A enigmática Cleópatra VII, a última soberana ativa do Reino Ptolemaico do Egito, continua a intrigar o mundo. Contudo, a grande questão persiste: qual era, de fato, a aparência de Cleópatra?
Desvendando o véu das representações artísticas
Ao examinar as representações artísticas de Cleópatra, naturalmente nos questionamos se essas representações realmente refletiam sua aparência.
A legitimidade dessas imagens permanece incerta, uma vez que as esculturas e estátuas da antiguidade frequentemente traziam consigo significados simbólicos, em vez de buscar retratar fielmente sua aparência real.
Estudiosos da Universidade de East Anglia, salientam que “essas criações visuais eram construções destinadas a transmitir um status e uma mensagem, ao invés de se concentrarem em capturar uma semelhança precisa”.
Rastreando fragmentos do passado
A tarefa de desvendar a verdadeira aparência de Cleópatra é desafiadora, devido à escassez de evidências diretas. Ainda que artefatos como estátuas e moedas forneçam alguns fragmentos de informação, eles não conseguem pintar um quadro completo.
Em relação à cor de sua pele, pesquisadores da Montclair State University destacam que” as evidências históricas não proporcionam clareza sobre o tom de pele de Cleópatra”.
LEIA MAIS: Adeus, flacidez? 4 ‘truques’ para evitar o envelhecimento do pescoço
Origens e identidade entrelaçadas
A busca por uma representação autêntica de Cleópatra nos leva a explorar debates sobre suas origens. Enquanto algumas teorias sugerem uma ancestralidade africana, outros argumentam que sua linhagem era predominantemente grega.
É essencial compreender que Cleópatra não era apenas filha de um pai grego; ela também se identificava com a cultura grega, mesmo ocasionalmente adotando uma identidade egípcia por motivos políticos.
Explorando a pista do crânio de Arsínoe IV
Um intrigante documentário da BBC explorou os restos mortais encontrados na Turquia, levantando a possibilidade de que Arsínoe IV, irmã de Cleópatra, possuía ancestralidade africana.
Estudiosos da Universidade de Liverpool ressaltaram as semelhanças entre características cranianas de Arsínoe IV e grupos populacionais egípcios e africanos.
No entanto, especialistas alertam sobre a necessidade de interpretar esses resultados com prudência.
LEIA MAIS: 6 segredos da medicina chinesa para ter uma pele jovem e de porcelana
Compreendendo a complexidade da identidade antiga
É essencial compreender que a concepção de raça na antiguidade diferia dos conceitos modernos. Os antigos não classificavam indivíduos como “brancos” ou “negros” da mesma maneira que o fazemos hoje.
Especialistas da Universidade de Glasgow, destacam que “para eles, a identidade era moldada por aspectos como origem egípcia, herança macedônica, gênero, entre outros”.
Gostou deste artigo? Então, confira vários outros semelhantes aqui no site Brazil Greece!
0 comentários