herança transmitida através das gerações em sua família, ou até mesmo um reflexo de desejos europeus de longa data.

Por fim, essa inspiração que Tolkien retirou do mito de Atlântida só mostra de como a mitologia grega continua a influenciar a literatura moderna. Dessa forma, serve como um alicerce sobre o qual se construiu novos mundos e narrativas.

Assim, a história de Númenor  é muito mais que uma recriação de Atlântida. Na verdade, ela é uma expansão que incorpora os temas universais de ascensão e queda, refletindo as eternas lições dos mitos antigos em novos contextos.

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