Por que uma ilha abandonada atrai milhares de pessoas?

Apesar de esquecida, a ilha ainda chama atenção por sua história e paisagens paradisíacas

Por Júlia de Almeida Em 14 abr, 2024 - 10:10

As ilhas gregas são o destino dos sonhos para muitas pessoas. Logo, elas são automaticamente associadas às mais populares, como Mykonos e Santorini, que vivem com as ruas lotadas de turistas. Por outro lado, algumas delas foram esquecidas e abandonadas, como é o caso dessa ilha abandonada.

Entretanto, Spinalonga, hoje em dia, é visitada por curiosos e amantes de história.

Por que Spinalonga é uma ilha grega abandonada?

Apesar de hoje esquecida, a essa é uma das ilhas gregas já foram cenário de fortes venezianos contra a invasão de otomanos. Além disso, no começo do século XX, serviu como uma colônia para o tratamento de leprosos na região. Por isso, levava o apelido de “Porta de Dante”, em alusão à “Divina Comédia”, visto que os recém-chegados não sabiam o que os esperava no local.

Felizmente, os recebiam de forma positiva, uma vez que providenciaram os cuidados médicos necessários, alimentação e pagamentos de Seguro Social. Mesmo após a descoberta de tratamentos para a lepra em 1940, a ilha continuou operando como colônia por mais 17 anos.

Porém, após o seu fechamento em 1957, Spinalonga foi totalmente desabitada, o que levou a natureza a tomar de volta o que era seu. Agora, os prédios e fortes se tornaram ruínas, que cada vez mais se escondem entre as plantas e árvores. Ainda assim, todos os anos, pequenos grupos de turistas se aventuram pela ilha grega deixada para trás.

Um destino para os amantes de história

Apesar de Spinalonga não contar com acomodações, visitantes do destino turístico mais próximo, Creta, fazem um breve trajeto até a ilha todos os dias. Lá, procuram conhecer um pouco mais sobre seu passado intrigante. Para isso, o recomendado é procurar por um guia, já que suas informações podem tornar o passeio ainda mais enriquecedor.

No final, embora marcada pelo sofrimento, a ilha é um marco importante de resistência. Seus passeios, mesmo que entre as ruínas, ensinam sobre a importância de lembrar e honrar aqueles que a sociedade tentou excluir. Para muitos, é um convite à reflexão e conhecer um pouco do passado que abraça uma beleza melancólica.