Na Grécia, os queijos são puro sucesso, principalmente o queijo feta, a especialidade do país. Porém, não é só o país que se destaca na Europa pela sua produção láctea. Entre os grandes produtores dessa delícia está a França. Porém, a tradição queijeira francesa enfrenta um desafio sem precedentes que pode resultar na perda de dois de seus maiores expoentes culinários: o camembert e o roquefort. Inclusive, cientistas do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França alertam para a possível extinção desses queijos franceses. É importante destacar que ambos os queijos são considerados patrimônios culturais do país.
Assim, com 246 variedades de queijo em sua posse, a França luta para manter esse número estável, mas enfrenta obstáculos significativos devido a problemas com os microrganismos essenciais na produção desses queijos.
Os benefícios de comer queijo
O queijo é um alimento versátil e delicioso que pode ser apreciado de várias formas. Além de ser uma ótima opção para adicionar sabor a diversos pratos, ele também oferece uma série de benefícios para a saúde.
Primeiro porque é uma excelente fonte de nutrientes essenciais para o nosso corpo, sendo rico em proteínas de alta qualidade, cálcio, vitamina B12, fósforo e zinco. Esses nutrientes são importantes para a saúde óssea, a função muscular, a produção de energia e o sistema imunológico.
Além disso, alguns tipos de queijo, como o queijo cottage e o queijo gouda, contêm probióticos, que são bactérias benéficas para o intestino. Essas bactérias ajudam a equilibrar a flora intestinal, melhorando a digestão e fortalecendo o sistema imunológico.
Por fim, embora o queijo seja conhecido por ser rico em gorduras, muitas delas são gorduras saudáveis. Assim, ele contém ácidos graxos ômega-3 e ômega-6, importantes para a saúde do coração. Além do mais, o queijo também é uma boa fonte de gorduras monoinsaturadas, que ajudam a reduzir o colesterol ruim e promovem a saúde cardiovascular.
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Queijos franceses em risco de extinção?
Camembert enfrenta problema
O camembert, conhecido por sua superfície branca e textura cremosa, depende de um fungo microscópico específico, o Penicillium camemberti. Achou que esse queijo te lembrou o brie? Bem, não é por acaso. Este fungo que citamos foi selecionado no final do século XIX para a produção de queijo brie e, posteriormente, para o camembert.
A questão é que a cepa albina do fungo, que se adotou na década de 1950, foi essencial para dar ao camembert sua característica coloração branca. Porém, agora ela enfrenta desafios devido a mutações e degeneração de linhagem, tornando-a quase infértil.
A Denominação de Origem Controlada (AOC) da União Europeia, que protege o processo de produção do camembert, limita as opções para solucionar esse problema.
Entre as soluções consideradas estão a domesticação do fungo selvagem, a edição genética para criar uma cepa transgênica, e o cruzamento com espécies próximas de fungos. Porém, cada uma dessas opções tem seus próprios desafios e implicações, especialmente em relação à alteração do sabor do queijo.
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Roquefort é outro dos queijos franceses em risco de extinção
O roquefort, por outro lado, enfrenta um problema semelhante, mas em menor escala. A produção desse queijo azul depende de duas cepas do fungo Penicillium roqueforti.
Enquanto uma das cepas está se esgotando, a outra mantém-se diversificada e robusta. Porém, a descoberta recente de uma terceira cepa de P. roqueforti oferece uma nova esperança para revitalizar a produção do queijo, mantendo suas características distintas.
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