Já ouviu falar do “jamais vu”? Veja mais uma peça misteriosa do seu cérebro

Já ouviu falar do “jamais vu”?

No universo da mente humana, há mistérios que desafiam nossa compreensão. Enquanto o déjà vu é um fenômeno familiar, você já ouviu falar do “jamais vu”? Exploraremos esse intrigante conceito do “jamais vu” e como ele está relacionado à forma como processamos nossas memórias.

O oposto do Déjà Vu

O déjà vu, aquela sensação de estar vivenciando algo novamente, é amplamente conhecido. Mas e se lhe dissermos que existe o oposto disso? O “jamais vu” é um fenômeno no qual algo familiar gradualmente perde o sentido ou parece errado.

Os pesquisadores acreditam que esses fenômenos estão entrelaçados com nossa forma de armazenar memórias.

Aparentemente, o “jamais vu” não é tão comum quanto o déjà vu, mas uma pesquisa recente conseguiu estimular esse fenômeno em laboratório. Durante 15 anos, uma equipe de cientistas se dedicou a estudar esse intrigante aspecto da mente humana.

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Experimentos reveladores

A equipe de Akira O’Connor da Universidade de Saint Andrews, Escócia, e Christopher Moulin, Universidade Grenoble-Alpes, França dedicaram 15 anos a essa pesquisa. Foram realizados dois experimentos fascinantes. No primeiro, 94 estudantes foram instruídos a escrever repetidamente 12 palavras selecionadas.

No segundo experimento, 120 participantes deveriam repetir incessantemente a palavra “the”. A tarefa era simples, mas a reviravolta estava no que aconteceria quando se sentissem “estranhos” em relação às palavras.

No primeiro teste, surpreendentemente, mais de 70% dos participantes pararam abruptamente, alegando sentir o “jamais vu”. No segundo experimento, 55% também interromperam antes do previsto.

Entanto, houve uma particularidade intrigante: no primeiro experimento, a interrupção ocorreu após 33 repetições, enquanto no segundo, caiu para 27. Isso sugere que quanto mais familiar algo é, mais rapidamente nosso cérebro para de processá-lo.

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Implicações Profundas

A capacidade de fazer associações é essencial para nossa cognição. São essas conexões que formam nossas memórias.

Mas e se nosso cérebro não conseguisse processar as repetições comuns? Os cientistas especulam que o mecanismo do “jamais vu” pode estar ligado ao Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

As repetições excessivas podem sobrecarregar nosso cérebro, impedindo-o de armazenar informações triviais. Isso pode desencadear um ciclo interminável de verificações compulsivas.

Embora essa pesquisa pareça mera curiosidade, ela pode lançar luz sobre o tratamento do TOC e nossa compreensão de como associamos significados e memórias.

O “jamais vu” é mais uma prova de como nossa mente é complexa e cheia de surpresas. À medida que desvendamos esses mistérios, podemos não apenas entender melhor nossa própria mente, mas também encontrar maneiras de tratar condições como o TOC.

Portanto, da próxima vez que se deparar com uma experiência de “jamais vu”, lembre-se de que seu cérebro está apenas mostrando seu lado misterioso e fascinante.

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