A descoberta de compostos que podem combater o envelhecimento é um avanço promissor na medicina. Esses compostos, conhecidos como senolíticos, têm como objetivo eliminar as células senescentes que causam danos aos tecidos, contribuindo para o envelhecimento e o desenvolvimento de doenças relacionadas à idade.
Retardando a ação do tempo
No estudo mencionado, os pesquisadores utilizaram um modelo de aprendizado de máquina para identificar compostos químicos com propriedades senolíticas eficazes e seguras.
O modelo foi treinado com dados provenientes de diversas fontes, como artigos acadêmicos e patentes comerciais, para reconhecer as características-chave dos compostos.
Após o treinamento, o algoritmo foi capaz de analisar milhares de compostos químicos e identificar 21 candidatos promissores.
Dentre esses candidatos, destacam-se três compostos: ginkgetina, periplocina e oleandrina. Essas substâncias mostraram-se capazes de remover células senescentes sem prejudicar células saudáveis.
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Oleandrina
A oleandrina, derivada da planta oleandro, demonstrou ser especialmente eficaz. No entanto, é importante ressaltar que a oleandrina é altamente tóxica em níveis acima dos terapêuticos, o que restringe sua aplicação como suplemento alimentar ou medicamento aprovado por agências reguladoras.
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Ginkgetina e Periplocina
A ginkgetina, extraída do ginkgo biloba, e a periplocina, isolada da periploca-da-china, também apresentaram propriedades interessantes. Essas substâncias têm sido utilizadas na medicina herbal tradicional devido às suas propriedades antioxidantes, antimicrobianas e anti-inflamatórias.
Os resultados do estudo demonstram a eficácia desses compostos como senolíticos e evidenciam a utilidade do aprendizado de máquina na aceleração da descoberta de novos compostos com potencial terapêutico.
Essa abordagem reduziu significativamente o número de compostos a investigar, tornando o processo mais eficiente e econômico em comparação com os métodos tradicionais de descoberta de medicamentos.
No entanto, é importante ressaltar que essas descobertas estão em estágios iniciais e ainda precisam passar por mais pesquisas e testes para determinar sua eficácia e segurança em seres humanos.
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