Onde os Homo sapiens se encontravam há 60 mil anos? Estudo diz e surpreende!
Cientistas descobriram um ponto de encontro no Planalto Persa que foi essencial para os Homo sapiens há mais de 60 mil anos.
Um encontro decisivo na trajetória humana aconteceu há mais de 60 mil anos que mudou completamente os rumos da humanidade. Cientistas recentemente descobriram um “ponto de encontro” no Planalto Persa, abrangendo partes do Irã moderno, sudeste do Iraque e nordeste da Arábia Saudita, que atuou como um palco essencial para os Homo sapiens antes de se espalharem por toda a Eurásia.
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Ponto de encontro dos Homo sapiens
Antes de mais nada, essa descoberta foi liderada por Luca Pagani da Universidade de Padova, Itália, e publicada na Nature Communications. Assim, ela marca um avanço significativo em nossa compreensão das primeiras fases da colonização humana fora da África.
A pesquisa utilizou uma combinação de análise de DNA antigo e modelos paleoecológicos. Dessa forma, ,reveleu que o Planalto Persa oferecia um habitat ideal para os bandos de caçadores-coletores. Além disso, Michael Petraglia, antropólogo e coautor do estudo, destaca a importância dessa descoberta para entender nossa história evolutiva e dispersão global.
Esses antigos humanos viviam em grupos pequenos e móveis, prosperando na paisagem ecológica diversificada da região. Assim, do bosque às savanas, o clima flutuante da área fornecia recursos abundantes, incluindo gazelas selvagens, ovelhas e cabras. Além disso, os habitantes adotavam um estilo de vida sazonal, adaptando-se ao ambiente em mudança ao se moverem entre as terras baixas e as regiões montanhosas.
Ademais, o estudo também sugere que essas pessoas tinham pele e cabelos escuros, com paralelos aos das populações contemporâneas do Leste Africano, como os Gumuz ou Anuak. A coincidência da emergência da arte rupestre com sua partida do hub indica os desenvolvimentos culturais que podem ter se originado durante este período.
Por fim, a disseminação dessas populações preparou o terreno para a divergência genética vista hoje entre asiáticos orientais e europeus. Assim, ao analisar os genomas mais antigos, datados de 45.000 a 35.000 anos atrás, os pesquisadores conseguiram rastrear esse ponto essencial de encontro, apesar da extensa mistura genética que ocorreu desde então.
