A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está constantemente atenta à qualidade dos alimentos comercializados no Brasil, especialmente aqueles que têm um consumo elevado, como o azeite de oliva extravirgem. Recentemente, a Anvisa proibiu a venda de duas marcas de azeite. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e envolve todos os lotes dessas marcas, que foram impedidos de serem comercializados, distribuídos, fabricados e até anunciados no país. Confira mais detalhes a seguir.
Leia mais: 10 alimentos mais contaminados do Brasil que você pode ter na mesa
Por que a Anvisa proibiu duas marcas de azeite e quais são elas?
Antes de mais nada, as marcas que foram alvos da proibição são a Serrano e a Cordilheira. Assim, a Anvisa constatou que essas marcas estavam sendo trazidas e vendidas no Brasil por estabelecimentos não identificados e não autorizados pelas autoridades brasileiras. Porém, essa situação viola as normas de segurança e fiscalização sanitária, impedindo que os órgãos responsáveis realizem um controle adequado da qualidade e autenticidade dos produtos. Além disso, os azeites apresentavam inconsistências em relação às suas descrições e composições, o que representa um risco potencial à saúde dos consumidores.
A falsificação de azeite de oliva extravirgem é uma prática recorrente em todo o mundo. Especialmente por causa do valor elevado desse produto. Muitas vezes, os azeites passam por adulteração com outros óleos de menor qualidade. Por exemplo, o óleo de soja. Porém, os rótulos não informam sobre essa alteração. Assim, essas fraudes enganam o consumidor e podem causar prejuízos à saúde. Além de desrespeitar as legislações vigentes.
Leia mais: O enlatado que o brasileiro ama, é rico em cálcio e você não sabia
Consequências da proibição dos azeites
Com a proibição, a Anvisa determinou que todas as garrafas das marcas Serrano e Cordilheira sejam retiradas das prateleiras dos supermercados e pontos de venda em todo o território nacional. Além disso, os estabelecimentos que continuarem a comercializar esses produtos poderão sofrer penalidades, incluindo multas e apreensão de mercadorias. Ainda, a agência orienta que os consumidores que possuam garrafas dessas marcas em casa evitem o consumo e descartem os produtos de maneira segura.
Essa não é a primeira vez que marcas de azeite são proibidas no Brasil. Em outras ocasiões, a Anvisa já havia suspendido a venda de produtos que apresentavam adulterações, excesso de acidez ou contaminações por substâncias inadequadas. Dessa forma, a fiscalização rigorosa visa garantir que o consumidor brasileiro tenha acesso a produtos que atendam aos padrões de qualidade e segurança alimentar estabelecidos pelas autoridades sanitárias.
Leia mais: 2 marcas de pães são DENUNCIADAS e você pode ter na sua casa
Como escolher um azeite de qualidade
Com a crescente preocupação em relação à qualidade dos azeites comercializados, é importante que os consumidores saibam como identificar um produto confiável. Portanto, aqui estão algumas dicas que podem ajudar na hora de comprar azeite de oliva!
Verificar a procedência
Prefira marcas que sejam conhecidas e reconhecidas no mercado. Essas empresas geralmente têm um controle mais rigoroso em suas cadeias de produção e distribuição.
Cuidado com preços muito baixos
Se um azeite extravirgem está com preço muito abaixo do valor de mercado, é importante redobrar a atenção. A produção de azeite é cara e complexa, e preços muito baixos podem indicar adulteração ou uso de óleos mais baratos.
Observar o rótulo
O rótulo deve informar de maneira clara a origem do azeite, o tipo (extravirgem, virgem ou refinado) e a data de envase. Informações incompletas ou falta de clareza nos rótulos podem indicar possíveis irregularidades.
Analisar o sabor e o aroma
Um azeite extravirgem de qualidade deve ter um sabor ligeiramente amargo e picante, além de um aroma fresco e frutado. Assim, a ausência dessas características pode indicar um produto de baixa qualidade ou que passou por adulteração.
Verificar se há selo de controle de qualidade
Muitas marcas de azeite possuem selos de certificação emitidos por órgãos de controle de qualidade, como o Instituto de Qualidade de Azeites (IQA) no Brasil. Esses selos garantem que o produto passou por análises rigorosas e atende aos padrões exigidos.
Leia mais: 8 truques para os potes de shampoos e cremes não derramarem na mala
Histórico de fraudes no setor de azeite
Por fim, o mercado de azeites no Brasil já foi alvo de várias investigações nos últimos anos. Em 2021, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) determinou o recolhimento de dez marcas de azeite que apresentavam fraudes em suas composições. Na ocasião, foi identificado que os produtos eram misturados com óleos de soja e girassol, sem que isso fosse indicado nos rótulos. A prática, além de ser ilegal, causa prejuízo aos consumidores, que pagam mais caro por um produto de qualidade inferior.
As irregularidades com azeites de oliva extravirgem são um problema global. De acordo com um relatório da Comissão Europeia, as fraudes com azeite são uma das mais comuns no setor de alimentos e bebidas. A adulteração envolve desde a mistura com óleos mais baratos até o uso de rótulos falsificados para simular produtos premium.
E aí, você tem alguns desses azeites que a Anvisa proibiu na sua mesa?
0 comentários