A demência é uma condição que afeta a função cognitiva de uma pessoa, incluindo a memória, o pensamento e o raciocínio. Além disso, ela é geralmente causada por doenças degenerativas do cérebro, como a doença de Alzheimer, a doença de Parkinson e a demência vascular. Porém, estudos recentes, liderados por pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia (USC) e publicados no Journal of Alzheimer’s Disease, revelaram um dado curioso: a demência era extremamente rara na Grécia e Roma antigas. A investigação se baseou na análise de textos médicos clássicos, que registram poucos casos de sintomas semelhantes aos da demência moderna. Entenda mais a seguir.
A demência e a prevalência
A prevalência da demência está aumentando em todo o mundo, e existem várias razões para isso. Uma delas é o envelhecimento da população. Assim, à medida que as pessoas vivem mais, o risco de desenvolver demência aumenta.
Outro fator que pode influenciar esse aumento é o estilo de vida. Por exemplo, hábitos como uma dieta pouco saudável, falta de atividade física, tabagismo e consumo excessivo de álcool podem aumentar o risco de desenvolver a condição. Assim, estudos mostram que uma dieta rica em frutas, vegetais, peixes e grãos integrais são importantes. Principalmente quando se associam à prática regular de exercícios físicos, pode ajudar a reduzir o risco de demência.
Além disso, fatores como a educação, o nível socioeconômico e a saúde cardiovascular também podem desempenhar um papel importante. Por exemplo, pessoas com menor nível de educação e menor status socioeconômico têm maior probabilidade de desenvolver demência. Da mesma forma, doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial e diabetes, estão associadas a um maior risco de demência.
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Qual era o segredo da Grécia Antiga para evitar a demência?
Porém, a questão que fica é: por que na Grécia e na Roma antiga a demência era tão incomum? A fim de tentar conseguir encontrar a resposta, o estudo referido fez uma ponte interessante entre o passado e o presente ao comparar essas civilizações antigas com povos indígenas contemporâneos. Assim, essa comparação ajuda a entender como fatores ambientais e estilos de vida influenciam a prevalência da demência.
Uma das hipóteses levantadas é que o estilo de vida ativo, a dieta e o baixo nível de poluição na Antiguidade podem ter contribuído para a raridade da demência. Em contrapartida, na Roma Antiga, a exposição a substâncias tóxicas, como o chumbo presente nas tubulações de água, pode ter afetado a saúde neurológica da população.
Outro aspecto abordado é o envelhecimento naquela época. Assim, a expectativa de vida era significativamente menor do que a atual, o que pode ter limitado a observação de doenças relacionadas à velhice, como a demência.
Esses estudos fornecem informações valiosas para a compreensão da demência hoje. Por exemplo, pesquisas da USC Schaeffer Center ressaltam a importância de estratégias preventivas e a relevância de entender como diversos fatores, desde genéticos até ambientais, afetam a saúde cerebral.
Então, será que deveríamos ser um pouco mais parecidos com os gregos e romanos antigos?
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