O mês de setembro começou com instabilidade no clima brasileiro. A formação de um ciclone extratropical na altura do Uruguai provocou temporais no Rio Grande do Sul entre os dias 31 de agosto e 1º de setembro, trazendo queda de granizo, ventos fortes e alagamentos. Agora, no dia 2, os efeitos ainda se fazem presentes, com previsão de chuvas persistentes e risco de novos transtornos ao longo da semana.
Impactos no Rio Grande do Sul
Diversas cidades gaúchas registraram ocorrências de granizo e rajadas intensas de vento no fim de semana. Estruturas agrícolas foram danificadas, e moradores precisaram lidar com quedas de árvores e interrupções no fornecimento de energia.
Com a frente fria que se formou após o deslocamento do ciclone para o oceano, a instabilidade permanece estacionada sobre o estado. A previsão indica chuvas frequentes durante os próximos dias, acompanhadas de risco de novos alagamentos e deslizamentos de terra em áreas de encosta.
Acúmulo de chuvas e risco de enchentes
Entre o fim de agosto e o início desta semana, o volume acumulado em algumas regiões já ultrapassa a média prevista para o período. Em Cruz Alta, por exemplo, a expectativa é que o índice supere os 200 milímetros até meados de setembro, número capaz de agravar enchentes e comprometer estradas rurais.
Nos próximos cinco dias, a média deve variar entre 30 e 40 milímetros, mas os acumulados tendem a ser maiores no centro do estado, especialmente em áreas produtoras.
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Situação em outras regiões
Mapa do Brasil com alterações climáticas
Enquanto o Sul continua em alerta, o clima varia em outras partes do país:
Sudeste: São Paulo e Triângulo Mineiro seguem com tempo seco, enquanto Rio de Janeiro, Espírito Santo e o leste de Minas Gerais enfrentam pancadas de chuva.
Centro-Oeste: as chuvas se concentraram no domingo em Mato Grosso do Sul e nas fronteiras de Mato Grosso com a Bolívia. Desde então, o tempo está mais firme.
Norte: Rondônia e áreas do Matopiba registram temperaturas que chegam a 38 °C, intercaladas com chuvas isoladas.
Nordeste: o tempo segue estável, sem previsão de grandes mudanças nesta semana.
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Temperaturas em queda
A partir do dia 5, as temperaturas devem começar a cair no Sul do Brasil. A expectativa é de mínimas em torno de 8 °C, mas sem risco de geada. Segundo meteorologistas, os valores devem se manter dentro da média para o fim do inverno, sem extremos que preocupem a agricultura.
Consequências para o campo
O excesso de chuva e a ameaça de granizo preocupam produtores rurais, sobretudo em municípios que estão no início do preparo para o plantio de soja e milho. Além do atraso no calendário agrícola, a umidade elevada favorece pragas e doenças nas lavouras.
A recomendação é acompanhar boletins meteorológicos e adotar medidas de proteção, como reforço em estufas e ajustes no manejo de sementes.
O início de setembro confirma a força dos fenômenos climáticos no Brasil. O ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul no fim de semana ainda mantém o estado sob alerta, com previsão de chuvas fortes nos próximos dias. Enquanto isso, outras regiões seguem com clima variado, entre a estiagem e as pancadas localizadas.
A atenção agora se volta para a primeira quinzena do mês, quando o acumulado de chuvas pode superar a marca dos 200 milímetros em áreas críticas. Para quem vive no Sul, a recomendação é manter a cautela, acompanhar as atualizações meteorológicas e adotar medidas de prevenção para reduzir os danos nas cidades e no campo.
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