As águas litorâneas do Brasil enfrentam uma crise ambiental severa com o surgimento de zonas mortas, áreas aquáticas com deficiência extrema de oxigênio onde a vida marinha dificilmente sobrevive.
Este fenômeno, também conhecido como hipóxia, já identificou mais de 700 locais afetados globalmente, segundo estudos da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais.
No Brasil, o número dessas zonas chegou a 11, representando um aumento preocupante em relação a décadas anteriores.
Além disso, os principais culpados por essa degradação são os despejos de esgoto não tratado, efluentes industriais e agrícolas, além da poluição por partículas urbanas.
Assim, esses resíduos são ricos em nitrogênio e fósforo, que favorecem a proliferação de algas. Então, quando essas algas morrem e se decompõem, consomem grandes quantidades de oxigênio, prejudicando severamente o equilíbrio ecológico.
Ademais, entre as áreas mais afetadas no Brasil estão locais famosos. Por exemplo, a Lagoa Rodrigo de Freitas e a Baía de Guanabara no Rio de Janeiro. Além de outras regiões em Pernambuco, Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Portanto, a situação demanda uma atenção urgente, visto que afeta não apenas a biodiversidade marinha, mas também a saúde e a economia das comunidades costeiras dependentes da pesca e do turismo.
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Como resolver esse problema?
A solução para essa crise ambiental passa necessariamente pelo investimento em saneamento básico e no tratamento de esgotos. O Brasil, onde quase metade da população carece de acesso a saneamento adequado, tem diante de si o desafio de tratar o volume diário de esgoto equivalente a milhares de piscinas olímpicas.
O Marco Legal do Saneamento Básico surge como uma luz no fim do túnel, prometendo universalizar esse serviço essencial até 2033.
Além disso, iniciativas privadas, como as da Aegea, estão investindo bilhões para melhorar a infraestrutura de saneamento em áreas críticas. Dessa forma, mostram resultados promissores na revitalização de ecossistemas aquáticos. Além disso, a gestão de nutrientes e a carga orgânica emergem como estratégias eficazes, adotadas globalmente para a recuperação de zonas mortas.
Ainda, a experiência internacional oferece lições valiosas. Na Baía de Chesapeake, nos Estados Unidos, esforços concentrados na redução da poluição por nutrientes e na promoção de práticas agrícolas sustentáveis estão em andamento, com o objetivo de restaurar o equilíbrio ecológico.
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