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Museu subaquático na Grécia permite visitar um naufrágio

| Em 26/04/2024 às 22:00
Imagem ilustrativa. Freepik.

Uma reportagem recente da BBC aponta uma estimativa de mais de 250 mil embarcações naufragadas, segundo o Banco de Dados Global de Destroços Marítimos. Embora muitas nem tenha sido encontradas, outras até dá para visitar. É o caso do navio Peristera, em Alonissos, uma das incríveis atrações do museu subaquático na Grécia.

A princípio, o museu é o primeiro do tipo no país e fica no Parque Nacional Marinho de Alonissos, em pleno mar Egeu. Só para ilustrar, integra a maior área marinha protegida de toda a Europa. Inicialmente, funcionou como um projeto piloto, permitindo que os primeiros visitantes mergulhassem até a embarcação por dois meses.

Hoje, entretanto, recebe o público em geral durante as temporadas de verão. E é para lá que vamos viajar agora!

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O Peristera é o maior navio que está no fundo do mar

Museu subaquático na Grécia.

Inicialmente, o fato de ser o primeiro museu subaquático na Grécia não é o único ponto que torna a atração tão especial. Afinal, o Museu Subaquático de Alonissos apresenta um dos maiores naufrágios da era clássica.

Ao que tudo indica, a embarcação afundou por volta de 425 a 420 a.C. e só foi descoberto em 1985 por Dimitris Mavrikis, um pescador, ao perceber algumas ânforas antigas pelo mar.

Depois, chegou-se ao navio a uma profundidade de 25 metros ao largo da costa. Graças ao seu tamanho único, o barco está entre os maiores navios comerciais de sua época. Só para ter uma ideia, tinha 30 metros de comprimento e 10 metros de largura.

Segundo pessoas historiadoras, carregava cerca de 3.000 ânforas, que são um tipo de vaso antigo, com as letras ΛΥ inscritas. Todas cheias dos vinhos de Mendi e Peparithos.

Deste modo, o navio do museu subaquático na Grécia possivelmente era comercial e pertencia a um mercador ateniense. Daí, sucumbiu a alguma tempestade ou incêndio no convés. Seja qual for a causa, a embarcação estava relativamente próxima à costa.

A importância do navio para a arqueologia é gigante, sobretudo devido ao número de descobertas intactas. Tanto que é chamado de “O Partenon dos Naufrágios“.

Ademais, a estrutura permitiu redescobrir como surgiram os navios daquela época. Primeiramente, pensava-se que os romanos deram origem às embarcações navais. Porém, pelo que se vê, os gregos já estavam bem à frente.

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Como é a visita no museu subaquático na Grécia

Após o período de testes e visitas mais restritas, hoje, o museu recebe visitantes em geral no verão. Embora o casco esteja todo corroído pelos efeitos marítimos, ainda é possível explorar toda a vida marinha ao seu redor.

Isso inclui a observação das mais de 300 espécies de peixes, focas-monge do Mediterrâneo e corais. Também ainda é possível ver algumas das ânforas.

Caso a pessoa seja uma mergulhadora experiente, a visita deve ter a presença de um guia. Mas, quem nunca mergulhou pode, primeiro, ter suas aulas em centros devidamente credenciados.

Por outro lado, dá para ver o que há no navio por meio de câmeras instaladas pelo museu subaquático na Grécia. Ao todo, são cinco dispositivos, inclusive um em funcionamento por 24 horas.

Mais informações sobre o museu podem ser verificadas em seu site oficial.

  • Luciana Gomides

    Jornalista e assessora de comunicação e imprensa com experiência em Comunicação Pública, Gestão de Eventos, Marketing Digital, análise e estratégia, gerenciamento de crises, produção e redação de conteúdo. Já trabalhou em diversos projetos e segmentos na área, inclusive como gerente de Comunicação na Educação Municipal, período em que desenvolveu produtos audiovisuais para permitir o acesso a conteúdos pedagógicos durante a pandemia. Ainda, criou áreas de Ouvidoria e Eventos Virtuais.

    É pesquisadora de Comunicação Compartilhada/Comunitária, Marketing Público e Políticas Públicas para Comunicação. Atuou na área de turismo e hotelaria. Especialista em Marketing e Assessoria de Comunicação.

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