No mês de setembro passado, o Brasil reintroduziu a venda da mística bebida absinto, marcando seu retorno à produção em Jundiaí após 66 anos.
A fábrica Dubar Indústria e Comércio de Bebidas Ltda., em Jundiaí (a 36 km de Campinas), está aguardando apenas a liberação dos selos de qualidade para lançar no mercado o Lautrec, a marca da bebida.
O novo nome presta homenagem ao pintor Toulouse Lautrec, um dos apreciadores de absinto mais famosos da história, que inicialmente usava essa bebida como remédio por Pierre Ordinaire.
No entanto, a forte associação da bebida com artistas é o que impulsiona a demanda do mercado. Diversos famosos, como Rimbaud, Oscar Wilde, Ernest Hemingway, Degas, Van Gogh e Picasso, foram notórios apreciadores de absinto.
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Mas o que é o absinto?
O termo “absinto” deriva do nome da planta Artemisia absinthium, conhecida em grego como Αρτεμισία το αψίνθιο (Artemísia, a deusa grega da caça). A palavra “absinthium” tem origem no latim, que por sua vez é uma latinização da antiga palavra grega ἀψίνθιον (apsínthion).
É uma bebida destilada à base de anis e outras ervas, como losna e funcho. Foi inicialmente criada e utilizada como remédio por Pierre Ordinaire, um médico francês que residia em Couvet, na Suíça, por volta de 1792.
Por que essa bebida é proibida em alguns países?
No entanto, a bebida foi proibida devido ao seu alto teor alcoólico, o que lhe rendeu a fama de alucinógeno. O Absinto normalmente tem um teor alcoólico de cerca de 40% vol. Contudo, pode chegar a impressionantes 89,9% vol., como no caso do Absinto Hapsburg.
O absinto é proibido em vários países, incluindo Nova Zelândia, Austrália e Estados Unidos. No Brasil, se permite a sua comercialização desde que não ultrapasse 54% de teor alcoólico.
Além disso, o Aperitivo Suíço, vendido no início do século passado, tinha 75% de teor alcoólico. Enquanto o Lautrec, agora, possui 50% de graduação alcoólica. O Brasil é o terceiro país do mundo a permitir sua venda, ao lado de Portugal e República Tcheca.
É possível consumir essa bebida pura?
As pessoas podem consumir o absinto puro, com ou sem açúcar, mas muitos preferem utilizá-lo como ingrediente em coquetéis, misturando-o com sucos de frutas, bourbon (uísque à base de milho) e até mesmo champanhe.
Quais são as melhores marcas de absinto?
- Absinto Habitué: ótimo custo-benefício
- Absinto Lautrec: pioneirismo no cenário nacional
- Neto Costa
- Pere Kermanns
- Absinto Hapsburg traditional: a versão original, mas com teor alcoólico reduzido para 53,5%
- Absinto ita skull verde polini: garrafa com design impressionante
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