O misterioso modelo que calcula quanto tempo a pessoas podem viver

Ainda que a passagem ininterrupta do tempo não possa ser evitada, essa equação nos fornece uma visão essencial para compreender a jornada do envelhecimento e a delicadeza inerente à vida.

Ao observar o cenário ao redor, é notório o marcante contraste na expectativa de vida entre diferentes seres vivos. A busca por compreender as complexidades do envelhecimento e da mortalidade nos leva a conhecer a Lei Gompertz-Makeham.

Desvendando a matemática por trás da vida e da morte

A busca pela imortalidade não é, de forma alguma, um empreendimento recente. Desde a antiga “Epopeia de Gilgamés”, datando de quatro milênios atrás na Mesopotâmia, a humanidade expressa o desejo ardente de transcender a barreira da morte.

Apesar das tentativas ao longo dos séculos, a estimativa média global de vida paira em torno de 73,4 anos, de acordo com os cálculos da Organização Mundial da Saúde.

Gompertz e a sutil dança do tempo

Uma perspectiva intrigante para compreender a longevidade humana provém da Ciência Atuarial, que emprega modelos matemáticos e estatísticos para avaliar riscos, especialmente no contexto de seguros e finanças.

Benjamin Gompertz, um matemático do século XIX, desenvolveu um modelo matemático notório conhecido como a Lei da Mortalidade Humana de Gompertz. Essa lei postula que o risco de morte cresce exponencialmente com o envelhecimento.

Por exemplo, a probabilidade de perecer em um determinado ano dobra a cada 8 anos. Ainda que a expectativa média de vida possa variar, a regra fundamental de que “a probabilidade de morrer duplica a cada X anos” persiste como uma constante.

LEIA MAIS: 8 hábitos capazes de te fazer viver até 20 anos mais

A contribuição inestimável de Makeham

A vida não é tão simples quanto esses modelos matemáticos. A Lei de Gompertz-Makeham, aprimorada por William Makeham, incorpora um elemento constante e um componente mais volátil, relacionado a fatores externos, como acidentes, doenças e outros riscos.

Isso reconhece que a mortalidade é frequentemente desencadeada por uma interseção de elementos aleatórios e declínio gradual.

Decifrando o enigma da longevidade

O que começou como uma ferramenta destinada a cálculos atuariais desdobrou-se em uma ferramenta inestimável para demógrafos, sociólogos, biólogos e biogerontologistas, permitindo uma análise minuciosa das taxas de mortalidade em diversas faixas etárias e uma apreciação mais profunda dos fatores que influenciam a longevidade.

Ainda assim, enigmas permanecem por desvendar. A Lei de Gompertz-Makeham explica com precisão as taxas de mortalidade humanas entre aproximadamente os 30 e 80 anos de idade, no entanto, a diminuição da mortalidade na terceira idade, observada nas idades mais avançadas, permanece um fenômeno intrigante que exige uma exploração mais aprofundada.

você pode gostar também