Os animais são seres curiosos. Assim como o português, vira e mexe eles fazem surgir certas perguntas nas nossas cabeças. Por exemplo, quando falamos em coletivos, muitos dos coletivos dos animais não são tão óbvios assim.
Quer ver um exemplo? Você sabe qual é o coletivo de “girafas”? Bem, é sobre isso que falaremos a seguir.
Qual é o coletivo de girafas?
Ao observar um grupo de girafas se deslocando pela savana, é natural se perguntar qual seria a forma correta de nomear esse conjunto. Embora o vocabulário do dia a dia nem sempre traga respostas imediatas, a língua portuguesa oferece algumas opções interessantes, e até pouco conhecidas, para designar o coletivo desses animais inconfundíveis por sua altura e elegância. Mas, quais seriam elas?
A resposta mais comum é “manada”, e ela está correta. Esse é o termo mais conhecido e utilizado no Brasil para se referir a grupos de animais de grande porte que vivem ou se deslocam juntos, como bois, elefantes e, claro, girafas. No entanto, o idioma reserva outras possibilidades menos difundidas, mas igualmente corretas, que enriquecem o vocabulário e despertam a curiosidade.
Duas palavras outras chamam atenção: torre e jornada. Sim, esses dois termos também são aceitos como coletivos de girafa. A escolha de “torre” tem uma justificativa visual evidente, basta imaginar várias girafas empilhadas uma ao lado da outra, pescoços alongados apontando para o céu, como se formassem um edifício natural em meio à paisagem africana. Já o uso de “jornada” remete ao deslocamento conjunto desses animais, que costumam percorrer grandes distâncias em busca de alimento ou segurança, em especial durante migrações ou mudanças sazonais de território.
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A origem da palavra “girafa”
A origem do termo “girafa” vem do árabe. Foto: Freepik.
A própria palavra “girafa” também tem uma trajetória linguística interessante. Ela vem do árabe zarāfa, termo que significa “a mais alta de todas”. A palavra passou para o italiano na forma giraffa e, posteriormente, chegou ao português. Essa transição aconteceu durante a Idade Média, quando europeus passaram a ter contato com o animal trazido do continente africano.
Antes disso, registros no persa antigo já utilizavam um termo semelhante. Independentemente do idioma, o destaque sempre esteve na principal característica da girafa: sua altura imponente, que permite alcançar as folhas mais altas das acácias e enxergar perigos a uma boa distância.
Curiosidades sobre o gênero da girafa
A girafa é um substantivo comum de dois gêneros, o que significa que a distinção entre macho e fêmea é feita com o uso dos termos “girafa macho” e “girafa fêmea”. Não existe uma forma específica como “girafa” e “girafe” para separar os sexos, como ocorre em outros nomes de animais. Esse detalhe pode parecer simples, mas é importante, especialmente em contextos de estudo da fauna ou quando se deseja um uso mais técnico da linguagem.
Exemplos de uso prático:
Na comunicação escrita ou oral, o uso dos diferentes coletivos pode variar conforme o efeito desejado. Em um contexto formal ou acadêmico, “manada” é o termo mais seguro. Já em textos literários, descritivos ou poéticos, “torre” e “jornada” podem dar um tom mais expressivo. Veja alguns exemplos de aplicação:
- A manada de girafas caminhava tranquilamente pela planície.
- A torre de girafas surgiu no horizonte como um espetáculo natural.
- Durante o entardecer, a jornada de girafas cruzou silenciosamente o vale.
Girafas no Brasil e na Grécia
Embora as girafas sejam nativas da África, elas despertam interesse em várias partes do mundo, inclusive no Brasil e na Grécia. No Brasil, elas costumam ser admiradas em zoológicos e programas educativos, como parte do esforço de conservação e educação ambiental. Em cidades como Brasília, São Paulo e Belo Horizonte, é comum ver crianças encantadas com a altura e o andar elegante desses animais.
Na Grécia, as girafas também aparecem em parques zoológicos e até em representações artísticas. O Zoológico de Ática, próximo a Atenas, por exemplo, abriga girafas e é uma atração bastante procurada por famílias e turistas interessados em fauna africana.
Em ambos os países, o animal acaba se tornando um símbolo de curiosidade e encanto, especialmente para o público infantil, que muitas vezes associa a girafa ao lúdico.
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A girafa também já foi homenageada na música brasileira. A cantora Ivete Sangalo lançou uma canção chamada “Girafa”, na qual brinca com a imagem do animal como símbolo de elegância e destaque. Com versos divertidos como “daqui de cima tudo é muito mais bonito”, a música reforça o imaginário popular que associa a girafa à altura e à imponência de uma maneira bem-humorada.
A girafa, além de ser um dos animais mais admirados do mundo por sua beleza e altura, também carrega consigo uma riqueza linguística surpreendente. Vale a pena conhecer e utilizar essas palavras para enriquecer a comunicação, e quem sabe, dar um toque de poesia ao cotidiano.
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