Se você viu os filmes de Harry Potter, conhece certamente a Pedra Filosofal. Mas o que talvez não saiba é a verdadeira história por trás dessa lendária pedra. Platão desenvolveu teorias sobre a existência da Pedra Filosofal, remontando à filosofia grega antiga, onde os quatro elementos que compõem o mundo – ar, terra, água e fogo – eram considerados a base de sua criação.
Durante o Renascimento, o médico e alquimista suiço, Paracelso acreditava que esses quatro elementos se originavam da própria Pedra Filosofal, atribuindo-lhe propriedades místicas e poderes extraordinários.
De acordo com fontes antigas, uma famosa alquimista grega, Cleópatra de Alexandria, que viveu na época romana, foi a primeira a criar supostamente a famosa “Pedra Filosofal” que foi o objetivo de todos os alquimistas!
Mas o que exatamente era a Pedra Filosofal?
A Pedra Filosofal (em latim: lapis philosophorum) é uma substância alquímica lendária, capaz de transformar metais básicos como mercúrio em ouro ou prata. Além disso, uma das propriedades mais lendárias da Pedra Filosofal era sua capacidade de criar o elixir da imortalidade.
Através da dissolução da pedra em vinho, seria possível obter uma poção capaz de curar todas as doenças, reverter o envelhecimento e conceder a vida eterna. Acreditava-se que este elixir não apenas prolongaria a vida, mas também elevaria o indivíduo a um estado de existência superior, transcendendo o plano físico.
É importante destacar que a “pedra filosofal”, embora frequentemente referida como pedra pelos alquimistas, nem sempre se referia a um objeto sólido. Em textos mais antigos, era frequentemente chamada de “tintura” ou “pó” (“ξήριον”). A palavra “elixir” deriva do árabe “al-iksir” e foi incorporada ao latim como “elixir”.
Leia mais: 6 coisas que deveria você deveria aprender com Afrodite para ser feliz no amor
Simbolismo segredo da pedra filosofal
Ela era o símbolo central da terminologia secreta da alquimia, simbolizando a perfeição, a iluminação espiritual e a bem-aventurança celestial. Os esforços para descobrir a Pedra Filosofal eram conhecidos como Magnum Opus (“Grande Obra”).
A primeira menção da Pedra Filosofal encontramos na obra Cheirokmeta de Zósimo, o Panopolita, um alquimista grego que viveu no final do século IV e início do século V no Egito.
Quem era Cleópatra, a Alquimista?
Ela era filósofa, alquimista e autora. Realizou experimentos alquímicos e, por isso, inventou dispositivos de destilação. Na verdade, alguns estudiosos acreditam que Cleópatra foi quem iniciou a alquimia.
Cleópatra, a Alquimista, parece ter vivido e trabalhado em Alexandria, no Egito, durante a era romana, entre os séculos I e III d.C. Não é a mesma pessoa que Cleópatra VII, da dinastia dos Ptolomeus, a famosa rainha do Egito.
No entanto, existem algumas obras mais recentes que erroneamente afirmam que ela era a conhecida “rainha do Egito”. Por isso, ainda hoje, alguns consideram que a rainha Cleópatra fez experimentos alquímicos.
Leia mais: 10 curiosidades sobre Cleópatra que nunca te contaram! Confira!
As obras de Cleópatra
De acordo com Michael Maier, autor do Atalanta Fugiens, um dos livros mais importantes sobre alquimia publicados em 1618, Cleópatra foi a primeira de um total de quatro alquimistas, incluindo Maria, a judia, que poderiam criar a “Pedra Filosofal”.
Em fontes filológicas antigas, existe o registro mais realista de que Cleópatra inventou dispositivos de destilação. Entre suas invenções, estava possivelmente o ambíquio (ἄμβιξ), um grande dispositivo de destilação, com o qual realizava experimentos alquímicos.
Os estudiosos preservaram apenas fragmentos de três obras relacionadas a Cleópatra, consideradas alguns dos textos alquímicos mais antigos do mundo.
Leia mais: Esta é a planta que tem o cultivo proibido no Brasil e vem da mitologia grega
A influência da lendária pedra
A Pedra Filosofal também aparece na ficção. Exemplos característicos são Harry Potter e a Pedra Filosofal, onde pode conceder imortalidade ao usuário.
A propriedade da imortalidade também aparece no mangá Fullmetal Alchemist e nas séries de anime Fullmetal Alchemist.
Em Fullmetal Alchemist, se alguém a possuísse, poderia ganhar grande poder sem sacrificar nada em troca, ultrapassando a lei de troca equivalente.
0 comentários