Uma reportagem recente da BBC aponta uma estimativa de mais de 250 mil embarcações naufragadas, segundo o Banco de Dados Global de Destroços Marítimos. Embora muitas nem tenha sido encontradas, outras até dá para visitar. É o caso do navio Peristera, em Alonissos, uma das incríveis atrações do museu subaquático na Grécia.
A princípio, o museu é o primeiro do tipo no país e fica no Parque Nacional Marinho de Alonissos, em pleno mar Egeu. Só para ilustrar, integra a maior área marinha protegida de toda a Europa. Inicialmente, funcionou como um projeto piloto, permitindo que os primeiros visitantes mergulhassem até a embarcação por dois meses.
Hoje, entretanto, recebe o público em geral durante as temporadas de verão. E é para lá que vamos viajar agora!
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O Peristera é o maior navio que está no fundo do mar
Inicialmente, o fato de ser o primeiro museu subaquático na Grécia não é o único ponto que torna a atração tão especial. Afinal, o Museu Subaquático de Alonissos apresenta um dos maiores naufrágios da era clássica.
Ao que tudo indica, a embarcação afundou por volta de 425 a 420 a.C. e só foi descoberto em 1985 por Dimitris Mavrikis, um pescador, ao perceber algumas ânforas antigas pelo mar.
Depois, chegou-se ao navio a uma profundidade de 25 metros ao largo da costa. Graças ao seu tamanho único, o barco está entre os maiores navios comerciais de sua época. Só para ter uma ideia, tinha 30 metros de comprimento e 10 metros de largura.
Segundo pessoas historiadoras, carregava cerca de 3.000 ânforas, que são um tipo de vaso antigo, com as letras ΛΥ inscritas. Todas cheias dos vinhos de Mendi e Peparithos.
Deste modo, o navio do museu subaquático na Grécia possivelmente era comercial e pertencia a um mercador ateniense. Daí, sucumbiu a alguma tempestade ou incêndio no convés. Seja qual for a causa, a embarcação estava relativamente próxima à costa.
A importância do navio para a arqueologia é gigante, sobretudo devido ao número de descobertas intactas. Tanto que é chamado de “O Partenon dos Naufrágios“.
Ademais, a estrutura permitiu redescobrir como surgiram os navios daquela época. Primeiramente, pensava-se que os romanos deram origem às embarcações navais. Porém, pelo que se vê, os gregos já estavam bem à frente.
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Como é a visita no museu subaquático na Grécia
Após o período de testes e visitas mais restritas, hoje, o museu recebe visitantes em geral no verão. Embora o casco esteja todo corroído pelos efeitos marítimos, ainda é possível explorar toda a vida marinha ao seu redor.
Isso inclui a observação das mais de 300 espécies de peixes, focas-monge do Mediterrâneo e corais. Também ainda é possível ver algumas das ânforas.
Caso a pessoa seja uma mergulhadora experiente, a visita deve ter a presença de um guia. Mas, quem nunca mergulhou pode, primeiro, ter suas aulas em centros devidamente credenciados.
Por outro lado, dá para ver o que há no navio por meio de câmeras instaladas pelo museu subaquático na Grécia. Ao todo, são cinco dispositivos, inclusive um em funcionamento por 24 horas.
Mais informações sobre o museu podem ser verificadas em seu site oficial.
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