Padeiros têm preparado focaccia desde a antiguidade e, ao longo dos séculos, criaram diversas variações desse pão italiano achatado, que hoje é popular no mundo inteiro. A palavra “focaccia” deriva do latim focus, que significa “fogo”. Especialistas recomendam que o pão não ultrapasse dois dedos de altura para manter a textura correta e que sua superfície apresente cavidades para reter o azeite.
Você pode preparar essa receita de forma doce ou salgada. Costuma-se temperá-la com ervas como alecrim, sálvia e tomilho. Além disso, é possível enriquecê-la com azeitonas, cebola, queijo, tomate ou passas, criando uma variedade de combinações que agradam diferentes paladares.
Para as opções com ingredientes de origem animal, é comum a adição de queijos como parmesão, gorgonzola ou mussarela. Além de frios como presunto, linguiça, pepperoni, pastrami e mortadela.
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A focaccia: ancestral da pizza
Podemos considerar que a focaccia é a ancestral da pizza. Sua história tem raízes nas civilizações da Grécia Antiga e dos etruscos, que habitavam o norte e o centro da Itália antes da formação do Império Romano. A partir das costas do Mediterrâneo, a focaccia foi se espalhando por diferentes culturas da Grécia e de Roma, tornando-se muito usada.
Inicialmente, era assada em placas aquecidas, discos de argila ou diretamente em fogo aberto. Durante o processo, os padeiros costumavam perfurar a massa para evitar a formação de bolhas grandes na superfície. O azeite sempre foi um ingrediente essencial, adicionado no topo do pão após o cozimento para manter a textura macia.
Durante o Império Romano, vendedores ambulantes e padarias comercializavam focaccia por toda a Itália devido à sua popularidade. Em Pompeia, localizada nas encostas do Vesúvio, a erupção vulcânica de 79 d.C. não impediu que documentos romanos fossem preservados sob as cinzas. Esses registros mencionam a produção e venda tanto de focaccia quanto de pizza, evidenciando a importância desses alimentos na época.
Focaccia na Itália moderna
Na Itália contemporânea, a região da Ligúria é famosa por sua focaccia. Em Gênova, é chamada de “classica” e possui uma espessura de até 2 centímetros. Outro tipo famoso é a focaccia di Recco, que tem uma massa bem fina recheada com o queijo fresco local chamado crescenza.
Ela também pode ser doce: na Ligúria, é comum adicionar mel, ovos, açúcar, raspas de limão ou laranja e passas. Hoje, encontramos a focaccia pelo mundo com diferentes nomes e receitas. Na França, é conhecida como fougasse, na Argentina como fugazza, e em algumas regiões da Espanha é chamada de “pão de fogo”, que é exatamente o significado original do termo em latim.
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Um ícone da cultura italiana
A focaccia, junto com a ciabatta, é um dos pães mais tradicionais da Itália e um elemento essencial da cultura do país. Embora inicialmente tenha sido considerada um alimento dos pobres, hoje é um dos produtos mais apreciados no mundo.
Formas de servir
Além disso, a focaccia permite inúmeras adaptações, seguindo diferentes gostos e ingredientes disponíveis. Para servir da forma mais simples, basta cortá-la em retângulos ou quadrados, perfeita como lanche ou refeição leve. Também acompanha bem sopas, saladas e entradas, complementando qualquer refeição de maneira deliciosa.
Abrindo-a ao meio, é possível rechear com uma infinidade de ingredientes, como frios, queijos, frango, vegetais e molhos, criando uma vitrine de sanduíches variados.
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Receita para fazer uma focaccia deliciosa
Como falamos antes, a focaccia é um pão italiano achatado com cavidades e um sabor marcante de azeite de oliva, presente em várias regiões da Itália, cada uma com sua própria variação. Ao escolher qual versão compartilhar, fiquei em dúvida, mas acabei optando pela focaccia barese, um tipo muito popular no sul da Itália.
O motivo dessa escolha foi o fato de termos visitado recentemente a cidade de Bari e lá encontramos a panifício fiore, uma das padarias mais antigas da Itália, datada do século XV, que até hoje prepara focaccia.
A Focaccia Barese é uma especialidade da cidade de Bari, na região de Puglia, famosa pela textura macia e crocante, além do sabor característico de tomate e azeitona. O diferencial dessa receita é o uso de batata cozida na massa, que garante uma textura mais suave e úmida.
Ingredientes
- 500 g de farinha de trigo
- 100 g de semolina de trigo
- 300 ml de água morna
- 100 g de batata cozida e amassada
- 10 g de fermento biológico fresco
- 10 g de sal
- Azeite de oliva (cerca de 50 ml para a massa e para untar)
- Tomates-cereja (cortados ao meio)
- Azeitonas pretas ou verdes
- Orégano a gosto
- Sal grosso para finalizar
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Instruções
Preparação da massa
Misture a farinha de trigo e a semolina. Dissolva o fermento na água morna e acrescente a batata amassada. Incorpore aos poucos a mistura de farinhas e, por último, adicione o sal e o azeite. Amasse até obter uma massa lisa e elástica.
Primeira fermentação
Cubra a massa com um pano limpo e deixe descansar por cerca de 2 horas, ou até dobrar de tamanho.
Preparando a focaccia
Unte uma assadeira com azeite e espalhe a massa com as mãos, preenchendo toda a superfície. Faça pequenas covinhas na massa com os dedos e distribua os tomates e as azeitonas sobre ela.
Finalizando
Regue com mais azeite, polvilhe orégano e sal grosso.
Assando
Leve ao forno pré-aquecido a 220 °C por 25-30 minutos, ou até que a focaccia esteja dourada e crocante nas bordas. Essa focaccia é perfeita para servir como lanche ou acompanhar queijos e frios.
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