“Nunca Deixe de Lembrar”, dirigido por Florian Henckel von Donnersmarck, é um filme que se destaca como uma obra cinematográfica envolvente. Além disso, é um manifesto sobre o poder da arte frente à opressão. Assim, a narrativa de Kurt Barnert, interpretado por Tom Schilling, oferece uma visão íntima do embate entre expressão criativa e censura, atravessando os sombrios períodos do nazismo e do socialismo soviético. Portanto, se você tem interesse em descobrir mais sobre esse emocionante filme europeu que a crítica aplaudiu e o seu contexto, confira mais a seguir.
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Sinopse do emocionante filme europeu
Baseado em eventos verídicos, esse emocionante filme europeu se desenrola por três décadas da história alemã, centrando-se em Kurt, um jovem artista, e seu amor por Ellie, filha de um médico com um passado sombrio. A resistência do casal ao autoritarismo familiar e estatal serve como um microcosmo da luta maior pela liberdade de expressão.
Confira o trailer:
Contexto histórico do filme
O filme explora a tensão entre a expressão artística e o controle máximo em governos totalitários, com foco especial na era do Nazismo e sua influência sob várias formas de autoritarismo. A era Nazista é um exemplo marcante de controle cultural orquestrado pelo estado. Então, no decorrer do Terceiro Reich, os nazistas trouxeram o conceito de “guerra cultural” que eles viam como essencial para o futuro do país. Porém, esta guerra não se limitava aos confrontos militares da Segunda Guerra Mundial. Na verdade, ela se expandia a um conflito de símbolos e ideias, manifestado através da arte e da literatura.
Assim, em um esforço para dominar a narrativa cultural, o regime nazista organizou uma exposição em Munique, em 1937, visando glorificar o que eles entendiam por arte autêntica, que se alinhava aos seus valores ideológicos. Este evento foi o ponto de partida de uma ofensiva sistemática contra a arte moderna, rotulando-a como degenerada e contrária aos interesses do estado. Tal abordagem não só sufocava a liberdade artística como também antecipava os terrores e a escalada do conflito mundial que ocorreria.
Sindicatos foram dissolvidos, grupos estudantis foram fragmentados, inúmeros artistas acabaram detidos ou exilados, enquanto a mídia enfrentava a censura. Gradativamente, qualquer forma de resistência foi silenciada, eliminada de posições-chave dentro do regime, incluindo aquelas essenciais para a promoção da cultura e das artes.
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