Superlua de agosto: saiba a data e veja como assistir ao fenômeno

A superlua de agosto alcança o auge hoje, domingo, 18/08. Segundo a NASA, a lua cheia de agosto ocorrerá na segunda-feira, 19 de agosto de 2024. A lua aparecerá cheia por três dias, desde a manhã de domingo até o início da manhã de quarta-feira.

Quem criou o termo superlua?

Richard Nolle criou o termo superlua em 1979. Hoje utilizamos esse termo para descrever uma lua cheia ou nova que ocorre quando a Lua está em seu ponto mais próximo da Terra em sua órbita elíptica, chamado de perigeu. Devido a essa proximidade, a Lua pode parecer até 14% maior e 30% mais brilhante do que quando está no ponto mais distante da Terra, conhecido como apogeu.

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A “lua do esturjão”

O Old Farmer’s Almanac começou a publicar os nomes das luas cheias na década de 1930. Eles chamam a lua cheia de agosto de “Lua do Esturjão”. Esse nome se deve ao peixe esturjão, que é encontrado nas águas doces dos Grandes Lagos e no Lago Champlain. O esturjão é capturado facilmente durante o verão.

Esse peixe era uma importante fonte de alimento para os nativos americanos da região. Os esturjões pertencem a uma das maiores famílias de água doce e podem medir de 1 a 2 metros, chegando a pesar até 900 quilos. São peixes anádromos, ovíparos e de longa vida, conhecidos como “peixes de Matusalém”.

Classificamos esses peixes como primitivos e eles não conseguiram se adaptar ao ambiente competitivo. Muitos membros dessa família enfrentam ameaças de extinção. Encontramos espécies dessa família no Hemisfério Norte, no Mar Negro, e em estuários da Europa, Ásia e América do Norte. Além disso, essas espécies também habitam o Mediterrâneo e o Mar Egeu, sobrevivendo em águas doces, salobras e marinhas.

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Mitos sobre a lua cheia de agosto

O que acontece é que durante os meses de verão, o Sol está no ponto mais alto de sua trajetória aparente no céu. Enquanto a Lua está relativamente mais próxima do horizonte. Nessa posição, a lua cheia pode ser comparada a várias outras características visíveis, como árvores, antenas e edificações. Isso faz com que o cérebro do observador perceba a lua cheia como sendo maior, embora medições repetidas mostrem que seu tamanho não muda ao longo do tempo.

Por outro lado, há de fato uma diferença no tamanho da Lua dependendo se ela está no perigeu (o ponto mais próximo de sua órbita em relação à Terra) ou no apogeu (o ponto mais distante), algo que ocorre uma vez por mês. O perigeu mais próximo da Lua este ano será em 3 de dezembro (356.794 quilômetros). Enquanto o apogeu mais distante foi em 11 de maio (406.512 quilômetros). No entanto, isso não está relacionado ao tamanho aparente da Lua quando está próxima do horizonte, que é apenas um truque visual.

O mito de que a lua cheia de agosto é maior não é o único. Existem outros mitos cultivados por vários povos, incluindo a crença de que a lua cheia está associada a surtos de “loucura”, dando origem ao termo “lunar” e sua conexão com a epilepsia.

Estudos estatísticos publicados em revistas científicas (Annals of Emergency Medicine, Journal of Emergency Nursing, Journal of Toxicology and Psychological Reports) comprovam que não há relação entre o comportamento humano e a lua cheia

Também é mito que mais bebês nascem ou que ocorrem mais acidentes durante a lua cheia, embora essas crenças ainda persistam. Outro mito é que a lua cheia pode às vezes aparecer “azulada”. Em condições raras, a cor da Lua pode adquirir um tom azulado (em vez do cinza usual), quando há uma grande quantidade de poeira na atmosfera, como após a erupção do vulcão Krakatoa em 1883.

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O que os gregos acreditavam na antiguidade

A palavra grega “Σελήνη” (Selene) deriva de “σέλας” (selas), que significa luz. Na Teogonia de Hesíodo, a deidade Selene, filha de Hiperíon e Téia, irmã do Sol e da Aurora (Eos), frequentemente aparece como uma figura feminina com um disco de lua crescente na cabeça.

Assim como seu irmão, o Sol, a Lua também possuía sua própria carruagem, puxada por bois, cavalos ou até mesmo cervos. Muitos filósofos gregos antigos já perceberam que a iluminação variável das regiões da Lua se deve às irregularidades em sua superfície.

Embora houvesse um culto lunar extenso na Grécia Antiga, os detalhes sobre os rituais realizados em sua homenagem permanecem vagos.

O que é certo é que a Lua, especialmente a lua cheia de hoje, continua a associar-se a muitos segredos e teorias misteriosas. No entanto, vocês podem assistir à superlua sem perigo.