Hoje vamos revelar a verdade em torno de uma questão que muitos se perguntam: por que os ricos investem somas enormes em obras de arte?
Os leilões que chegam a centenas de milhões de dólares atraem os holofotes da mídia e causam admiração. Mas, por trás do “número impressionante”, escondem-se razões mais complexas do que uma simples compra de luxo.
Afinal, a compra de obras de arte caras não começou em nossa época… a relação entre riqueza e arte tem raízes na Grécia Antiga e atingiu o auge na Idade Média e, sobretudo, no Renascimento.
Ou seja, da Idade Média até hoje, a arte sempre foi um espelho da riqueza e do poder. Apenas mudou o “cenário”: naquela época predominavam os palácios e templos, agora predominam as salas de leilões e os museus.
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Mas afinal, por que os ricos compram obras de arte caras?
1. A arte como investimento
Muitos abastados veem a arte como veriam ações ou imóveis: um ativo que pode valorizar ao longo do tempo. Uma obra de um artista em ascensão pode, em poucos anos, multiplicar seu preço. A arte, ao contrário dos mercados financeiros sujeitos a fortes oscilações, muitas vezes é considerada mais “resistente” às crises econômicas. No entanto, isso se aplica principalmente às obras mais consagradas.
2. Status social e projeção
Possuir um quadro de Picasso ou uma escultura de Rodin não é apenas uma questão estética — é também um símbolo de status social. Os ricos, através da coleção de arte, adquirem prestígio, reconhecimento e participam de um mundo fechado composto por colecionadores, casas de leilão e instituições museológicas. Uma obra de arte pode funcionar como um “ingresso” para círculos sociais onde o dinheiro, por si só, não basta.
3. Benefícios fiscais
Em vários países, a compra e doação de obras de arte a instituições ou museus oferece vantagens fiscais significativas. Para um bilionário, a aquisição e transferência estratégica de arte pode reduzir impostos sobre herança ou renda. Assim, a obra de arte não é apenas um objeto de beleza, mas também uma ferramenta de gestão de riqueza. Conhecido também como lavanderia de dinheiro.
4. A arte como “porto seguro”
Assim como o ouro, a arte é considerada um refúgio em tempos de incerteza. Uma obra rara dificilmente perde seu valor, além de poder ser facilmente transportada ou armazenada. Por isso, em períodos de crise ou inflação, a procura por obras importantes geralmente aumenta.
5. Paixão pessoal e estética
Não devemos esquecer que muitos colecionadores não compram arte apenas por razões financeiras. O amor genuíno pela criação, a emoção estética e a necessidade de se cercar de beleza desempenham um papel decisivo. Para alguns, a arte é um modo de vida e expressão, não apenas um investimento.
6. Legado e fama
A coleção de arte pode funcionar como parte de um legado pessoal ou familiar. Muitos ricos doam suas coleções a museus, deixando não apenas patrimônio, mas também uma herança cultural. Dessa forma, seus nomes ficam para sempre ligados à arte e à história.
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Algumas das obras mais caras já vendidas
1. Salvator Mundi – Leonardo da Vinci
Vendido na Christie’s em 2017 por cerca de US$ 450 milhões, para um membro da família real saudita (ou diretamente para o Departamento de Cultura e Turismo de Abu Dhabi). É a obra de arte mais cara já leiloada.
2. Interchange – Willem de Kooning
Comprado em venda privada em 2015 pelo bilionário Kenneth C. Griffin por cerca de US$ 300 milhões.
3. The Card Players – Paul Cézanne
Vendido em acordo privado (não leilão) para a família real do Catar em 2011 por cerca de US$ 250 milhões.
4. Nafea Faa Ipoipo? (When Will You Marry?) – Paul Gauguin
Comprado também por membros da realeza do Catar (Sheikha Al-Mayassa) por volta de 2014–2015 por US$ 210 milhões.
5. Number 17A – Jackson Pollock
Em acordo privado de 2015, que também incluiu o Interchange, Kenneth Griffin pagou cerca de US$ 200 milhões.
6. No. 6 (Violet, Green and Red) – Mark Rothko
Vendido privadamente em 2014 por Yves Bouvier ao bilionário Dmitry Rybolovlev como parte do famoso Bouvier Affair, por cerca de US$ 186 milhões.
7. Pendant Portraits of Maerten Soolmans and Oopjen Coppit – Rembrandt
Comprados conjuntamente pelo Rijksmuseum e o Louvre em acordo privado de 2016 por US$ 180 milhões.
8. Les Femmes d’Alger (Version O) – Pablo Picasso
Vendido em leilão da Christie’s em 2015 para o ex-primeiro-ministro do Catar, Hamad bin Jassim, por US$ 179,4 milhões.
9. Nu Couché (Reclining Nude) – Amedeo Modigliani
Também adquirido em coleção privada em 2015 (pelos colecionadores chineses Liu Yiqian e Wang Wei) por cerca de US$ 170–186 milhões.
10. Shot Sage Blue Marilyn – Andy Warhol
Vendido em leilão em 2022 por cerca de US$ 195 milhões, adquirido pelo famoso marchand Larry Gagosian.
11. L’Homme au doigt – Alberto Giacometti (escultura)
Uma versão foi vendida em leilão em 2015 por cerca de US$ 141,3 milhões e pertence ao bilionário Steve Cohen.
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