À escalada de preços dos alimentos, surgem no mercado produtos que parecem opções econômicas, mas que podem comprometer a qualidade. Nessa seara, há o azeite. Essa situação tornou-se especialmente preocupante. A discernibilidade entre a autenticidade e as falsificações de azeite nunca foi tão importante.
O aumento dos produtos similares
As prateleiras dos supermercados estão repletas de variedades que prometem equivaler ao azeite tradicional, porém, com preços mais acessíveis.
Com as recentes flutuações no mercado e a escalada dos preços do azeite autêntico, devido a condições climáticas adversas nos principais países produtores, a vigilância na hora da compra tornou-se ainda mais essencial.
Tais substitutos se apresentam aos consumidores como uma tentação, principalmente diante do agravamento da inflação e do custo crescente dos alimentos genuínos.
Estratégias de venda e o consumidor desavisado
Engenhosidade e criatividade são empregadas na promoção dessas alternativas no ponto de venda, aproveitando-se, muitas vezes, da semelhança visual com os produtos autênticos. A proximidade nas prateleiras, aliada à semelhança nos designs, pode levar a escolhas equivocadas.
Os consumidores, buscando economizar, acabam por adquirir itens de qualidade e propriedades nutricionais inferiores, pensando tratar-se do azeite de oliva tradicional.
A importância de estar informado
Profissionais da saúde como Viviane Araújo, nutricionista de renome, têm expressado preocupação com o crescente número de opções duvidosas no mercado.
Ela salienta que o verdadeiro azeite de oliva extravirgem é uma fonte de gorduras saudáveis e que escolher cuidadosamente pode significar a diferença entre beneficiar ou prejudicar a saúde.
O azeite de oliva é valorizado por suas propriedades nutricionais, incluindo a capacidade de auxiliar na redução de riscos associados a diversas doenças.
Diante do aumento da demanda, algumas marcas podem induzir os consumidores ao erro. Portanto, o ato de escolher o azeite certo deve ser uma decisão informada e consciente. A escolha de um azeite de boa qualidade envolve observar alguns aspectos essenciais:
Armazenamento: Escolha azeites acondicionados em embalagens escuras, pois a luz pode degradar a qualidade do azeite. Uma vez aberto, o azeite deve ser consumido dentro de alguns meses.
Data de validade: Os nutricionistas recomendam verificar a data de validade, pois o azeite oxida com o tempo. Azeites mais frescos terão um melhor perfil de sabor e nutricional.
Acidez: O azeite extra-virgem deve ter uma acidez inferior a 0,8%. Azeites com acidez mais baixa têm um sabor mais agradável e contêm mais antioxidantes.
Origem: Verifique a origem do azeite, dando preferência aos de regiões conhecidas pela produção de azeite de alta qualidade.
Leia mais: 14 mitos alimentares nos quais você deveria parar de acreditar ainda hoje
Direitos do consumidor e medidas protetivas
A integridade do mercado de azeites é uma responsabilidade compartilhada pelas autoridades reguladoras.
Neste contexto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) têm intensificado suas ações para coibir a venda de produtos que não cumprem com os padrões estabelecidos.
Estas operações são vitais para manter a confiança dos consumidores e garantir que os benefícios nutricionais do azeite de oliva sejam reais e não meras promessas de embalagens enganosas.
Conhecer seus direitos é o primeiro passo para não cair em armadilhas. Quando suspeitar de irregularidades na composição ou nas falsificações de azeite de oliva, é imperativo realizar uma denúncia.
Os consumidores têm à disposição canais oficiais para esclarecer dúvidas e realizar denúncias, como o Procon, por meio do telefone 151. A conscientização sobre como reportar práticas abusivas é essencial para manter a integridade do mercado e garantir que os direitos dos consumidores sejam respeitados.
0 comentários