Comida é um assunto que volta e meia dá o que falar. E, no meio de tantas comidas, há algumas que se destacam por serem as melhores e também algumas por serem as piores. Então, é aí que entra um prato mineiro que alguns consideram uma das piores comidas do Brasil. Porém, já vou logo adiantando que eu não concordo, inclusive, eu adoro. Será que você é do time dos que amam ou do time dos que odeiam a comida? Confira a seguir!

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O prato mineiro mais polêmico

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O arroz com pequi, um prato tradicional das regiões de Minas Gerais e Goiás, recentemente ganhou um título nada lisonjeiro. De acordo com o guia gastronômico norte-americano TasteAtlas, especializado em comidas tradicionais ao redor do mundo, essa iguaria mineira foi eleita a segunda pior comida do Brasil, com uma nota de 3,1 em uma escala de 5 estrelas. Porém, a avaliação dividiu opiniões, especialmente entre os fãs desse prato, que é considerado uma verdadeira preciosidade para muitos que cresceram com ele à mesa.

O guia TasteAtlas é conhecido por compilar rankings de pratos típicos de diferentes países, baseando suas classificações nas avaliações de usuários de todo o mundo. Mesmo assim, a inclusão do arroz com pequi no ranking das piores comidas brasileiras gerou polêmica, já que o prato é um dos queridinhos nas regiões onde o consomem.

Um prato que divide opiniões

O arroz com pequi é conhecido pelo seu sabor singular e marcante. O pequi, ingrediente principal do prato, é uma pequena fruta da estação com um aroma forte e sabor que lembra uma mistura de queijo e curral. Por ser um alimento tão característico e distinto, o arroz com pequi costuma ser um divisor de águas: ou você ama, ou você odeia. E, ao que parece, o público que contribuiu para o ranking do TasteAtlas ficou dividido, colocando a iguaria em uma posição desfavorável.

Apesar do título de “segunda pior comida do Brasil”, o prato continua sendo uma presença indispensável nas mesas de muitas famílias mineiras e goianas. Para esses apreciadores, o arroz com pequi é muito mais do que uma simples refeição — ele representa um vínculo com a terra, com a tradição e com a cultura local.

Presente em diversas receitas

O preparo do prato é simples, mas a complexidade de sabores é o que o torna tão peculiar. Os ingredientes básicos incluem arroz, óleo, alho, cebola, caldo de galinha, cebolinha, sal e pimenta. Todos são cozidos juntos em fogo brando, até que o arroz absorva o líquido e fique no ponto ideal.

O pequi é, sem dúvida, o grande protagonista da receita. Essa fruta, que também é usada como tempero, deve ser consumida com cuidado por causa dos espinhos que possui em seu interior. Quando cozido, o pequi libera um óleo natural que dá ao prato um aroma único e um sabor marcante.

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Por que esse prato mineiro causou polêmica?

O ranking do TasteAtlas gerou debate especialmente por envolver um prato tradicional que carrega tanta importância cultural para os habitantes de Minas Gerais e Goiás. A polêmica em torno do arroz com pequi não é nova. Na verdade, sempre houve discussões sobre o gosto peculiar do fruto, que muitas pessoas consideram um “sabor adquirido”. Isso significa que, para aqueles que não estão acostumados, a intensidade do pequi pode ser um choque para o paladar.

O guia norte-americano, que foi criado pelo croata Matija Babic, tem como objetivo catalogar pratos típicos e suas avaliações para ajudar os viajantes a conhecerem a culinária local de diferentes países. No entanto, ao ranquear negativamente pratos que são altamente apreciados em seus locais de origem, ele acaba gerando certo desconforto entre os habitantes das regiões mencionadas. Mesmo assim, o TasteAtlas continua a servir como um guia interessante para quem deseja explorar a diversidade culinária mundial — desde que se leve em conta o caráter subjetivo das avaliações.

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A divergência de opinições e sabores

Muitos que provam o arroz com pequi pela primeira vez descrevem o sabor como algo que desperta fortes reações. É comum ouvir descrições como “amargo”, “ácido” ou “muito forte”, mas para os amantes da fruta, o sabor é incomparável e delicioso. Ou seja, é umverdadeiro desafio culinário. Afinal, quem gosta realmente ama, e quem não gosta dificilmente muda de ideia.

Curiosamente, o pequi é uma fruta que faz parte de outras receitas, como licores e até doces. Em algumas regiões, é tão valorizado que possui festivais dedicados a ele, onde os participantes celebram a colheita do pequi e experimentam diversas variações do fruto em pratos salgados e doces.

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Sucesso nacional e internacional?

Apesar da avaliação do TasteAtlas, o arroz com pequi continua sendo um dos pratos mais representativos da culinária mineira e goiana. A presença do prato em festas regionais e reuniões familiares mostra que ele está longe de ser rejeitado por quem conhece a fundo sua tradição. Mesmo estrangeiros que visitam a região, inclusive eu, que sou grego, muitas vezes acabam se apaixonando pelo prato — embora, para alguns, isso leve tempo.

Por fim, o gosto pelo arroz com pequi é um exemplo de como a culinária regional pode ser complexa e difícil de ser compreendida fora do contexto cultural de onde se originou. Assim, o guia TasteAtlas certamente não reflete a opinião de todos os brasileiros, e o prato continua a ser celebrado e apreciado por aqueles que o conhecem bem.

Então, e você, é dos que amam, ou odeiam esse prato mineiro?