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As pessoas gostam mais de você do que imagina? Harvard responde!

Veja o que o estudo mostrou.
| Em 28/10/2024 às 17:47
Freepik.

À medida que buscamos nos aprimorar, nos esforçamos para ser uma versão melhor de nós mesmos. No entanto, é comum que, apesar desse esforço, ainda sintamos que não somos bons o suficiente ou que os outros talvez não nos apreciem tanto quanto gostaríamos. Esse sentimento é alimentado, em grande parte, pela nossa necessidade natural de agradar os outros e de sermos aceitos. Mas, e se esse temor for apenas uma percepção distorcida? E se as pessoas, na realidade, gostarem mais de nós do que acreditamos?

Uma pesquisa da Universidade de Harvard revelou uma verdade reconfortante: somos, na verdade, mais queridos do que imaginamos. Essa descoberta sugere que subestimamos o valor que temos nas interações e que essa visão distorcida nos impede de perceber o quanto somos realmente apreciados. Vamos explorar por que isso acontece e como desenvolver uma percepção mais realista e positiva sobre o que os outros veem em nós.

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As pessoas gostam mais de você do que você pensa

Grande parte das pessoas tende a ser crítica consigo mesma, especialmente em situações sociais. Na maioria das interações, ao invés de nos concentrarmos na experiência como um todo, focamos em pequenas falhas ou no que achamos que fizemos de errado. Esse hábito de autocrítica é reforçado por ansiedade social e baixa autoestima, que nos fazem exagerar a importância de pequenos erros, gerando uma preocupação excessiva com o que os outros pensam de nós.

Esse tipo de pensamento leva ao que é chamado de “lacuna de simpatia”, um termo cunhado pelos pesquisadores de Harvard. Ele descreve como frequentemente acreditamos que as outras pessoas nos acham menos simpáticos do que realmente somos. Essa discrepância surge porque, enquanto somos duros e atentos às nossas falhas, os outros estão mais focados nas próprias questões e tendem a ver a interação de forma mais leve e positiva.

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O ambiente de trabalho

A lacuna de simpatia não se limita apenas a encontros casuais; ela também se manifesta no ambiente de trabalho. Segundo o estudo, mesmo colegas que colaboram por meses podem subestimar o quanto são apreciados uns pelos outros. Esse efeito pode prejudicar o relacionamento entre os profissionais, reduzindo a disposição para colaborar, pedir ajuda ou oferecer feedback. Quando acreditamos que não somos bem-vindos ou respeitados, nos retraímos, deixando de nos expressar plenamente.

Essa subestimação também afeta diretamente a produtividade e a inovação no trabalho. Funcionários que se sentem valorizados e bem-vistos pelos colegas tendem a se envolver mais e a contribuir de forma mais ativa. Em contrapartida, aqueles que duvidam do quanto são apreciados podem se isolar e perder oportunidades de crescimento e desenvolvimento.

Excesso de informação e temor de julgamento

Outro aspecto explorado pela pesquisa de Harvard é a tendência que temos de sobrecarregar nossos interlocutores com informações durante uma conversa. Muitas vezes, sentimos que, para sermos interessantes, precisamos compartilhar muitos detalhes ou trazer algo novo. No entanto, ao tentar impressionar, acabamos prolongando desnecessariamente o diálogo. Assim, isso pode nos levar a acreditar que não nos compreenderam bem ou que não mantivemos o interesse dos outros.

Contudo, os pesquisadores descobriram que esse receio não reflete a realidade. Pequenos deslizes em conversas, como prolongar uma explicação ou hesitar em certas palavras, não afetam a simpatia dos outros tanto quanto pensamos. Na verdade, eles também estão preocupados com a própria imagem e, por isso, muitas vezes nem percebem nossas inseguranças.

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A psicologia das interações e o desenvolvimento social

Do ponto de vista psicológico, a importância das interações sociais no desenvolvimento humano é amplamente documentada. Psicólogos e educadores afirmam que as interações sociais são fundamentais para moldar habilidades como autocontrole, memória de trabalho e flexibilidade cognitiva, essenciais para o sucesso e bem-estar na vida adulta. Essas habilidades são, em grande parte, influenciadas por nossas relações e pelo modo como aprendemos a navegar por elas desde a infância.

Teorias como o socioconstrutivismo, que enfatiza o aprendizado como um processo social, reforçam que interagir e se relacionar com os outros contribui para o desenvolvimento cognitivo e emocional. Essas interações nos ajudam a entender como somos percebidos, aprendendo a ajustar nosso comportamento conforme a dinâmica social. A autopercepção é, portanto, um fator fundamental, e nossas experiências sociais nos ajudam a melhorar nossas habilidades de comunicação, empatia e colaboração.

Superando a autocrítica e aprendendo a apreciar a nós mesmos

Entender que a autocrítica pode ser um obstáculo para nos enxergarmos de forma mais positiva é um passo essencial para superar essa barreira. Ao acreditar que somos menos apreciados do que realmente somos, prejudicamos nosso próprio desenvolvimento emocional e nos isolamos. Ao contrário, se começarmos a desenvolver uma percepção mais generosa de nós mesmos, podemos desbloquear novas possibilidades nas relações e fortalecer nossa autoestima.

Um dos melhores métodos para trabalhar essa percepção distorcida é focar mais nas pessoas com quem interagimos, em vez de pensar constantemente no que estamos fazendo. Ouvir atentamente, fazer perguntas e demonstrar interesse genuíno são atitudes que não só fortalecem a conexão com os outros, mas também melhoram nossa autopercepção.

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Como aplicar essas descobertas no dia a dia

Aqui estão algumas estratégias para aplicar as conclusões da pesquisa de Harvard e transformar a maneira como você se percebe nas interações sociais:

  • Em vez de se preocupar com o que os outros estão pensando de você, concentre-se nas palavras e expressões da pessoa com quem você está falando. A escuta ativa melhora a qualidade da conversa e, ao perceber que está sendo ouvido, o outro também se torna mais receptivo.
  • Depois de um encontro social, reserve um momento para refletir sobre o que realmente aconteceu. Foi uma boa conversa? Houve sorrisos e sinais de interesse? Analisar os fatos ajuda a corrigir percepções que nós mesmo distorcemos. Além disso, nos faz ver que, na maioria das vezes, é só coisa da nossa cabeça.
  • Um dos principais gatilhos da insegurança é a comparação. Lembre-se de que cada pessoa tem uma história, e seu valor é único. Focar nos seus pontos fortes e reconhecer suas qualidades ajuda a neutralizar a autocrítica.
  • Muitas vezes, tratamos os amigos com empatia e compreensão, mas somos duros conosco mesmos. Adotar uma postura mais compassiva nos ajuda a enxergar nossas próprias qualidades e perceber que pequenos erros não definem quem somos.
  • Em vez de focar em falhas, reconheça os momentos em que você se sentiu conectado com alguém. Pequenos passos, como elogiar, ouvir e contribuir para uma conversa, são conquistas que fortalecem nosso senso de valor.

E aí, você já sabia que as pessoas gostam mais de você do que você pensa?

  • Talvane Póvoa

    Com formação em Engenharia Agronômica, certificação em Comércio Exterior e MBA em Formação Geral Para Altos Executivos pela USP, ele possui amplo conhecimento bancário devido ao trabalho prestado ao Banco do Brasil. É uma entusiasta de viagens, negócios e cultura, com uma paixão pela culinária. Encontrou na escrita uma maneira de compartilhar seus conhecimentos em uma variedade de temas.

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