Estudar no exterior é um sonho de muitos brasileiros. Para quem busca essa experiência, uma porta de entrada importante está no Canadá, onde universidades oferecem programas de intercâmbio com benefícios que reduzem de forma significativa os custos de viagem e estadia. Entre as oportunidades, ganha destaque o Globalink Research Internship (GRI), iniciativa coordenada pela organização Mitacs. O programa atrai estudantes de graduação de vários países, incluindo o Brasil, e cobre despesas essenciais como voo, acomodação e seguro de saúde.
O que é o Globalink Research Internship
O GRI é um estágio de pesquisa de 12 semanas em universidades canadenses. Ele acontece todos os anos, entre maio e julho, período em que alunos selecionados são recebidos em instituições espalhadas por diferentes províncias do país. Mais de 70 universidades participam, oferecendo projetos em diversas áreas do conhecimento.
O objetivo do programa vai além de proporcionar experiência acadêmica. Ele funciona como um incentivo para que estudantes considerem continuar sua formação no Canadá em nível de mestrado ou doutorado, fortalecendo a rede internacional de pesquisa e ampliando o intercâmbio científico entre países parceiros
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Benefícios garantidos pelo programa
Além de estudar no Canadá, o estudante tem alguns custos básicos pagos.
Um dos pontos que torna o GRI tão procurado é o apoio financeiro oferecido. De acordo com as informações oficiais, a bolsa cobre:
- Passagem aérea de ida e volta;
- Transporte entre o aeroporto e a moradia;
- Alojamento durante as 12 semanas;
- Auxílio para alimentação e despesas básicas;
- Seguro saúde;
- Apoio em taxas universitárias quando aplicável.
Ou seja, os principais custos de viver no Canadá durante o estágio são assumidos pelo programa, o que facilita a participação de estudantes que, de outra forma, poderiam não ter condições de arcar com as despesas. Ainda assim, é recomendado que cada candidato leve uma reserva financeira pessoal para cobrir eventuais gastos extras
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Quem pode se candidatar
Os requisitos variam conforme o país de origem, mas algumas condições gerais se aplicam a todos os candidatos:
- Ter 18 anos ou mais;
- Estar matriculado em curso de graduação ou em graduação integrada ao mestrado;
- Permanecer vinculado à instituição de ensino até o fim do estágio;
- Ter desempenho acadêmico acima da média exigida;
- Dominar o idioma do projeto, seja inglês ou francês.
No caso específico do Brasil, a edição de 2026 está vinculada à Fundação Araucária, com prioridade para universidades do Paraná. É exigida média mínima de 80% no histórico acadêmico e comprovação de proficiência em língua estrangeira, que pode ser atestada por exames como o TOEFL ou por programas locais de idiomas reconhecidos.
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Inscrições e prazos
O processo seletivo é detalhado e exige organização. Para a edição de 2026, o prazo final de inscrição é 17 de setembro de 2025, às 13h (horário do Pacífico). As candidaturas são feitas pela plataforma oficial da Mitacs, onde o estudante deve enviar documentos como histórico escolar, currículo, cartas de recomendação e comprovantes de idioma.
Outro ponto importante é a escolha dos projetos. O candidato precisa indicar de três a dez opções distribuídas em pelo menos três províncias diferentes do Canadá. Isso amplia as chances de compatibilidade entre aluno, orientador e universidade. O descumprimento dessa regra pode resultar na eliminação da candidatura
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Por isso, especialistas recomendam iniciar a coleta de documentos com antecedência, já que traduções juramentadas e declarações oficiais podem levar dias para serem emitidas.
Experiência no campus e impacto no currículo
Além da pesquisa acadêmica, os participantes recebem apoio nas universidades anfitriãs. Mentores auxiliam no dia a dia e são promovidas atividades voltadas ao desenvolvimento profissional. Ao final, os estudantes recebem uma certificação que agrega valor ao currículo e pode ser determinante na continuidade da carreira acadêmica.
Relatos de participantes de edições anteriores indicam que a vivência no Canadá ajuda não apenas no campo acadêmico, mas também no desenvolvimento pessoal, pelo contato com novas culturas e metodologias de ensino.
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Onde é possível estudar
Com mais de 70 universidades integradas ao programa, há oportunidades em todas as regiões do Canadá. Isso significa que os brasileiros podem escolher projetos considerando não só a área de pesquisa, mas também o custo de vida e o perfil cultural de cada província.
Para muitos, esse primeiro contato abre portas para futuras bolsas de mestrado e doutorado, consolidando a trajetória acadêmica no país.
Tanto estudantes brasileiros quanto gregos têm buscado intercâmbios que conectam universidades a redes globais de pesquisa. Essa troca reforça a circulação de conhecimento e contribui para que jovens pesquisadores levem novas ideias de volta a seus países de origem.
Para o Brasil, programas como o GRI funcionam como vitrine da produção científica nacional, permitindo que estudantes apresentem seu potencial em ambientes de alta competitividade. Já para a Grécia, que possui forte tradição acadêmica e vínculos históricos com a educação internacional, iniciativas semelhantes também fortalecem sua posição no cenário global.
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Como se preparar
Para quem deseja concorrer, a recomendação é simples: planejamento. Isso inclui verificar os requisitos de elegibilidade, reunir documentos com antecedência e montar uma lista equilibrada de projetos em diferentes regiões. Também é fundamental acompanhar comunicados oficiais da Mitacs, já que regras e instituições parceiras podem variar a cada edição.
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