Cinco mulheres que apareceram em um vídeo dançando pole dancing nos Antigos Palácios de Corfu foram presas em flagrante. Segundo o canal estatal da Grécia, ERTnews, essas mulheres são acusadas de violação da lei de proteção arqueológica e degradação do ambiente do local.
As mesmas informações indicam que elas disseram às autoridades que não haviam percebido a gravidade de seu ato, classificando como “infeliz” a sua escolha.
De acordo com a reportagem, por trás da sessão de fotos nos palácios de Corfu que provocou uma onda de reações está uma escola de pole dancing sediada no Reino Unido.
Trata-se de uma escola que, todos os anos, nas duas últimas semanas de maio, organiza um pacote de férias com seminários intensivos de pole dancing em Corfu.
No próprio site da escola, é mencionado que as fotos da sessão profissional podem ser usadas para enriquecer o portfólio de cada dançarina. O custo de participação pago pelas dançarinas em ascensão era de 42 libras por dia.
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O vídeo que gerou reações em Corfu
O vídeo provocou reações por parte de moradores e entidades locais. Por sua parte, a prefeitura de Corfu e o Museu de Arte Asiática da ilha apresentaram uma denúncia contra todos os responsáveis pela sessão de fotos.
Não é a primeira vez que turistas são presos em outro país por violarem um sítio arqueológico.
Algumas palavras sobre o local arqueológico onde ocorreu a infração
O Palácio de São Miguel e São Jorge está localizado no coração da cidade velha de Corfu, ao lado da Praça Spianada. Foi construído entre 1819 e 1824, durante o domínio britânico, pelo alto-comissário Sir Thomas Maitland, e servia como residência dos comissários britânicos e sede da Ordem de São Miguel e São Jorge.
Este palácio possui uma imponente arquitetura georgiana, com colunas dóricas e características britânicas. Atualmente, abriga o Museu de Arte Asiática, o único do tipo na Grécia, com coleções raras da China, Japão, Índia e outros países asiáticos.
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A história de Corfu
Corfu, uma das ilhas mais conhecidas do Mar Jônico, tem uma longa e turbulenta história que começa na Antiguidade. Foi colonizada em 734 a.C. por coríntios e evoluiu para uma potência naval, enquanto seu conflito com Corinto contribuiu para o início da Guerra do Peloponeso.
Durante os períodos romano e bizantino, foi um ponto comercial e estratégico importante, enquanto na mitologia está associada à história de Ulisses e dos Feácios.
Do século XII até o século XVIII, passou pelas mãos dos normandos, angevinos e, finalmente, da República de Veneza (1386–1797), que deixou uma marca indelével com a fortificação da cidade e o florescimento das artes.
Seguiram-se os franceses, os russos e os britânicos, com Corfu tornando-se capital do Estado Unido das Ilhas Jônicas (1815–1864), até se unir definitivamente à Grécia em 1864.
Durante a Segunda Guerra Mundial, sofreu danos, mas hoje permanece um centro cultural e turístico importante, com fortes influências venezianas, francesas e britânicas. A Cidade Velha foi reconhecida como Patrimônio Mundial da UNESCO.
Com atrações como o Forte Antigo e o Forte Novo, o Palácio Achilleion, a ilha Pontikonisi e a Praça Spianada, Corfu mantém inalterada sua identidade única.
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